domingo, 5 de agosto de 2012

Desorganização pode ser sintoma de transtornos emocionais

Acho que todo mundo já viu uma casa estranhamente desorganizada. Um lugar onde não dá vontade de ficar, causa um certo incômodo e até dá vontade de dizer para a pessoa o quanto seria bom se ela arrumasse aquilo tudo. Se eu fosse descrever em uma palavra o que é significa uma casa desorganizada ao extremo, eu diria "adoecimento". Uma casa organizada e limpa é saudável, tanto do ponto de vista biológico mesmo, quanto emocionalmente. Na minha opinião (e de muitos outros estudiosos do comportamento humano) a casa "fala" muito daqueles que moram lá, portanto, uma casa (ou mesmo um quarto- o lugar mais íntimo da casa), denuncia desajustes de seus moradores. Exemplos? Um quarto com tudo fora do lugar, sujeira excessiva, bagunça e coisas misturadas fala de uma desorganização interna das pessoas, uma falta de ordem e de lugar para suas emoções. Em meu trabalho já visitei casas que mais pareciam cavernas (escuras, úmidas, sujas e sem condição de serem habitadas) e nelas viviam pessoas com transtornos mentais graves. Já vi também casa com uma organização excessiva, coisas lado ao lado, organização por cor etc. Isso também é sintoma de desajuste, um transtorno obsessivo, possivelmente.
Diagnósticos à parte, penso que, apesar de emocionalmente alguém com uma casa caótica, não estar bem, a melhora também pode ser iniciada com a organização de seu espaço.
Parece simplista querer organizar "de fora pra dentro" porém é algo que pode ajudar na reorganização das emoções e da "bagunça interna".
O exercício de organizar a casa, limpar, arrumar uma coisa de cada vez é importante para que se tenha contato com o que está errado em nossa rotina, melhora a concentração e nos dá segurança.
Além disso é uma delícia chegar em casa, depois de um exaustivo dia de trabalho e nos deparar com tudo (ou quase tudo) no lugar.
E essa sensação de bem estar não há ansiolítico que substitua!

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