quarta-feira, 29 de junho de 2016

Organizando meu orçamento como autônoma

 Venho tentando me organizar na minha vida de autônoma e nesses poucos anos em que me dediquei somente ao consultório já bati cabeça em várias coisas e aprendi muitas outras.
É um aprendizado muito particular e não acredito que haja uma receita ou uma fórmula que funcione para todo mundo, mas algumas reflexões valem a pena serem feitas por quem, como eu, estava acostumado a ter um salário fixo, na data certa.
Como já falei em algum momento, sou profissional da área de saúde e larguei um emprego no serviço público no qual estava há quase 20 anos, para me dedicar exclusivamente ao consultório.
Confesso que não foi uma decisão fácil, por conta, principalmente, da instabilidade, mas o tempo foi passando e fui me adaptando à nova realidade; porém até agora, mais de 2 anos depois, ainda não posso dizer que estou de fato organizada com essa nova rotina.
O ano de 2014 foi bem tranquilo porque o negócio não vivenciou a crise e porque eu estava bem controlada com as finanças, mas com todos os acontecimentos deste último ano, os erros na administração das finanças foram ficando mais evidentes e meu diagnóstico é o seguinte:
- Tenho várias datas de entradas e muitas vezes acabei gastando um dinheiro que ainda não entrou (ex. Tenho um paciente que me paga dia 15 e acabava fazendo alguma compra, contando que esse dinheiro viria e quando ele atrasava o pagamento eu acabava pagando juros do cheque especial);
- Tenho 3 contas em bancos, uma delas é só poupança mas nas outras duas tenho entradas e saídas durante todo o mês e fica difícil manter o controle.
- Tenho muitas contas divididas ao longo do mês: condomínio no dia 10, luz no dia 20, prestação do ap no dia 24 e por aí vai. Com isso, mesmo que eu tenha uma boa planilha de controle, a sensação é de que sempre estou devendo e não é só sensação não, na verdade eu passo o mês inteiro pagando contas e aquela "sobra física" nunca pode ser visualizada.

Bem, identificados os problemas, comecei a agir. Primeiro tentei centralizar tudo na conta da Caixa, que teoricamente teria juros mais baixos, mas não deu certo porque a relação com esse banco não é fácil e não valia a pena em termos práticos e financeiros.
Resolvi manter as duas contas por mais um tempo, mas mudei as datas dos vencimentos das contas de serviços e voltei a ter um cartão de crédito para as contas de consumo.
O cartão de crédito ainda é desconfortável porque tenho medo de me endividar ainda mais, mas neste momento está sendo útil para pagar os gastos referentes ao roubo do carro (documentação, nova cadeirinha etc.) que precisaram ser parcelados.
Resolvi ainda, fixar uma conta para o consultório, centralizando todas as entradas e vou testar em julho uma data de retirada, para pagar todas as contas, como se fosse meu salário mesmo. Acredito que me organize melhor assim. Vamos ver se dá certo!!!
Ainda não senti a diferença de todas as mudanças, porém no mês de junho, até o dia 15 já havia pago todas as contas e isso já me deixou mais tranquila.
Essas são só algumas idéias para administrar minhas finanças e espero conseguir ainda, diminuir minhas despesas nos próximos meses.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Dando uma geral na casa em 45 minutos

Adotei nos últimos tempos uma nova estratégia para manter a casa mais organizada. Isso e claro, não inclui uma faxina, mas é suficiente para que a gente consiga sobreviver durante a semana, sem perder o controle da bagunça.
Sempre coloco o timer do celular e uma playlist bem animada.
Divido o tempo em 3 espaços de 15'

  • Primeiro coloco a louça dentro da pia, com detergente e água quente, guardo a louça lavada e lavo a louça. Recolho todas as roupas espalhadas, penduro os casacos, guardo os sapatos e coloco a roupa suja na máquina. Recolho roupa do varal, dobro e guardo (toalhas, pijamas e roupas de malha já são guardadas no armário), as que precisam ser passadas, vão para o cesto.
  • Limpo o banheiro, troco o tapete e tiro o lixo.
  • Varro a cozinha e passo pano. Varro e arrumo a sala. Arrumo as camas.
Bem, isso é bem corrido, mas é suficiente para que a casa fique em ordem no decorrer da semana.

Bagunça emocional

Estou mais melancolica nos últimos dias.
Hoje, depois de acordar atrasada (Acabei levantando as 9h10, porque estava muito frio e meu filho resolveu dormir até mais tarde e eu fui no embalo), percebi o quanto uma hora mais tarde do que o necessário é prejudicial para iniciar a semana de maneira organizada.
Foi uma certa correria, mas nada tão caótico. Percebi porém que deixei coisas importantes para fazer em cima da hora, como a lição de casa e a organização da mochila.
Conseguimos chegar no horário, mas deixei uma bagunça para trás, que só agora, uma hora depois de voltar da escola, consegui dar conta.
O que isso tem a ver com minha melancolia? Tudo!
Eu fiz uma boa faxina no sábado, mas no final da tarde estava exausta, não só pelo trabalho em si, mas porque não consegui que meu filho dormisse na avó, como havia programado e o pai só perguntou se precisava ficar com ele no meio da tarde, quando tudo já estava resolvido.
Fiquei exausta e triste. Muito triste. E isso foi o suficiente para que, no domingo, eu não tivesse sequer lavado a louça do café e arrumado as camas. Até nos divertimos no domingo e não acho que lavar a louça fosse minha prioridade, mas sei que preciso ter alguma organização para começar uma semana bem e me sentir menos sobrecarregada.
Mas tudo bem, dá para voltar pros eixos ainda hoje e estou mais otimista do que quando acordei.
Em quarenta e cinco minutos (tres tempos de 15') eu consegui recolher as roupas e calçados pela casa, limpar o banheiro, recolher roupas do varal, dobrar e guardar, lavar a louça, varrer o chão, arrumar as camas, colocar as toalhas ao sol, a roupa na máquina e por fim, as 12h10 eu já estava aqui, escrevendo este post.
Aí liguei a tv no GNT e estava passando o programa "Vivendo no caos" e um episódio que já vi antes e sempre me impressiona muito... uma família americana, com muitos filhos, a maioria deles adotados e uma mãe ultra guerreira, dando conta de tudo e ainda de ajudar outras pessoas, mas que por fim, guardava suas emoções em forma de acumulação, que chegou ao extremo da família alugar um hangar (isso mesmo, um hangar, espaço suficiente para um pequeno avião, espaço pra burro!). As coisas que foram para o bazar, utilizaram um estacionamento maior do que o de um shopping!
Olha só a que ponto podemos chegar se não cuidamos das nossas emoções!!!
Acho que não foi por acaso que revi esse episódio hoje... preciso cuidar melhor das coisas da minha vida, para que eu volte a me orgulhar da pessoa sensata e organizada que sempre fui.

domingo, 12 de junho de 2016

Mais um momento difícil na minha organização financeira

Uma das coisas que sempre acreditei, mas que nos últimos tempos não consegui praticar, foi que manter uma boa reserva de emergência nos dá muito mais segurança, porque afinal a vida é cheia de acontecimentos que não podemos controlar, por mais que a gente tente se programar ou se precaver.
Pois é, aconteceu comigo de novo... roubaram meu carro, logo depois de ter feito minha programação dos 100 dias para sair do endividamento.
Então, a situação que já não estava boa, ficou ainda pior.
Minha péssima experiência em relação ao sinistro foi:
A seguradora passa cerca de 10 dias analisando e esperando que o carro seja encontrado e só disponibiliza 15 dias de carro reserva, então ao final do processo, mesmo que eu tenha tentado adiantar a compra de um outro carro, ainda fiquei mais de uma semana a pé! E este foi o menor dos problemas.
O valor pago pelo sinistro é calculado pela tabela fipe e não dá para comprar um outro carro, com as mesmas características, além disso é difícil encontrar rapidamente um carro do mesmo ano ou com valor próximo. Acabei optando por um 3 anos mais novo (2015) e isso me gerou uma nova dívida.
Como se já não estivesse ruim o suficiente, ainda tive que contratar um novo seguro, o que só estava programado para novembro.

Enfim, estes gastos imprevistos me desorganizaram ainda mais e se eu estivesse resguardada por uma reserva financeira, teria acertado tudo e não aumentaria ainda mais o problema. Além disso, se eu tivesse o valor suficiente para comprar um outro carro a vista, eu não precisaria ter ficado a pé (o que desorganizou inclusive minha rotina) e ainda fugiria dos juros.
Eu tinha uma previsão de sair das dívidas em, no máximo, mais 8 meses e agora tenho um financiamento de mais 24 meses!
Fazer o que, agora é trabalhar ainda mais nas minhas metas e sair do endividamento o mais rápido possível!