segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Identificando meu estresse e irritação

Hoje é sábado, estou mega cansada e estressada. Estou tentando entender o que está acontecendo, mas já tenho algumas pistas. Penso que a auto análise é sempre muito boa, para conseguirmos compreender nossos incômodos. Talvez por ser psicanalista isso seja natural para mim, mas qualquer um pode (e deve!) se questionar quando a vida começa a ficar esquisita, quando algo sai do controle ou quando começa a acontecer aquele desconforto com situações que antes pareciam ok.
Eu sempre invisto em "fazer o caminho de volta", sabe como é? Sabe quando a gente está em um lugar da casa, vai ´para  outro cômodo e esquece o que ia fazer? Então, todo mundo já fez isso, de voltar para o lugar onde estava, pensar no que estava fazendo e aí tentar se lembrar do que tinha ido fazer lá. Admita, você já fez isso!
É assim também com as emoções, com as sensações e até com nossas ações. Se a gente faz o caminho de volta, encontra "o que perdeu". Dá para identificar o que nos levou àquele estado.

"Dá até para pensar no que estou fazendo aqui" (ouvindo Tiê- Vida).

Voltando a pensar na minha exaustão de hoje. Teve feriado no meio da semana, com isso, minha semana ficou mais caótica em termos de agenda. Na quinta terminei o trabalho bem mais tarde do que de costume. Até buscar meu filho na casa da avó já eram mais de 22 horas. Ontem, sexta, meu dia de folga, já levantei irritada. Eu havia combinado com meu filhote (que está numa fase bem difícil, irritante inclusive) que ficaríamos juntos a tarde, que eu não o levaria à escola e que veríamos o filme que ele queria, a tarde. No final da manhã eu tinha um agendamento no Detran/poupatempo. O que me irritou foi que na quinta à noite, depois das 22h minha mãe se lembrou de que tinha uma consulta e eu teria que acompanhar, de manhã, pouco antes do meu horário agendado, com antecedência! Fiquei irritadíssima com o fato dela entrar na minha programação desse jeito, com o fato de avisar, mais uma vez, em cima da hora e com minha incapacidade de dizer não. Acho que eu estava tão cansada àquela altura, que só reclamei, dizendo que eu preciso saber das coisas antes, para me programar, que isso atrapalharia meu compromisso, mas por fim cedi. Não deveria! Além disso, esperei um mínimo e até irrelevante pedido de desculpas, que não veio, óbvio. Acabei indo, de mal humor, claro. Obriguei meu filho a acordar bem mais cedo, não tive tempo de deixar as coisas preparadas para de manhã e meu dia começou mal. Fiquei com ela aguardando por quase uma hora a bendita da consulta, que atrasou. Precisei deixá-la la e ir para o poupatempo, que felizmente era próximo. Depois ainda voltei para buscá-la, almoçamos e a deixamos em casa. O positivo foi que ela queria aproveitar e passar em outros lugares e eu disse não. Informei que eu tinha compromissos a tarde. Eu tinha sim compromisso de assistir filminho com meu filho e nada nem ninguém pode ser mais importante  que isso. Esse é o limite!
O que ficou claro nesse episódio é que minha irritação foi por ter cedido a algo que eu não queria fazer e que ainda por cima, desorganizou minha rotina e programação. Simples assim.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Coisas que eu queria que me contassem aos 20 e poucos anos

Quando eu tinha 20 e poucos anos, tentava imaginar como seria minha vida aos 40, 50 anos e conseguia, no máximo imaginar 2 ou 3 situações. Coisas do tipo, vou estar formada há vários anos, com uma boa carreira, algum dinheiro e uma casa própria. Nunca consegui pensar muito além disso e sinceramente, nem tinha muito tempo para pensar no futuro, já que o presente era tão complexo e intenso, como é o presente de quase todo mundo que tem 20 e poucos anos.
Hoje, chegando aos 47 e percebendo que estou mais para os 50 do que para os 40 (rs) percebo que tem um monte de coisas que eu queria que alguém mais experiente tivesse me orientado. Faria toda a diferença na minha vida, com certeza. Ok, tô bancando a tiazona, eu sei! Mas vamos lá! Conselhos de tia:

  • Desde o seu primeiro salário, poupe! Não importa se seu salário é baixo. Afinal, até o mês passado, você nem tinha um salário, não é mesmo? Além disso, se começar imediatamente, já não vai se acostumar com aquela quantia e ela não fará parte do seu orçamento. Se começou ganhando um salário mínimo (o que é a realidade da maioria dos jovens no primeiro emprego como estagiário ou auxiliar), reservar 90 ou 100 reais mensais, já te farão poupar ao final de um ano, mais do que um salário integral.
  • Aprenda a reservar o valor a ser poupado, antes de qualquer outra coisa. Imagine que essa grana não existe e só mexa nela se for realmente muito necessário.
  • Faça planos para o futuro, mesmo que sejam planos bobos, como trocar de celular ou fazer uma pequena viagem. 
  • Aprenda a valorizar o que você ganha e não gaste com coisas que não tenham muita importância para você.
  • Organize suas coisas... seu quarto, seu carro, suas gavetas, sua mesa de trabalho. Não adianta a gente resolver ser organizado só quando ficar mais velho. O mundo do trabalho vai exigir isso de você. Pessoas organizadas quase sempre se diferenciam ou pelo menos passam uma boa impressão para quem está observando (seja um cliente, um chefe ou um colega). Além disso, alguém organizado sempre vai parecer mais confiável e competente, o que não é uma verdade absoluta, mas tem fundamento, já que tendem a ter informações na mão quando solicitadas, não costumam perder prazos e não perdem documentos. 
  • Cuide do seu corpo e da sua cabeça! Fundamental isso, já que a gente não liga muito para isso quando é jovem. Cuidar do corpo não significa ir na academia e ficar sarado, isso todo mundo tem feito!  É muito mais... significa ser gentil com você, não se agredir, dormir e comer direito, tomar água, tomar sol e uma série de outros pequenos cuidados que eu, por exemplo, só comecei a ter, bem mais tarde. Um exemplo disso? Usar filtro solar. Sua pele de mais de quarenta vai agradecer muito!!! Cuidar da cabeça vai no mesmo caminho: fazer escolhas saudáveis, desde comida até amigos, ter um hobby, se divertir, cultivar boas amizades e aprender a se olhar, se observar, se autoanalisar. Coisas importantes para tornar a vida mais interessante.
Eu, sinceramente, queria ter aprendido algumas dessas coisas mais cedo, para conseguir lidar melhor com a vida e não ter que aprender "na raça". Olhando agora e me lembrando do quanto eu sempre fui bem organizada com o trabalho, sei o quanto minha vida profissional ganhou com isso e se o restante tivesse ido por esse caminho, eu com certeza teria tido muito mais sucesso, sem tantas dificuldades para me organizar.


Comece lavando sua louça!

Nos meus períodos de caos, eu sempre notava que a pia era o lugar mais bagunçado e que me causava mais desânimo. Acredito que o motivo seja bem simples: quando a gente se desorganiza com a casa, a louça se acumula rapidamente, porque mesmo quem não cozinha muito, sempre suja alguma coisa e é uma bagunça que não dá para esconder. Além disso, a pia não costuma ser um lugar muito grande e a pilha de louça fica um horror!
Então, se eu fosse dar um conselho para quem está tentando iniciar seu processo de organização da casa, eu diria: Comece lavando sua louça!
Para ajudar quem não está muito familiarizado com essa tarefinha tão ingrata, vou dizer como é que eu faço para resolver essa tarefa bem rápido!
- Primeiro coloco uma caneca de água para esquentar (quem tem torneira quente, não precisa).
- Tiro todo o resto de comida das panelas e pratos.
- Coloco panelas e pratos dentro da pia, com detergente e água quente. Panelas vão uma dentro da outra.
- Talheres vão dentro da panela.
- Copos NUNCA vão dentro da pia, para não engordurar. Coloco um pouco de água com detergente em todos eles e deixo no canto da bancada (aliás, sempre que termino de usar um copo, já coloco água, isso ajuda muito, porque não gruda nada no fundo e você não precisa ficar esfregando para sair crosta de açucar, por exemplo).
Feito isso, que não dura mais que 2 minutos, limpo a bancada e guardo a louça do escorredor.
Volto lavando tudo muito rapidamente, começando pelos copos. Quando chego às panelas, a água quente, mais a água que foi caindo da lavagem dos demais itens, já fez boa parte do trabalho, só dar uma esfregadinha e pronto!
Sei que pode parecer bobeira ensinar a lavar louça, mas eu conheço muita gente que não sabe e perde um tempão esfregando fundo de panela que ficou com resíduos secando durante horas ou tentando tirar a gordura da fritura espalhada pelos copos. E ficar um tempão lavando louça, ninguém merece, né?