terça-feira, 27 de janeiro de 2015

O direito ao ócio

Nossa! como é difícil a gente se permitir uma tarde sem fazer nada, né?
Hoje eu tive uma manhã normal. Como todas as manhãs, acordei, tomei café, cuidei do meu filhote, desci para brincar um pouco com ele, limpei a casinha, fiz almoço e almoçamos. Até aí, tudo normal. Mas eu tive uma desmarcação de agenda e com isso acabei tendo a tarde livre. Deixei o filhote mais cedo na casa da vó, porque a tia-dindinha está de férias e aproveita todos os momentos pra ficar com ele (corujice!!!). Voltei para casa e cheguei aqui as 15h.
Ando bastante cansada e meu maior desejo era me jogar na cama, mas eu comecei a tentar tornar a minha tarde mais produtiva. Ué, como assim, produtiva????
Eu sei que hoje, a coisa mais produtiva que eu poderia fazer era dormir, mas isso causa TANTA culpa, que eu já estou aqui há uma hora e sequer consegui me aproximar do quarto!!! Tá certo que não fiz muitas coisas ainda, mas parece que o simples fato de, simplesmente, descansar já é suficiente para bater aquela sensação de não estou fazendo o que deveria estar fazendo! E isso é péssimo!
Gente, nós precisamos nos dar o direito de descansar quando dá, de desmarcar todos os compromissos quando sente que está no limite ou de usufruir algumas horinhas em que não temos compromissos urgentes. É saudável e vital!
Eu preciso dizer para mim mesma: tenho das 15 às 19h para fazer o que bem entender... posso fazer um chá da tarde, posso fazer um pouco de crochê ou posso simplesmente dormir. É meu direito! Afinal, quem é dona de casa sabe e quem é mãe sabe mais ainda que, não existem dias de folga, finais de semana para descansar... o turno é louco e é de 24 horas MESMO! A gente trabalha fora, tem que dar conta da casa, das contas, das refeições, do filho, da vida social ... ufa! Tudo isso cansa! E mesmo que filho é a coisa mais maravilhosa que eu poderia ter na vida, às vezes- muitas vezes- eu queria ter férias até mesmo dele. E uma mãe de 44 com um filho de 2 é canseira em dobro!!! kkk
É isso, desabafo feito, preciso ir ali resolver umas coisinhas no meu quarto...


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Acordar mais cedo

Na semana passada as coisas aqui em casa ficaram bem complicadas. Primeiro porque no final do ano demos uma "relaxada" na rotina, por conta das festas, do recesso no trabalho e do cansaço. Com isso nossos relógios biológicos deram uma super bagunçada. Além disso tem também o calor, que aqui em SP está insuportável!
Começamos o ano mais devagar, o que foi bom para descansar, mas péssimo para nossa rotina. O resultado é que estamos no dia 15 e ainda estou sofrendo pra entrar nos eixos. O filhote, que já não gosta de dormir cedo, está dormindo ainda mais tarde e quando finalmente conseguimos colocá-lo na cama, eu já estou exausta.
O que tenho pensado, desde o ano passado (confesso!) é que preciso acordar mais cedo, principalmente para conseguir dar conta da minha rotina da manhã de maneira mais tranquila.
Aqui em casa as coisas estão funcionando assim:
Acordo por volta das 8h, mas só tenho conseguido levantar depois das 8h40. Além de detestar acordar cedo, ainda não consigo dormir antes da 1h, o que torna impossível funcionar antes das 8h!!!!
Quando acordo, geralmente, meu filho já acorda também e o pai o coloca na cama comigo pra mamar. Porém muitas vezes ele acorda BEM mais cedo e já vai para a cama. Isso tem me dado um cansaço enorme, principalmente porque estamos em processo de desmame e ele, esperto que é, resolvei aproveitar o máximo possível. Quando levanto, já estou cansada, como se estivesse trabalhando há mais de uma hora.
Quando levantamos tomamos café, assistimos uns minutos de tv e começo arrumar a casa. Lavo louça, coloco roupa na máquina e tiro as secas do varal. Dou uma organizada em toda a casa, geralmente passo um pano na sala e no quarto do filhote.
Quando dá tempo e o sol não está muito forte, descemos pra brincar no play um pouco. Daí já é hora de fazer o almoço, tomarmos banho, almoçar e sair.
Como não trabalho todos os dias nos mesmos horários, essa rotina altera um pouco, mas de modo geral é assim que acontece.
Percebo que se eu conseguisse acordar pelo menos uma hora mais cedo, conseguiria agilizar as coisas e muitas vezes conseguiria fazer várias coisas antes do meu filho acordar.
Talvez com isso eu conseguisse um tempo para escrever, ler meus e-mails ou simplesmente assistir um telejornal mais tranquila.
Sei que essa não será uma tarefa muito fácil para mim, mas sinto que é necessário mudar isso e vou investir nessa mudança de rotina agora!

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Calendário 52 semanas de 2015

No final do ano (mais precisamente, no dia 31/12), fiz uma coisa bem legal: Comprei uns papéis coloridos e montei um calendários com todas as semanas do ano e em cada semana coloquei uma "tarefinha" que pretendo executar em 2015.
Não é aquela tradicional lista de metas. É algo muito mais leve e, embora tenha algumas tarefas mais chatas como "Fazer o Imposto de Renda", tem muitas coisas legais que deixei de fazer no ano que passou.
Funciona assim: fiz 52 cartões e escrevi neles todas as sextas feiras do ano. Pensei na sexta-feira, porque são coisas que pretendo fazer no final de semana.
Coloquei coisas bacanas como:

  •  fazer um piquenique com o filhote
  • comprar flores
  • sair sozinha para caminhar
  • comprar um livro
  • ouvir um cd antigo
  • ler poesia
Coloquei também coisas menos divertidas, mas também importantes como:
  • limpar meus sapatos
  • organizar meus papéis
  • limpar o armário do filhote
Foi um exercício muito gostoso e me deparei com coisas que eu nem lembrava que gostava de fazer.
Recomendo!!!

Sobre dar valor ao que é simples ou deixando de ter uma casa arrumadinha

Este começo de ano foi bastante estressante e comecei a me questionar sobre o que isso tem haver com a minha (des)organização.
Fui percebendo minha excessiva cobrança em dar conta de toda a rotina e mais ainda, minha intolerância à bagunça. Outro dia tive um insight fantástico... estava super cansada, tinha feito milhões de coisas em casa e quando sentei no sofá, quando finalmente o filhote havia dormido, percebi que a casa estava uma bagunça ainda e que nada estava "como eu gostaria" que estivesse. Percebi então, o que pode parecer óbvio: minha vida mudou completamente em 2014 e não adianta eu querer que minha decoração fique impecável, que não tenha nenhuma louça na pia e nenhum brinquedo espalhado pela casa. Eu não sou mais aquela solteira, que saía de manhã para trabalhar e voltava só pra dormir. Não sou mais aquela que cozinhava apenas por hobby e que deixava de fazer comida simplesmente porque a faxineira deixou a cozinha brilhando e isso precisava ser preservado, mesmo que isso significasse comer pizza e yakissoba nos próximos 3 dias e só aí então eu voltaria a abrir o fogão. Não tenho mais as paredes branquinhas o tempo todo (outro dia filhote ficou olhando para a parede, tentando analisar que meleca era aquela e de repente falou com ar de surpresa: olha, é nutella!kkk). Enfim, minhas paredes agora são "branco-nutella" e meus quadros já não ficam alinhados e meu papel higiênico, às vezes, vira tapete até a cozinha! Tem sempre um brinquedo espalhado e as almofadas do sofá jamais estarão arrumadinhas. Ou seja... aqui se vive! E eu não tenho nenhuma pretensão de que minha obsessão por uma casinha arrumadinha me transforme em alguém insuportável, que só vive para arrumar a casa e não permite que o filho coma a bendita da nutella, só para não carimbar as mãozinhas na parede! Aqui se vive sim! E casa viva é aquela que fica dois dias cheirando a peixe, depois de fazer aquela moqueca maravilhosa, mas também é casa que cheira a pão caseiro, uma das minhas mais doces memórias de infância. Eu quero que seja assim... quero dar ao meu filho a oportunidade de ter uma vida saudável, com mais pé no chão e menos tênis limpinho. Quero que ele tenha orgulho de viver aqui e quero que meus valores sejam passados para ele e que ele escolha aqueles que servirão para sua vida e descarte os que não servirem, mas sem o peso de ter que romper com aquilo que lhe pareça insuportável. Pode parecer meio louco isso que estou escrevendo, mas eu sei bem o que estou dizendo! Lido o tempo todo com pessoas que tiveram suas vidas marcadas (negativamente) pela rigidez de seus pais. Uma mãe que acha que as almofadas do sofá não podem ser amassadas, pode passar a mensagem aos filhos, do quanto eles não são bem vindos naquele espaço. E isso para mim, é muito grave!
Preciso sim, encontrar alguns mecanismos de dar conta da rotina de maneira mais tranquila, mas não posso fazer disso a minha grande razão de viver, porque a minha razão de viver é o meu filho, é a minha família, é o meu trabalho e são os meus projetos pessoais. Nada além disso e já é o bastante.
Neste 2015, quero me dedicar mais a algo que sempre foi meu grande foco: a simplicidade. Em alguns momentos deixei de olhar para isso e confesso que isso me fez muito mal.
Vou me voltar mais ao meu projeto de tornar a rotina mais simples, as finanças menos complicadas e a vida mais leve. Quero e preciso cultivar a paz em minha casa.