terça-feira, 30 de dezembro de 2014

avaliando 2014

Chegar ao final do ano e ter a sensação de que há muita coisa pra fazer e que muita coisa foi procrastinada não é novidade para ninguém. O que me preocupa é pensar que tive um ano tão intenso, de tanto trabalho e ainda assim deixei de fazer tanta coisa importante!
Na verdade, neste ano cuidei apenas do que era prioridade: meu filho e meu trabalho. O resto todo ficou para "quando desse tempo" e não deu rs!
No ano que vem, preciso voltar aos trilhos, cuidar mais da minha saúde, do meu corpo e da minha casa.
Apesar de não ter dado conta de tudo, me sinto muito gratificada. Agradeço à vida, por ter me dado tantas alegrias. Consegui cuidar das minhas finanças, consegui viver bem com um único emprego e tive mais tempo com meu filho.
Quando penso nisso, vejo que realmente cumpri minhas principais metas e que vivi esse ano com a leveza que havia me proposto. Não consegui fazer várias coisas que eram importantes e que requeriam uma nova organização do meu tempo, mas no ano que vem, vou focar um pouco mais no estudo e no lazer, sem deixar de cuidar da organização da minha casa.
Enfim, 2014 foi um ano muito bom e muito feliz!!!!
Que venha 2015!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

feliz 2015

Nossa! Faz tanto tempo que não venho aqui!!! Eu estava com saudades do blog mas completamente sem tempo e inspiração para escrever.
Além disso passei um tempo com uma internet de dar dó!
Enfim, natal chegando e eu aqui, dentro do carro tentando entrar no supermercado mas um temporal não deixa. Boa hora para pensar na vida e dar uma entradinha no blog...
Só pra desejar um 2015 de muita organização, paz e saúde para quem passar por aqui!!!
Feliz Natal!

domingo, 12 de outubro de 2014

Organizando a viagem de férias com o filhote

Desde que meu filho nasceu, nós passamos a viajar muito pouco. Os motivos são dois: 1- com uma criança qualquer viagem precisa ser melhor planejada; 2- como me tornei autônoma, somente agora me senti preparada para tirar alguns dias.
Preparei um roteiro para fazer das nossas férias um momento de puro prazer. Aí vai:
1. Escolher o local, coletar informações sobre os passeios e pesquisar preços.
Eu decidi ir para Paraty, um lugar que já conheço bem e que fica perto. Como serão poucos dias, achei mais seguro fazer essa escolha. Além disso, é um lugar que adoro e quero apresentá-lo ao meu pequeno!

2. Fazer as reservas o quanto antes e se assegurar de que a pousada/hotel tenha uma estrutura adequada para crianças
Eu jamais pensei em perguntar se uma pousada disponibiliza cozinha, mas isso se torna importantíssimo quando se tem filho pequeno. Esquentar o leite, descongelar a papinha ou lavar as frutas, são coisas que não há como fugir.

3. Deixar a vida organizada
Organizar a agenda do trabalho, pagar as contas que não tem débito automático, lavar e passar as roupas que pretende levar, organizar a rotina da faxineira, fazer as compras para a viagem (tanto de supermercado, quanto de roupas e assessórios). Eu comprei algumas roupas com certa antecedência, na véspera da viagem fui ao supermercado e à farmácia.

4. Fazer uma lista de roupas, calçados e assessórios que pretende levar
Eu fiz uma lista apenas para o filhote, porque é mais difícil prever com as constantes mudanças de temperatura nessa época do ano. Eu organizei assim:
Calculei pelo número de dias que pretendemos ficar e coloquei: 1 camiseta de manga curta, 1 de manga longa, 1 mais velha para a praia, 1 bermuda, 1 calça e 1 meia para cada dia, 2 moletons, 1 casaco, 2 pijamas, 1 tênis, 1 sandália e 1 chinelinho.
É roupa para caramba! Como vamos ficar poucos dias, optei por não lavar nada no hotel, mas quando se vai ficar por mais tempo, talvez valha à pena pensar nesse serviço.

5. Levar medicações usadas regularmente
Vale a pena levar um antitérmico, analgésico, um termômetro e antiácido.

6. Independente do horário que se pretende sair de casa, deixar tudo arrumado na véspera garante tranquilidade
Deixo as malas organizadas, faltando apenas os itens de toilette, que serão usados colocados de manhã. Já coloco tudo na sala para facilitar. Separo também a roupa que iremos usar.

7. Preparar a refeição na véspera
Deixar o café da manhã organizado, faz toda a diferença. Tem coisas que não dá pra deixar pronto, mas deixar a pia organizada, a mesa arrumada e as coisas de geladeira todas juntas em uma cestinha, me faz ganhar um tempinho precioso na cama!

sábado, 11 de outubro de 2014

Não tenho tempo!

Já faz um tempo que escrevi este post, mas ele ficou abandonado e não consegui concluir nem postar.
Essa é uma reflexão sobre administração do tempo, algo que anda me incomodando um pouco.
Acho que voltei a pensar nisso, porque ouvi do meu filhote (de menos de 2 anos!) a frase "não tenho tempo", o que, me chocou um pouco, já que se trata de uma repetição do funcionamento da mãe.
Eu sempre tive muita dificuldade em acordar cedo, na verdade não gosto mesmo! Nos últimos 10 anos, sofri muito com insônia e isso me causou grandes prejuízos, tanto na saúde e qualidade de vida quanto na produtividade. Dormir mal, passar a noite acordada e perder a hora de manhã passou a ser uma constante.
Enfim, nos últimos tempos isso mudou. Na verdade continuo com dificuldade para dormir à noite, acabo demorando muito mais para relaxar do que gostaria, mas isso acaba sendo compensando com o fato de não mais trabalhar de manhã. O que houve, na verdade, não foi uma "cura" total da insônia, mas sim, uma readaptação do ciclo do sono.
Isso seria perfeito, se não fosse por um detalhe: À noite, quando fico acordada, não consigo produzir quase nada, por estar muito cansada. De manhã, quando acordo no meu melhor horário, já é tarde demais e meu filho acorda junto comigo, o que me impossibilita fazer qualquer coisa, além de cuidar dele.
Outro dia estava lendo sobre pessoas bem sucedidas e percebi que existe uma característica comum a quase todas elas: acordar cedo e focar na produtividade.
Eu fiz uma escolha de trabalhar menos e ter uma vida mais slow, mas isso não quer dizer que eu não precise de alguma organização do meu dia.
Ter rotina é fundamental para minha vida e para a organização psíquica do meu filho.
Portanto, preciso começar a acordar mais cedo. Sei que não consigo ser muito radical em relação ao horário. Preciso ir devagar!
Hoje acordo por volta das 8h15, mas só consigo levantar perto das 9h. O que eu preciso é ir mudando isso gradativamente: primeiro, preciso conseguir acordar e já levantar (às 8h15), depois, acordar um pouco mais cedo. Acredito que não preciso ir muito longe, às 7h30 já seria ótimo!
Preciso que esse horário seja mais produtivo, afinal não é uma hora livre para assistir TV.
A rotina ideal será a seguinte:
Acordar as 7h30.
Tomar banho e café (30 minutos)
Estudar (1 hora)
Cuidar do filhote (30 minutos)
Arrumar a cozinha e colocar roupa na máquina (15 minutos)
Organizar a casa (15 minutos)
Sair para passear com o filhote (30 minutos)
Fazer o almoço (30 minutos)
Cuidar do filhote e almoçar
Descansar um pouquinho
Me arrumar e sair para trabalhar por volta das 13h30.
Acho que isso seria bem razoável!
Hora de exercitar!!!!!!!!!!!!!

domingo, 28 de setembro de 2014

Criando estratégias de organização

Acordei pensando em coaching. Apesar de achar que é um processo interessante, sempre fico meio desconfiada quando algo começa a ser usado por todo mundo. Odeio modismos!
Mas, mesmo assim, fui ler um pouquinho sobre o assunto e encontrei essa definição:
"Coaching é uma metodologia que busca atender as seguintes necessidades: atingir metas, solucionar problemas e desenvolver novas habilidades. O Coaching é um processo de aprendizagem e desenvolvimento de competências comportamentais, psicológicas e emocionais direcionado à conquista de objetivos e obtenção de resultados planejados" .

Na minha opinião, esse processo pode ser vivido em uma psicoterapia bem conduzida ou em um processo de análise, o resultado pode até demorar um pouco mais, mas é eficaz e duradouro. 
Apesar de acreditar muito mais na psicologia/psicanálise, penso que é interessante utilizar ferramentas de várias áreas do conhecimento para desenvolver essas habilidades e é isso que propõe o coaching. 
Uma ferramenta que acho bem legal é o planejamento estratégico, que julgo ser de grande valia para alcançar bons resultados em planejamento.
Eu acredito que, depois de utilizar o planejamento estratégico em vários momentos profissionais, a gente acaba incorporando um pouco da técnica e utilizando na vida cotidiana. Termos como "identificação de problema", "metas e objetivos", "estratégia", "implementação" e "prazos/resultados", fazem parte de nossa rotina, sem nos atermos ao planejamento formal.
Para mim, esse processo é natural e não precisa de qualquer formalidade. Quando resolvi me tornar uma pessoa mais organizada, iniciei um processo de "auto coaching" (se é que dá pra chamar assim). Como o meu processo de auto conhecimento é antigo e já sei há muitos anos - e depois de muita análise- de todas as minhas dificuldades e de todos os meus boicotes, ficou fácil reconhecer quais eram os problemas e o que precisava ser feito para mudar.
Uma ferramenta que adoro e me ajuda muito quando não estou conseguindo focar, são os "mapas mentais", que são maneiras de organizar as idéias desenhando caminhos para se chegar aos resultados.
Bom, pensei em tudo isso, só pra pensar em uma nova fase de organização que inicio agora... e vem muita reflexão por aí!


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Avaliando minhas metas financeiras

Em setembro de 2011 quando iniciei o blog, no auge do meu caos de organização, eu estabeleci algumas metas claras. 
Só para lembrar:
Longo Prazo: TRABALHAR APENAS NO CONSULTÓRIO. Prazo: 5 anos (2016)

Médio prazo      Prazo: 2 anos e ½   (2014)                                                  
  • Quitar dívidas maiores (apartamento e carro)
  • Quitar todas as dívidas pendentes
  • Investir mais no consultório
Curto prazo     Prazo: 3 meses
  • Organizar planilha financeira,  planejando os passos seguintes
  • Cortar gastos, diminuir pagamento de juros
  • Negociar todas as dívidas pendentes
  • Poupar: inicialmente 10% da minha renda, depois a quantia suficiente para  concluir os objetivos de médio prazo
  • Criar estratégias de ampliação do meu trabalho no consultório: ver convênios e cursos
Já se passaram 3 anos e é hora de avaliar:
Algumas coisas foram muito difíceis de cumprir inicialmente. Percebi que precisava mais do que cortar gastos, já que a conta era muito apertada e eu tinha várias dívidas pendentes que precisava quitar. Precisava aumentar minha renda e isso foi acontecendo com meu investimento cada vez maior no consultório.
As metas de curto prazo foram cumpridas dentro do esperado; As metas de médio prazo foram compridas em parte: Consegui investir mais no consultório, a situação por lá foi se estabilizando. Quase todas as dívidas pendentes foram quitadas, algumas ainda estão em transação. O carro foi quitado, mas com o evento do roubo, a quitação do apartamento teve que ser adiada.
A melhor de todas as notícias: O plano de ficar apenas no consultório foi antecipado em 2 anos! 
Estou muito feliz, porque apesar de não ter conseguido quitar todas as dívidas, consegui chegar em tempo record ao meu objetivo maior!

domingo, 21 de setembro de 2014

Minha trajetória de organização

Rever o jeito de fazer as coisas é um processo muito interessante. Eu não acredito em conhecimento cristalizado, tampouco em maneiras de fazer as coisas que o sejam.
O que servia para mim há 10 anos, hoje me faz rir, porque me parece muito estranho! Eu não sou mais a mesma pessoa e por isso, penso e ajo diferente.
Acredito que seja assim com tudo e a qualquer momento. Não preciso fazer as coisas do mesmo jeito que fazia há 10 anos, nem a 2, nem na semana passada.
Quando comecei a escrever aqui, há 3 anos (exatos!), eu tinha a pretensão de ter uma vida mais organizada, de me tornar uma pessoa mais organizada e isso é a essência dessa minha busca, aquilo que permanece e permanecerá enquanto eu ainda precisar disso. As maneiras que fui encontrando de fazer e a maneira de encarar essa jornada é que diferem a cada período.
Em setembro de 2011, quando comecei o blog, eu estava sem rumo, me sentindo angustiada com a bagunça que habitava minha casa, minha vida financeira e profissional.
Muita coisa aconteceu desde então, consegui melhorar meu controle financeiro, passei a conhecer melhor meu comportamento com dinheiro e consegui enfim, atingir meu objetivo maior, que era manter as finanças em ordem. Lembro que estabeleci metas de curto, médio e longo prazos, e que no início isso se tornou uma obsessão para mim. Com o passar do tempo, o comportamento foi se tornando parte de minha rotina e isso foi se tornando um hábito, foi se tornando algo natural.
A organização da casa foi se transformando. Passei pelo momento de diminuir a quantidade de coisas acumuladas, depois, centrei meus esforços em não acumular mais. Ao longo desses 3 anos, muitas coisas se transformaram e o que significava ter uma casa "em ordem" hoje é bem diferente. Hoje para mim, ter uma casa organizada inclui ter sempre a mesa cheia de coisas que precisam ser guardadas, alguns brinquedos espalhados pela sala, o sofá sempre bagunçado e alguma louça na pia. Parece estranho? Eu explico: depois de ter um filho e ter mudado minha rotina de trabalho para passar mais tempo com ele, ter uma casa arrumadinha se tornou algo quase impossível e acima de tudo desnecessário. Ter uma casa arrumada hoje é ter horário para fazer o almoço, manter a despensa abastecida, manter a casa limpa e saudável para meu filho. É pensar nos alimentos que ingerimos, na rotina de cuidados com a roupa. É ter tempo de abrir as janelas para o sol entrar e me permitir ficar na cama até um pouco mais tarde nos dias de frio, sabendo que as coisas estão sob controle e não preciso me desesperar para dar conta de tudo.
Estou em paz com a minha rotina, embora ainda haja muita coisa a melhorar. Ainda tenho minhas metas a cumprir, mas tenho certeza de que conseguirei, sem o desespero de outros tempos.
Me tornar uma pessoa organizada me proporcionou isso. Essa certeza de que posso continuar meu caminhar, sempre prestando muita atenção ao caminho, mas sem medo de seguir em frente!

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Um jeito bem eficiente de fazer um orçamento pessoal

Quando eu comecei a fazer o meu orçamento, sequer sabia como era organizar isso. Eu só sabia duas coisas: - gastava mais do que ganhava; -não conhecia meus números.
Antes de chegar no que tenho hoje, tentei várias coisas, fiz vários estudos dos meus números e li muito sobre o assunto, em blogs especializados.
No final, cheguei à conclusão de que não existe uma fórmula que dê certo para todo mundo e é preciso muita sensibilidade para lidar com nossa situação financeira.
A construção a seguir é a minha trajetória, foi o jeito que encontrei para lidar com minhas finanças, mas queria compartilhá-lo porque deu certo e porque pode servir para alguém que está chegando a esta consciência agora.
A gente só muda aquilo que conhece! Portanto precisamos conhecer nossa situação, nossos números concretos mesmo e o que eles significam subjetivamente (um número não é só um número, ele tem um significado dentro de um funcionamento da nossa rotina financeira).

  • Primeiro é preciso começar marcando tudo o que se gasta, tudo mesmo (até a bala que compramos na padaria), pode ser em um caderno, uma planilha de excell ou usando algum aplicativo.
  • Para conhecer os números reais é necessário que o controle dos gastos seja eficaz. Uma boa idéia para quem nunca foi muito organizado é só gastar no cartão (seja de débito ou crédito). Fica mais fácil olhar no extrato na hora de lançar na planilha. Eu tenho tentado não utilizar dinheiro, mesmo que eu tenha alguns recebimentos em dinheiro, evito ficar com ele, porque sempre me perco na hora de lançar.
  • Após 3 meses de controle, fiz uma leitura mais analítica dos valores, comecei então a fazer os cortes necessários para ajustar meus gastos aos meus ganhos. Alguns cortes fiz mesmo antes desse período, porque quando comecei já sabia um pouco sobre aquilo que estava me endividando.
  • Bom, de tudo isso eu já falei lá no começo da minha organização financeira, é só voltar aos posts de setembro/11; mas onde eu realmente queria chegar é na próxima fase, após conhecer os números e fazer os cortes: tendo uma média de gastos variáveis (já que os fixos não variam quase nada), fiz um gráfico com os percentuais que posso gastar em cada categoria de gastos.
Um exemplo (hipotético):
Em uma renda de 5 mil reais:
habitação- 20%
contas fixas da casa- 15%
educação- 15%
saúde- 10%
consumo- supermercado- 10%
transporte 5%
consumo- restaurantes/bares- 5%
consumo- roupas/calçados- 5%
lazer - 5%
gastos emergenciais ou reserva de emergência 5%
poupança- 5%
Esse exemplo é só para ilustrar mesmo. É um jeito bastante simples e eficiente de se manter dentro do orçamento.
É o que está dando certo comigo!!!!

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Pensando em uma vida mais simples

Eu, muitas vezes, exagerei na simplicidade. Houve um tempo em que eu vivia com o mínimo. Foi um tempo bom, a vida era muito mais fácil de administrar, aprendi a lidar com os contratempos de maneira mais tranquila e quase não perdia tempo com coisas chatas.
Pois é! Esse tempo passou, assumi novas tarefas na vida e muita coisa se tornou menos simples, mais estressante e tudo parece que começou a me exigir mais. Sinto muitas vezes que estou perdida na "burocracia" da vida. Quando a gente fala em burocracia, sempre pensa em papelada, relacionamento com órgãos públicos, mas na verdade a burocracia pode ser muito mais do que isso. Burocratizar é uma maneira de tornar as resoluções mais demoradas, de priorizar coisas chatas e de ficar emperrada na rotina cansativa.

Percebo que burocratizei minha vida e isso hoje ficou muito claro pra mim!
Hoje fiz um programa com meu filhote, que há tempos não fazia: fui a um parque. Meu deus, isso era para ser parte da nossa rotina! Por que não era? A resposta é essa: porque burocratizei nossa rotina e sobrou pouco tempo para coisas simples. Eu tenho corrido muito para dar conta da casa, da alimentação e dos cuidados com ele e com isso, o tempo tem sido escasso para muitas outras coisas. Acabo ficando dentro de casa em quase todas as minhas folgas e só saímos para a casa da vó e para fazer coisas "úteis" (ir ao supermercado, ao shopping etc). Ontem eu me dei conta de que o pouco tempo que temos para curtir estava sendo desperdiçado com coisas rotineiras.
Hoje, apesar de estar muito cansada, de termos acordado mais tarde, de termos pouco tempo antes do almoço. Apesar da casa estar uma bagunça, apesar de eu priorizar um "café da manhã de domingo" mais demorado, apesar de tudo... tinha um sol lindo lá fora- apesar de ser inverno!
Tomamos café, curtimos um pouco de música e fomos pro parque!!!! Coisa simples: o parque que fica a uns dois quilômetros de casa mesmo, por pouco tempo, mas foi bárbaro. Amei ver o filhote brincando com terra, vendo os patinhos nadando e correndo atrás das borboletas.
Domingo lindo, lugar lindo e o sorriso do meu pequeno, que é a coisa mais linda do mundo!
É por você Gabriel, que a mamãe acorda todos os dias! É por você meu amor, que começo um novo desafio de tornar a vida mais simples e com mais sabor de domingo!!!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Repaginar a casa de maneira organizada

Eu sou super fã de mudar a casa, sempre! Também sou adepta do faça você mesmo. Isso, ao longo da vida já me rendeu algumas experiências bem interessantes e algumas já contei aqui.
Atualmente estou há quase dois anos sem mexer em nada na casinha e tenho sentido uma vontade enooorme de mudar! A última reforminha foi antes do meu filhote nasceu e agora estou cheia de novas idéias para repaginar tudo.
Mas, preciso me controlar e organizar as coisas. Então fiz esse roteiro, que pode servir de inspiração para quem, como eu, adora mudar as coisas em casa, mas tem pouca grana e pouco tempo para isso:

  • Primeiro pense em tudo o que deseja mudar e vá anotando: colocar tudo no papel ajuda muito. Eu divido por cômodo e por categorias, assim: SALA: pintar as paredes, colocar uma prateleira de tantos X tantos centímetros, fixar os quadrinhos que já comprei...
  • Monte um orçamento: Quanto pretende gastar? Já tem esse dinheiro? Vai juntar o montante (ideal!) ou pretende parcelar as compras? Vai precisar pagar mão de obra? Quanto isso custa?
  • Monte um cronograma: Quando? Por quanto tempo???? Isso é importante para programar as compras, contratar mão de obra (se for o caso) e planejar a organização do espaço.
  • Otimize recursos: Se vai reformar o sofá e pintar a parede, planeje a retirada do sofá no mesmo dia da entrada do pintor, assim você se organiza para receber os dois profissionais no mesmo dia ou na sequência. Além disso, o espaço estará mais vazio, sem fazer muita força e sem sujar o móvel, por exemplo.
  • Se você tem uma diarista, planeje a mudança na rotina dela. Não adianta fazer faxina se no dia seguinte começa uma reforma! Se for apenas fazer alguns furos na parede, programe para ser na véspera da faxina. Assim não precisa sair limpando nada!!!
  • Se vai ter muito quebra-quebra, mude-se para a casa de um parente ou amigo e só visite a obra em alguns momentos do dia! Não existe nada mais estressante do que ficar em casa enquanto os pedreiros trabalham. Eu já fiz isso e fiquei muito mal! Além de não ter lugar para ficar, ainda fiquei com uma baita sinusite.
  • Siga, na medida do possível o cronograma, mas deixe uma margem- de tempo e dinheiro- para os contratempos, que com certeza aparecerão.
  • Por fim, relaxe se a cor da parede não ficou exatamente como pensou ou se algo não deu tão certo quanto no seu sonho. Afinal, mudanças são coisas boas, mas nem sempre perfeitas!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Uma ferramenta de controle financeiro bem interessante

Eu adoro o blog dinheirama! Sempre que leio me sinto inspirada a melhorar minha organização financeira. É uma leitura que vale muito a pena, recomendo.
Outro dia conheci uma ferramenta indicada por um dos colaboradores do blog, chamado guiabolso.com. Apesar de ter algum receio, por se tratar de uma ferramenta que tem acesso ao extrato bancário, percebi que é uma ferramenta bem interessante e resolvi arriscar.
O acesso é bastante simples e para autorizar o envio do extrato, só utilizei a senha de visualização (então, acredito que não exista risco de uso indevido).
No começo, dá um pouco de trabalho para montar o orçamento, mas não é nada complicado. Aliás, me diverti bastante fazendo e percebi que tenho tudo bastante organizado na cabeça, porque os valores que fui planejando para cada tipo de gasto, bateram certinho com minha planilha de custos do excel.
Ele divide os gastos em duas categorias: essenciais e estilo de vida. Já tem vários itens listados e é possível acrescentar tudo aquilo que se julgue importante.
O mais legal é que dá para colocar mais de uma conta e inclusive acrescentar dados manualmente (ou seja, no caso de ter entradas e saídas que não passem pela conta bancária, dá para lançar em uma conta extra).
Ele ainda cria vários gráficos com comparações bastante úteis.
Estou adorando a ferramenta e isso tem me dado um panorama quase que diário das minhas movimentações e me permite ainda, controlar o pagamento de contas.
Não sei se funcionará bem a médio prazo, mas no momento, estou bastante contente com os resultados!!!

Quando a vida pede mudanças radicais

Ontem foi a tal da audiência que falei anteriormente. Ainda estou remoendo minha culpa! Deixar de pagar uma conta, simplesmente por não priorizar foi algo muito ruim para mim. Mas, feito o devido acordo, conseguirei quitar o débito em um período relativamente curto. Agora, preciso lançar mão de novas ferramentas para me organizar.
Já quebrei a cabeça pensando em como manter as contas em ordem e minhas finanças dentro de uma realidade saudável. Sim, saudável! Porque do jeito que tenho me preocupado com isso, as coisas acabam tomando um rumo insano e não há saúde mental que resista a isso!!!
A verdade é que, ando insegura em relação ao meu futuro financeiro e com isso, começo a me preocupar já no final do mês com as contas que deverão ser pagas no mês seguinte. Tenho vivido mais angustiada e isso tem me feito muito mal.
Resolvi então, entrar em uma daquelas fases de "organização radical". No mês de julho, vou cortar TUDO o que for possível. Com isso, espero economizar uns 30% dos meus rendimentos e aí eu consigo dar uma organizada para que o segundo semestre seja menos angustiante.
Sei que é penoso cortar tantas coisas assim, mas é uma atitude necessária para minha saúde mental.
Aí vão as medidas:
- Não comprar roupas ou calçados.
- Não ir a restaurantes
- Diminuir a faxineira para quinzenal
- Não fazer a unha em salão
- Rever o plano de saúde
- Rever o gasto com telefone e internet (novamente)
- Fazer um diagnóstico e ver o que mais pode ser cortado.
Bom, em agosto eu conto como foi!

terça-feira, 10 de junho de 2014

Organização como processo interno

Tenho visto muita gente tentando se organizar. Assim como eu, muita gente tem compreendido que é preciso mudar, rever hábitos, viver mais saudável etc.
Penso sempre que não adianta a gente organizar coisas quando o que está precisando de mudança é aquilo que está dentro de nós. 
Um exemplo? Mudanças financeiras tem haver com aquilo que precisa ser mudado nos nossos hábitos de consumo e isso é muito interno. Quem nunca se viu pensando numa compra como forma de gratificação por alguma frustração diante da vida?
Sabe quando a gente tem um dia estressante e se vê indo pro shopping pra se dar um presente, simplesmente porque "eu mereço"? Então, é isso que precisa ser mudado. Essa sensação de que merecemos sofrer menos ou merecemos uma gratificação pelo nosso esforço.
Merecemos sim, tudo de bom que a vida possa nos oferecer!
Mas nos endividarmos por isso, isso ninguém merece!!!!!!!!!!

Passando por um período de desorganização financeira


Todos nós, em algum momento da vida, estamos sujeitos  a perder o controle das finanças. Acredito que, como tudo na vida, há flutuações. Mas o que me chama atenção é quando acontece algo que me tira o foco da minha organização financeira. Tenho percebido que viver sem um salário “fixo” tem me deixado muito angustiada. Por mais que minha renda seja suficiente para pagar todas as minhas contas, com uma pequena margem para aplicar na poupança e para eventuais emergências, sinto como se eu não tivesse mais o controle da situação financeira e isso tem me deixado muito angustiada.
Como já escrevi no meu diagnóstico da situação financeira atual, preciso lidar com várias datas de pagamento e nem sempre o que parece estar sobrando, está mesmo.
Esta semana vivi algo que me deixou bem chateada. Recebi uma notificação judicial por uma conta que ficou pra trás. Não é um valor muito alto e tampouco algo que eu não poderia ter acertado antes, mas o fato é que deixei as coisas acumularem e fui deixando pra acertar “depois” e esse depois jamais chegou. Resultado: vou pagar juros, ter que ir a uma audiência e lidar com a cobrança.
Se fosse algo que eu não tivesse tido condições de pagar, eu com certeza não estaria tão chateada! O problema foi não priorizar algo que precisava ser resolvido.
Admito, eu faço isso, às vezes! Mas, por que faço????  É simples, porque desde que mudei meu estilo de vida (tive filho e passei a trabalhar como autônoma) tenho repetido, constantemente o mantra: “eu não dou conta de tudo”. É verdade, ninguém consegue dar conta de tudo mesmo! Mas é verdade também que a gente precisa saber priorizar e precisa estar atenta para cumprir com nossos compromissos.
Sinto que falhei em algo que tenho plena consciência de que deveria ter priorizado. Me deixei levar pelo meu cansaço e pelo meu desejo de fazer “coisas mais legais”. Com isso, acabei gastando com algumas coisas mais prazerosas: gastei com coisas pra casa, pro consultório e com roupas e calçados pra mim e pro meu filhote... num momento em que deveria ter priorizado a tal da conta.
Lição aprendida: Focar mais nos meus gastos. Acertar as pendências e só depois gastar com o que pode esperar um pouquinho!
É isso, a vida nos ensina todos os dias!!!!!



segunda-feira, 9 de junho de 2014

Usar dinheiro ou cartão? Eis a questão!

Eu sou, por natureza e por formação, defensora de soluções pessoais para as questões financeiras. Acredito que não existem maneiras certas ou fórmulas definitivas. Além disso, não acho que o que servia para mim no passado, precisa servir eternamente. A gente muda, nossas necessidades mudam; então, porque nossa maneira de lidar com dinheiro não poderia mudar?
Antes eu era uma entusiasta do uso do dinheiro "vivo". O raciocínio é simples e ainda acredito que possa funcionar para alguns casos, vejamos:

  •  Para pessoas com dificuldade de frear os gastos (os compulsivos, por exemplo). Quando se vai ao supermercado, por exemplo, e estamos com dinheiro e não com cartão, é impossível extrapolar. Só podemos comprar aquilo que o dinheiro permite. 
  • Em um passeio, daqueles com "comprinhas", em que temos um planejamento do quanto pretendemos gastar, pagando vários pequenos gastos com dinheiro é possível ter um melhor controle, já que teremos o controle físico do dinheiro. As compras param quando o dinheiro acaba. Simples assim!
Bem, pra mim isso funcionou bem em muitos momentos. Era organizador utilizar dinheiro, principalmente em tempos mais difíceis.

Mas agora, quero ponderar alguns aspectos:
1. Utilizar dinheiro, dependendo da situação, é perigoso. Andar com dinheiro na bolsa, nos dias de hoje, precisa ser pensado.
2. A logística de sacar dinheiro do banco, requer uma programação prévia. Dependendo do valor não é possível sacar de uma vez nos caixas eletrônicos. Mesmo que não seja um valor alto, a gente precisa se organizar para ir ao banco ou caixa eletrônico, antes do evento em que se pretende utilizar o dinheiro.
3. O uso do dinheiro exclusivamente, nos deixa vulneráveis quanto às eventualidades.

Por outro lado, utilizar cartão de débito traz uma vantagem incrível: o controle financeiro pode ser feito utilizando o extrato bancário!

Eu tenho percebido que desde que comecei a ter renda "flutuante", receber em várias datas e de várias formas (dinheiro, cheque, doc, transferência), as coisas tem ficado muito confusas. Apesar de ser bom ter algum dinheiro na mão, a possibilidade de me desorganizar é enorme! Ficar marcando tudo o que se gasta, o tempo todo, dá um trabalho muito grande. Pensa comigo: tem dias que a gente gasta o dia inteiro. Em um dia comum, por exemplo: dá para passar de manhã na padaria para tomar café, depois abastecer o carro, almoçar, comprar uma revista na banca, um chocolate na doceria, comprar um lanche à tarde, fazer a unha, pegar o casaco na lavanderia, pagar a conta de luz e comprar algo para o jantar. Veja só, em um dia normal a gente pode gastar em 10 lugares diferentes, sem ser nenhum absurdo! Afinal, todo mundo tem dias assim. 
Agora imagina ficar marcando todos esses gastos, só porque estamos pagando com dinheiro!

Enfim, como eu já disse, não existe um único jeito de fazer as coisas, mas eu estou convencida de que preciso utilizar cartão de débito em tudo o que puder!

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Enfim, meu retorno ao blog

Até o ano passado eu tinha o hábito de escrever com alguma frequência, mas de uns tempos pra cá tudo foi ficando mais difícil, por conta das mudanças de rotina que já mencionei e por causa também da minha internet que não estava funcionando bem.
Agora, resolvidos (espero) os problemas com internet e com minha rotina mais organizada, pretendo voltar a postar com frequência.
Este blog é um espaço organizador pra mim e pretendo continuar falando das minhas construções e dos meus projetos futuros.
Espero também que meus relatos possam contribuir com as pessoas que passam por aqui!

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Reavaliando minhas metas financeiras

Passou rápido... Já se foi o primeiro terço do ano.
É sempre assustador como o tempo passa rápido!
E aí, como andam as finanças????
Eu sempre fiz reavaliações semestrais, mas neste ano, com a necessidade de um melhor controle resolvi fazer uma avaliação aos 4 meses.
Este está sendo um ano muito difícil para mim, pelo simples fato de que deixei de ser uma trabalhadora assalariada e ainda não consigo lidar muito bem com isso.
Tenho refletido muito e sei que ainda preciso fazer vários ajustes! Eita coisa difícil!!!!!
Minha avaliação:

  • Ser autônomo é muito bom, só que precisa de um gasto de energia ainda maior para lidar com as finanças e até com a rotina. Se a gente não fica vigilante, se perde fácil.
  • Preciso começar a lidar com uma programação financeira que jamais parei pra pensar: quando temos vínculo empregatício, já começamos o ano sabendo que teremos uma graninha nas férias e 13º no final do ano. Nem ficamos pensando nisso, porque é algo natural. Mas quando não teremos mais essa grana, é hora de pensar em como passar a ter esse mesmo rendimento. E agora? Até aqui eu só consegui pagar as contas, mais nada. Se a gente pensar em termos concretos, eu teria que poupar um montante anual referente a 1 salário e 1/2 (férias e 13º). Além disso tem a poupança para realização dos meus projetos, que está planejado em 10% dos meus ganhos. Bem, neste ano ainda não consegui chegar a nenhum desses valores. Então preciso apertar o cinto!
  • A conta é simples: 1 salário e 1/2 a mais por ano + 10% mensais para a meta de longo prazo= 25%, contando mais a sazonalidade (na minha área, como em muitas outras, os meses curtos, como dezembro e férias, são meses em que se ganha cerca de 50% a menos). Então, para ficar em uma situação confortável, eu teria que poupar cerca de 30% da minha renda mensal. 
Neste ano, dificilmente atingirei minhas metas, já que um terço do ano já se foi e eu não consegui economizar mais do 10% mensais. Se eu conseguisse, teria que poupar no próximo semestre tudo aquilo que não poupei até aqui. Sei que não dá, então é hora de fazer cortes importantes!
É nisso que vou me focar nos próximos 3 meses!



segunda-feira, 14 de abril de 2014

Desabafo de um dia estressante

É galera, a vida não está fácil pra ninguém!!!
Não estou aqui me queixando, mas seria muito bom ter um pouco mais de grana para me sentir menos estressada com a rotina do dia a dia.
Ainda não sei como fazer isso, mas estou empenhada em ganhar mais dinheiro ainda neste semestre.
Sinto que preciso de tempo para estudar e de mais tempo de lazer com meu filho e isso depende de “terceirizar” algumas tarefas aqui em casa.
Um exemplo: Hoje é sábado, feriado aqui em Sampa, mas atendi minha agenda normalmente. Acordei por volta das 7h30, tomei banho e café, cuidei do filhote, o pai foi levá-lo para a casa da avó e eu segui para o trabalho. Antes de atender, tive que dar uma geral nas coisas por lá (faxina básica mesmo!) porque estamos passando por uma reforma e estava a maior poeira. Trabalhei o dia inteiro, até as 16h, sem almoçar, porque é feriado e o dono do restaurante resolveu simplesmente, não abrir.
Passei no posto de gasolina, troquei o óleo do carro, enquanto devorava um lanche. Resolvi alguns probleminhas do carro e fui buscar o filhote. Cheguei na casa da minha mãe exausta, com um calor insuportável, às 18h. Vim para casa com ele, tomamos banho, amamentei e fui para a cozinha fazer uma comidinha para ele, que gritava de fome#sono#cansaço#calor. Enfim ele dormiu sem que a comida estivesse pronta. Deixei as panelas no fogo e estressada que estou, quase deixei queimar, enquanto desabafo neste post! Entre uma panela e outra, ainda dei uma secada no banheiro e passei um pano na cozinha. São exatamente 20h30 e estou mais do que exausta. Ainda preciso terminar de preparar o jantar e tentar comer antes que ele acorde.
Mas, apesar do cansaço me sinto bem feliz. Feliz por ter dado conta do meu dia sem “perder la ternura”, sem ficar irritada e sem chorar. Feliz mais ainda por saber que dou conta do meu filho e do meu trabalho, que são minhas maiores realizações.

É isso aí, se eu tivesse mais dinheiro, teria uma ajudante para as tarefas do dia a dia e com isso teria mais tempo e me estressaria menos, mas a vida é como é, e estamos aí pra lutar!

Praticidade na organização

Às vezes fico vendo essas técnicas de organização cheias de estratégias, passos e sei lá mais o que e sinto até preguiça de pensar!
Gente, organização precisa ser simples e ponto!
Podemos até nos inspirar em alguns métodos, mas o que conta, de verdade, é a disposição para a mudança de rotina e, principalmente, a compreensão sobre o que não está bom em nossa vida (e que carece de mudança).
Vamos pensar... Se a casa está um caos, com coisas acumuladas para limpar e organizar, precisamos tomar uma providência rápida, não é? Então eu presumo que as coisas chegaram a este ponto porque não houve tempo ou dedicação ou priorização ou paciência para lidar com isso. O que me faz pensar que não haverá muita disposição para lidar com métodos muito complexos de organização.
Então é isso: se o chão está sujo, o que resolve é pegar a vassoura e varrer. Simples assim.
Não estou aqui fazendo apologia ao pragmatismo. Apenas pensando em como algumas coisas podem ser mais simples do que parecem. Eu sempre ressalto que é preciso pensar em como as coisas chegaram ao caos. Isso sim é uma reflexão que precisa ser feita, porque não haverá mudança consistente se não compreendermos as causas da desorganização. Esse é um exercício  complexo, interessante e que inaugura uma compreensão sobre nós mesmos.
Quando eu me vi completamente desorganizada há uns 4 anos atrás, me fiz essa pergunta muitas vezes até encontrar as respostas. Eu estava desorganizada porque estava infeliz com minha vida, tentando sair do buraco existencial que me encontrava naquele momento. Sentia-me incapaz de cuidar de mim mesma, que dirá da casa! Além disso, nos momentos em que estava bem, eu não gostava de cuidar da casa. Realmente, eu não gosto de serviço doméstico, isso é fato. O que mudou foi que, ao cuidar das minhas emoções, me curar da imensa melancolia, eu pude, aos poucos, perceber que minha casa era um lugar importante para mim e que minha relação com ela precisava ser mais cuidada. Com isso, comecei a me organizar e cuidar melhor da rotina, mesmo não gostando do trabalho doméstico, ele precisa ser feito e isso não pode ser um grande sofrimento.
Passei a lidar com as coisas de maneira mais leve. Apesar de cansativo é gratificante me perceber dando conta da minha casa, da minha situação financeira, do meu trabalho e hoje, do meu filho.
No começo da organização a gente dá uma pirada! Começa a fazer milhões de listas, checar milhões de detalhes... Depois vai percebendo o que dá certo concretamente e o que é apenas piração. Com o tempo, se percebe uma apropriação daquilo que foi pensado. É gente, precisamos nos apropriar de nossas escolhas!
Hoje, apesar de ainda ter muito o que melhorar, vejo tudo com muito mais clareza e simplicidade.
Minha organização é mais ou menos assim:
- Passei a trabalhar menos, com isso perdi renda e precisei rever meu estilo de vida, portanto fiz alguns cortes, essencialmente de supérfluos. Só compro o que necessito.
- Entendi que para estar mais com meu filho, preciso cuidar da rotina doméstica ao mesmo tempo em que fico com ele. Não há dois momentos separados. Então vou fazendo as coisas com ele ao meu lado, mesmo que isso faça as coisas demorarem mais e às vezes ele me atrapalhe um bocado.
- Tenho uma rotina diária que inclui: lavar roupa 3 vezes por semana, lavar a louça diariamente, cozinhar 3 vezes por semana, manter a limpeza do banheiro e da cozinha diariamente e do restante da casa quando dá tempo.
- Por mais que eu tentasse ficar sem, ainda dependo de uma faxineira 1x por semana, para o trabalho mais pesado e passar a roupa. Entendi que preciso disso, mesmo que signifique uma despesa alta.
- Percebi que quanto mais ficamos em casa, mais precisamos ficar em casa para dar conta das tarefas domésticas. É isso que torna escrava muita dona de casa! A questão é que quando estamos em casa, sujamos mais louça, fazemos mais comida e bagunçamos mais a casa (principalmente quando temos filhos). Então tenho aprendido a nunca, NUNCA, deixar de sair porque preciso terminar de limpar a casa. Se eu preciso sair às 14h para trabalhar, sei que preciso dar conta das coisas até as 12h, para ter um tempo de descanso com meu filho depois do almoço e por fim, sair no horário, sem ficar tentando terminar o que precisa ficar limpo. Deu pra fazer, eu faço. Não deu? Paciência.
- Percebi que quando as coisas não se acumulam fica tudo mais fácil. Antes eu odiava lavar louça, então chegava, saia, chegava de novo e a louça ia se acumulando na pia. Resultado: além de ficar tudo horrível, quando eu tinha que lavar, passava um tempo enorme nesse trabalho. Hoje eu não dou trela pra preguiça. Depois do café da manhã eu lavo toda a louça em menos de 10 minutos. Daí eu faço o almoço e já vou lavando o que uso. Quando dá tempo já lavo a louça do almoço. Se não faço antes de ir pro trabalho, faço ao retornar, à noite. Assim, em cerca de 15 minutos por dia dou conta de uma tarefa que considero chata, mas que é necessária para meu bem estar.
Ou seja, o que é para fazer, precisa ser feito e pronto!