segunda-feira, 25 de junho de 2012

Crise profissional... ou pessoal?

Estou em crise!
Não sei bem se é apenas profissional, porque não consigo separar muito essas coisas. Sempre vejo as questões profissionais como uma parte da vida pessoal.
A verdade é que, desde que perdi o bebê no ano passado, comecei a repensar se quero trabalhar tanto e viver tão pouco. Este ano, depois de toda a crise que tive no meu local de trabalho e, finalmente consegui mudar de local, as coisas deram uma "aquietada", mas não estão resolvidas. Estou trabalhando em um hospital e, sinceramente, assumindo pra mim mesma: odeio hospital! Além do mais, estando novamente grávida e trabalhando com  crianças, todos os dias tenho que tentar me superar: ver criança sofrendo e morrendo o tempo todo, não está fácil!
Hoje não fui trabalhar. Acordei péssima, nem sei explicar porque. Definitivamente, preciso me organizar e sair desse emprego. Já fiz e refiz as contas, dezenas de vezes, mas financeiramente ainda não dá!
No próximo mês estarei de férias e depois trabalho mais uns 4 meses e entro de licença maternidade. Nunca esperei tanto por umas férias (isso pra mim é sintoma!).
De fato, já está quase decidido: não volto da licença maternidade, ou se voltar, será somente até o final de 2013.
Tenho pensado muito em como será me tornar "do lar" por um tempo, mas não será por completo: vou continuar no consultório e, pretendo ter um plano de estudo para concurso.
Atualmente não tenho conseguido estudar e durante a licença sei que estarei apenas com o bebê e mais nada! Mas quando esse período passar preciso começar a me preparar para a volta ao trabalho, afinal, sei que não será fácil abrir mão de um salário razoável, por muito tempo.
Não me sinto motivada a retornar ao hospital, não me sinto a vontade de pensar em deixar meu bebê em uma creche por cerca de 10/12 horas.
Não consigo ainda saber o que fazer!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

AVALIANDO MEU PROJETO PESSOAL: 10 MESES


Como já postei aqui, tão importante quanto ter um projeto pessoal com  metas claras, com prazos e passos definidos, é avaliar os resultados.Relembrando... Meu projeto pessoal é trabalhar menos (de preferência apenas no consultório). O prazo é de 5 anos (início em agosto de 2011).Quando elenquei minhas metas, defini quais seriam elas a curto, médio e longo prazos. No primeiros 6 meses me dediquei às de curto prazo e tenho ainda algum tempo pra atingir as de médio prazo, mas acho importante não deixar pra avaliar o andamento das coisas somente quando chegar o prazo final. Até porque não são metas que dependem exclusivamente da minha "boa vontade" o que daria pra sair correndo no final e cumprir os prazos. Minhas maiores metas hoje são financeiras e para me organizar preciso sempre olhar onde estou indo, onde estou errando e acertando.Então... aqui vai mais uma avaliação de metas:
  • Curto Prazo: 6 meses (agosto a fevereiro/12)
Quais eram?- Organizar planilha financeira ok. concluído dentro do prazo previsto. - Cortar gastos, diminuir pagamento de juros. ok. concluído dentro do prazo previsto. Fiz todos os ajustes (reduzi gastos com faxineira, internet, telefonia e supérfluos). Parei de atrasar pagamentos.- Negociar todas as dívidas pendentes. ok parcialmente. Ainda faltam 2 dívidas para negociar - Poupar inicialmente 10% da minha renda, depois aumentar para concluir os objetivos de médio prazo. ok. Porém atrasou um pouco, devido a quitação de várias dívidas pendentes, que preferi adiantar a parcelar. A boa notícia é que tenho poupado mais de 10%!!!!!!- Criar estratégias de ampliação do me trabalho no consultório. Apesar de ter aumentado um pouco meu consultório, ainda não criei qualquer estratégia.PORTANTO: 80% CONCLUÍDO! 
  • Médio Prazo: 2 anos e 1/2
      (agosto/11 a fev/14)
- Quitar dívidas maiores (apartamento e carro). Troquei de carro no início do ano e com isso aumentaram minhas dívidas, porém aumentei meu investimento em poupança (hoje, aproximadamente 15%). Com isso espero que, no prazo de um ano (ou seja, setembro), eu já tenha dinheiro suficiente para fazer uma proposta para a Caixa e quem sabe consigo quitar o apartamento até agosto/13. Quanto ao carro, a partir de 2013, pretendo amortizar a dívida.- Quitar todas as dívidas pendentes. Ainda tenho um parcelamento de IPTU que termina em janeiro/13 e algumas pendências menores: Algumas cotas de condomínio que não entraram na negociação anterior e uma parte do Conselho (bem pouco, apenas 2 anuidades e 1/2). Acredito que antes de outubro eu consiga quitar- Investir mais no consultório. Esse item está  em "stand by". O projeto "bebê" é mais importante agora!!!! 
  • LONGO PRAZO: 5 ANOS
- TRABALHAR APENAS NO CONSULTÓRIO:  Coloquei esse em letra maiúscula agora!!!! Na verdade, houve mudança de planos (hahaha). Com a chegada do bebê- prevista para início de dezembro, estou pensando muito na possibilidade de parar de trabalhar por um ano, ou melhor, antecipar meu projeto e ficar apenas com o consultório... Se eu tivesse hoje uma entrada de 6 pacientes já seria suficiente pra não retornar da licença maternidade!!! Mas, como isso não depende apenas de mim... vamos tentar trabalhar com a dura realidade: Não tenho condições de concluir minhas metas de médio prazo em pouco mais de 1 ano, o que me daria uma folga pra "pensar" em parar de trabalhar. Por outro lado o gasto que terei com empregada-babá-creche etc etc etc, deverá ser levado em consideração. Fiz o seguinte cálculo: Para manter meus rendimentos precisaria dobrar os ganhos no consultório, mas, se eu ficar em casa com o bebê, deixerei de gastar cerca de 1/3 do meu salário fixo. Com isso, não precisaria exatamente dobrar o número de pacientes. A conta ainda é estranha e pouco consistente, mas a verdade é que preciso ganhar mais pacientes, porém uns 5 já daria pra sair do hospital. Parece que está mais fácil do que eu imaginava!!! Vou começar a organizar a conta concretamente a partir de agora!Além disso, pensei em reformular meu projeto principal. Talvez com essa parada de um ano eu consiga tempo para estudar e começar em um novo trabalho após esse período (mais instigante do que o atual e menos cansativo).A verdade é que quero ter tempo com meu filho mas pretendo voltar a trabalhar depois, sem stress.Ok, acabo de incluir mais uma meta a médio prazo: refazer todos os cálculos!!!! 







quarta-feira, 6 de junho de 2012

Será que vale a pena trabalhar tanto?


Há alguns anos eu tinha uma opinião formada a esse respeito, mas isso foi se perdendo com a rotina, a necessidade de comprar a casa própria, de investir na profissão...
Lembro que, antes de me casar, precisávamos de todo o dinheiro que pudéssemos conseguir, para dar entrada em um apartamento. Eu trabalhava 10, 12 horas por dia, aos sábados e feriados, inclusive. Cheguei a um momento em que  já não tinha roupa, porque sequer tinha tempo de ir ao shopping para comprar um jeans novo. Depois desse período reduzi muito a rotina de trabalho, mas, passados mais de 15 anos, estou eu aqui me questionando novamente. Como já escrevi aqui, trabalho em um hospital, por 40 horas semanais e mais umas 10/12h no consultório. Por mais que eu ainda não consiga sobreviver com os ganhos apenas do consultório, a situação está insustentável. Com a gravidez isso ficou ainda mais difícil, já que tenho me sentido mais cansada e menos disposta. Meu dia a dia é insano: não produzo muito no hospital, mas tenho que ir todo dia. Minha casa está largada e meu consultório também tem alguns furos. Chego a ficar com cheques de clientes pra depositar por mais de uma semana (o que, além da confusão financeira, ainda denota um certo desleixo). Não consigo manter uma rotina saudável. Chega a faltar alimentos em casa, por falta de tempo de ir ao supermercado. No mês de maio paguei juros de contas por atrasos, apenas por não conseguir me organizar com antecedência. Conseguir fazer as unhas tem sido um malabarismo, cuidar do cabelo então, nem pensar.
Cheguei a pensar em largar o emprego, mas, como irei me sustentar? Ainda não posso fazer isso!
Agora tenho pensado em arrumar uma empregada: alguém que possa fazer “quase tudo” pra mim... faxina, organização da casa e das roupas, serviços bancários, ir ao supermercado, cozinhar etc.
Bom, tenho duas questões: primeiro, financeiramente iria contra minha reorganização financeira iniciada há um ano (que tem dado tão certo). Uma  empregada custa caro e ainda há as questões trabalhistas.  Segundo: eu sempre gostei de administrar minha casa, curto muito cozinhar e sempre quis ter mais tempo para organizar as coisas.
Acho pouco provável que eu siga em frente com essa idéia, mas preciso, urgentemente, de um plano B.
Preciso de ajuda... opiniões são bem vindas!