quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Pensando em como melhorar a rotina das manhãs

Depois de quase 3 meses de tratamento tive uma nova crise de refluxo e junto uma sinusite, com dores terríveis. Esse foi um retrato de como foi minha última semana de setembro. Ainda assim consegui dar conta da maior parte dos meus compromissos da semana. Na quarta a noite desmarquei alguns pacientes e tranferi para quinta e terminei a noite de quinta com muitas dores, a partir de então piorei bastante, tendo que ir ao PS no sábado e depois na segunda. Além disso meu filhote também ficou doentinho, com febre e dor de garganta. Fiquei dois dias sem trabalhar e só levantei para ir ao PS e no final da noite para ir buscar meu filho na casa das tias. Não quero usar esse espaço para me lamentar, mas preciso melhorar os cuidados com a minha saúde e para isso preciso pensar em como vou me organizar. Nas madrugadas desses dias perdi o sono (porque dormi muito durante o dia) e fiquei vendo uns vídeos no youtube sobre finanças e depois acabei conhecendo o canal sobre produtividade do Geronimo Theml. Num dos vídeos ele falava sobre a importancia de se ter uma boa rotina matinal e alguns pontos chamaram minha atenção, apesar de serem óbvios: O que define como será seu dia é como ele começa. Se você começar com o celular na mão, vendo mensagens no whatsapp, dando uma olhadinha nas redes sociais, tende a perder muito tempo com essas coisas e começa o dia de maneira desorganizada. Vou repensar minhas rotinas como um todo, mas especialmente, a rotina matinal, que dará todo o sentido ao meu dia. Preciso me hidratar melhor pela manhã, comer de maneira mais saudável e pensar melhor sobre como será meu dia. Não quero mais ficar doente a todo momento, tendo que desmarcar meus compromissos ou tendo que usar toda minha energia apenas no trabalho e desmaiar todo o restante do tempo, simplesmente porque estou exausta e não aguento mais nada. Quero uma vida mais produtiva, com mais domínio da rotina, do tempo e do meu estado emocional. Preciso ficar bem e já entendi que isso precisa começar a acontecer quando acordo.

Outubro... renovar

Tenho pensado muito em ter uma vida com mais propósito e a partir daí, comecei a ler várias coisas e ver vários vídeos no youtube. Cheguei agora ao livro O milagre da manhã, que fez um grande sentido na essência, embora eu não acredite em autoajuda, nem em fórmulas prontas. Não comprei o livro ainda (nem sei se irei comprar) mas vi alguns vídeos que trazem um bom resumo do livro e me trouxeram algumas ideias legais. Hoje, recebi uma daquelas lembranças do facebook com uma história que me deu um insight bem importante. Era um post em que eu falava que “estava em lua de mel com a vida”, porque tinha tempo de almoçar com minha família numa segunda-feira em que comemorávamos o aniversário da minha irmã e que pude acordar as 10h numa quinta-feira. Fiquei pensando: o que havia de diferente na minha vida naquele momento? Bem, era outubro de 2013, um mês após eu ter feito uma grande mudança na minha vida profissional e pessoal. Como já falei, meu filho nasceu em dezembro de 2012, eu trabalhava então num Hospital público, com uma jornada de 40 horas semanais e estava investindo bastante no meu consultório, que já chegava a uma jornada de cerca de 12 horas semanais, divididas em 3 ou 4 períodos (noites e sábado de manhã). Depois da licença maternidade tive momentos muito difíceis. Tinha um filho pequeno, estava separada do pai dele desde o início, contava com a ajuda da minha mãe para cuidar dele, já que decidi não colocá-lo na creche tão pequenininho. Eu sofria muito com o pouco tempo que tínhamos juntos, pois eu o deixava as 8h e só o via de novo por volta das 21h. Isso durou bem pouco... retornei ao trabalho em maio, chorei por uns dois meses, refleti muito, fiz muitas contas, conversei com grandes amigas, contei com o auxílio do pai dele e por fim, em setembro já estava só com o consultório. Confesso que foi uma decisão muito difícil. Imagine deixar o emprego que paga a maior parte das suas contas, numa prefeitura na qual você já trabalha há 20 anos???? Decidi priorizar a nossa vida e felizmente, eu podia fazer aquela escolha, porque minha segunda renda já era suficiente para um padrão de vida apertado, mas possível. Eu aprendi, desde muito cedo na vida a fazer uma conta básica: de quanto a gente precisa pra sobreviver? No meu caso, tinha a prestação do apartamento, que já não era tão alta, tinha que garantir comida e saúde. Pode parecer um pensamento muito pobre, mas quando se tem que fazer uma escolha, a gente tem que ser pragmática e pensar no pior cenário. Eu queria ficar com meu filho, acreditava que era o mais importante de tudo naquele momento (e ainda hoje é), então não haveria privação, apenas uma readequação da vida. Em termos bem práticos, eu ganhava um salário que não era uma maravilha e embora o consultório fosse instável ainda, eu já poderia suprir cerca de 80% das nossas necessidades, o restante viria e eu ainda tinha uma pequena economia guardada para nos garantir por um tempinho. Conversei com as amigas que geralmente me encaminham pacientes e pedi ajuda. A ajuda veio de imediato e pouco tempo depois, a vida financeira engrenou. No início era tudo muito mágico. Eu acordava disposta, cuidava de mim, do meu bebê, da casa, conseguia brincar com ele, dar banho, alimentá-lo e isso fez toda a diferença no desenvolvimento dele e do nosso vínculo. No começo, acostumada a trabalhar por cerca de 12 horas, as horas foram gigantes... eu amamentava com muita calma no período da manhã, depois levantava, tomava um café tranquilo, assistia as notícias, organizava a rotina da casa, da roupa, depois ele acordava eu levava pra tomar sol, brincar um pouco, fazia almoço, dava banho, almoçávamos e eu o deixava por volta das 14 horas para ir ao trabalho. Mas aí o tempo passou... por algum motivo os dias foram ficando menores, aquela sensação de que já não cabe tudo. Meu bebê também cresceu e suas demandas aumentaram. Meu consultório também ampliou um pouco (graças a deus!). Aos dois anos ele foi pra escola e a rotina foi mudando. Ainda é difícil perceber o que fez, de fato, meu tempo se tornar mais escasso, mas escrevendo agora vou percebendo que, mesmo sendo bom viver desse jeito, é uma rotina igualmente exaustiva. Hoje fico as manhãs em casa, mas tenho chegado bem tarde do trabalho e ainda vou busca-lo na avó, porque o pai mudou de cidade. Com isso dormimos extremamente tarde, o que é péssimo para nós dois. Depois de ficar um longo tempo doente, tenho tido manhãs menos produtivas e começo meu dia bem desorganizada. O resultado é que estou sempre correndo, atrasada e estressada. O que aconteceu então? Perdi o ritual tranquilo das manhãs, foi só isso. Como estou cansada, procrastino na cama até o limite. O que antes acontecia antes das 8h agora se estende até por volta das 9h. Tomo café me arrastando e começo o dia atrasada. Quando ele acorda, por volta das 9h30, só dá tempo de cuidar do café da manhã e já é hora de colocá-lo no banho e leva-lo pra escola. Perdemos também o hábito de almoçarmos juntos e isso comprometeu muito minha alimentação. É aquela coisa, quando ele almoça na escola eu não tenho preocupação em fazer uma boa comida só pra mim. Tenho comido mal. Então, preciso retomar os bons hábitos daquele período... acordar mais cedo, cuidar de mim, estar serena e centrada quando ele acordar e diminuir a pressão das manhãs. Voltando ao livro, ele lista uma série de hábitos matinais a serem desenvolvidos, incluindo escrever, ler, fazer atividade física, meditar, entre outras. Sei que para a maioria das pessoas, que já acordam extremamente cedo, essa mudança de hábito deve ser muito mais difícil, mas para mim é muito possível. Percebo que nos dias em que consigo acordar por volta das 7h30, meu dia começa bem melhor, mesmo que eu só faça um café da manhã mais tranquilo, escreva no meu planner, organize meu dia e veja um telejornal. Não é muito, mas já me sinto muito mais motivada e produtiva. Do contrário, fico meio irritada quando levanto junto com meu filho, porque, apesar de amar estar com ele, eu preciso de um tempo em silêncio, preciso cuidar de mim, para ficar bem para cuidar dele. A ideia então é começar (de novo) a acordar cerca de uma hora mais cedo, fazer um bom café da manhã, tomar um copo de água para acordar o organismo, fazer ao menos 5 minutos de meditação, trabalhar no meu planner por cerca de 30 minutos e assistir as notícias. Se depois eu conseguir incluir 20 minutinhos de leitura de um livro, será ótimo, mas por enquanto, se as 8h30 eu já estiver pronta para a rotina, já será maravilhoso. Com o tempo, quem sabe, começar acordar um tantinho mais cedo, será muito bom, mas vou com calma, porque eu vou dormir sempre por volta das 0h30 e menos de 7h de sono é muito pouco para mim. Essa é minha meta nesse mês de outubro. Mês lindo do meu aniversário e da primavera... hora de renovar!

domingo, 23 de setembro de 2018

Foco no último trimestre!

O ano já está entrando na reta final, o último trimestre já tá aí! Este foi um ano muito difícil. Financeiramente foi bem apertado, já que estamos ainda em crise econômica. O consultório se manteve, mas deu uma diminuída, principalmente nesse segundo semestre. Me percebi mais insegura e ansiosa. Além disso, passei a maior parte do tempo doente. Embora não tenham sido doenças graves, as constantes tosses do refluxo me deixaram muito mal, sem forças para tocar meus projetos e cuidar da minha rotina. Passei a dormir muito mal, me alimentar mal e como consequencia disso, desenvolvi uma anemia bastante séria. A anemia não é uma doença grave mas extremamente impactante pois me paralisa e me deixa sem energia para cuidar das coisas. Com isso meu trabalho ficou um pouco comprometido na sua qualidade, principalmente porque vivo irritada e quando estou de folga não consigo fazer nada que me dê prazer, só quero descansar. Trabalho com pessoas, com sua subjetividade e suas dores. Preciso estar bem! Nesse último mês comecei a melhorar um pouco. Ainda sinto um cansaço absurdo, mas estou conseguindo voltar a planejar minha organização, ainda que seja apenas planejar e fazer pequenas coisas, já é um avanço. Embora em muitos momentos eu pareça estar deprimida (desânimo, sono excessivo, choro fácil, falta de entusiasmo...) sei que, desta vez, as coisas são mais físicas mesmo. Estou me cuidando, fazendo uso das medicações e melhorei muito minha alimentação. Parei a academia, porque não tinha energia para fazer exercícios, mas pretendo voltar o quanto antes (talvez nessa semana). Estou com um pouquinho mais de energia e isso é muito bom! Nos próximos dias, vou focar na minha organização financeira. A organização da casa que me propús fazer em agosto não deu certo, porque passei por dias de muitas alergias e quase tudo o que eu precisava fazer dependia de limpar e pior ainda, mexer com coisas que estão guardadas nos armários. Tenho feito as coisas no meu tempo. Confesso que as vezes me desespero um pouco, com o excesso de afazeres domésticos, principalmente, mas depois me acalmo e vou fazendo do jeito que dá. Afinal, ficar um tempo sem faxineira foi uma escolha e mesmo que as coisas não fiquem perfeitas, são suficientes para o bom funcionamento da casa e minha prioridade sempre será garantir o que meu filho precisa.

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

O que é realmente importante?

Tenho pensado muito sobre a vida que eu quero ter, sobre os meus princípios e principalmente no porquê me sinto afastada desses princípios e propósitos. Hoje é terça-feira, pouco antes das 10h da manhã. Estou em casa, meu filho chora no quarto, depois de uma crise de birra e eu assisto ao telejornal. Estou atrasada com os afazeres domésticos e possivelmente vou me atrasar para levá-lo à escola, enfim, tudo um caos, mas eu preciso escrever! rs. Vi a pouco a reportagem sobre o furacão que está chegando nos Estados Unidos. As pessoas estão lacrando e abandonando suas casas dado o tamanho da catástrofe que se espera. Fico muito triste com esse tipo de notícia e é impossível não ser empática, mas me vi pensando aqui, enquanto tomava uma xícara de café: E se fosse comigo? Imaginei toda uma cena de ter que sair às pressas da minha casa, com meu filhinho e me fiz algumas perguntas: O que eu levaria? O que é realmente imprescindível para sobreviver por alguns dias? Quais as coisas afetivas que, se houvesse tempo, eu gostaria de levar? E se, ao voltar, minha casa não existisse mais, por onde eu recomeçaria? Parecem pensamentos catastróficos, mas não são. Ao tentar responder essas perguntas, pensando num cenário de urgência, em que as decisões não teriam tempo para serem amadurecidas, em que eu não teria tempo para "arrependimentos", consegui pensar muito claramente naquilo que seria minha escolha: Minha prioridade seria meu filho, sempre. Então eu levaria tudo o que ele precisasse: roupas, calçados, cobertores, 2 ou 3 brinquedos preferidos, medicações, ítens de higiene e principalmente, comida. Para mim, algumas roupas práticas e uns 3 sapatos confortáveis, cobertores e, se houvesse tempo, meu computador, meu planner e nossos livros. Fazendo esse exercício tive um insight: Essas são as coisas essenciais, o resto é menos importante. Parece óbvio, não? Mas então, por que temos tantas coisas? Por que guardamos tantas coisas nos nossos armários, que sequer usamos? E por que sempre precisamos de mais um armário, mais uma prateleira, mais um lugar para armazenar coisas, uma casa maior, um quartinho de bagunça? Comecei a pensar que o essencial é tudo de que preciso e não sei direito em que momento comecei a "precisar" de tantas outras coisas. Me perdi do meu propósito de ter menos tralha, menos coisas pra limpar, menos acúmulo do que quer que seja. Ainda não sei direito por que isso aconteceu, mas preciso pensar sobre "quais buracos" estou tentando preencher com essas coisas todas. Preciso me reencontrar comigo, voltar ao meu propósito e tirar todo esse peso que ando sentindo. Preciso diminuir o peso de viver.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

Desafio organizar em 30 dias

Ando precisando de motivação para retomar a organização da casa e da vida, depois de vários meses fazendo apenas o estritamente necessário. Todo mundo sabe que quando a gente está sem tempo para fazer além do básico, as coisas vão se acumulando "longe dos olhos" e quando a gente resolve olhar, está tudo meio caótico, ainda que a vida diária esteja andando. Foi assim que aconteceu por aqui, depois de 6 meses doente, me dei conta de preciso organizar algumas dezenas de coisas. Aí me propús um novo desafio, que já fiz em outros tempos e foi bem legal, organizar o máximo de coisas possíveis em 30 dias. A proposta é a seguinte: Estamos na última semana de julho, então vou deixar algumas coisas estruturadas para que tenha tempo de me dedicar diariamente, entre 30 e 60 minutos a alguma coisa que precise limpar e organizar. Eu, como quase todo mundo, só tenho tempo de fazer o básico no dia a dia, porém, para o desafio dar certo, preciso me comprometer com, no mínimo meia hora diária, então preciso montar uma estrutura que suporte minhas ações (exemplo: deixar os uniformes em ordem para o início das aulas, congelar alguns alimentos, fazer mercado, pagar as contas. São coisas que normalmente eu vou fazendo durante a semana, mas vou priorizar fazê-las neste final de semana e até terça, porque na quarta começa Agosto, o mês do meu desafio de: 1. organizar contas antigas 2. Limpar o lustre da sala 3. adubar as plantas 4. organizar gavetas dos criados mudos (2 dias) 5. organizar gavetas do aparador da sala 6. organizar potes plásticos 7. organizar estante do filhote 8. limpar gavetas dos armários (2 dias) 9. separar roupas para doar (só minhas, do filhote eu já fiz) 10. limpar os livros 11. aspirar o colchão 12. organizar prateleiras dos livros 13. limpar potes de mantimentos 14. organizar a depensa (2 dias) 15. organizar produtos de limpeza 16. organizar/ repor caixa de remédios e primeiros socorros 17. organizar materiais de artesanato 18. organizar caixa de costura 19. limpar meu guarda roupa (3 dias) 20. limpar as portas e rodapés 21. organizar armario do banheiro 22. organizar sapatos (2 dias) 23. limpar as persianas 24. organizar papéis. Espero ter sucesso nessa nova empreitada, para que no restante do ano as coisas fluam de maneira mais tranquila.

terça-feira, 17 de julho de 2018

Revendo meu estilo de vida

Tenho pensado muito sobre minha qualidade de vida. Neste último semestre vivi momentos muito difíceis. Fiquei doente a maior parte do tempo, com refluxo e piora dos meus problemas respiratórios. Consequentemente, a qualidade do sono ficou péssima e engordei. Dá para perceber como uma doença leva a outra e a vida vai ficando mais difícil. Depois de 3 meses tossindo por causa do refluxo, meu humor ficou péssimo, ando irritadíssima e muito ansiosa. Mas esse post não é pra me lamentar não! Apesar de não estar tão bem, tenho tido uma força incrível para transformar minha realidade. Fui a vários médicos, fiz dezenas de exames e agora estou fazendo os tratamentos. É uma rotina chata, mas é importante me cuidar e estou priorizando isso. Na primeira semana do mês, tirei alguns dias para tratar uma bactéria no estômago e descansar. Aproveitei para cuidar melhor da alimentação e voltar a me exercitar, apesar de estar sem energia para fazer exercícios na academia, estou fazendo o que dá. Cuidei também um pouco melhor da casa e do meu filhote. Fiquei um pouco mais com ele nesse período de férias e fizemos alguns programas juntos. No âmbito financeiro fiz várias descobertas e muitos ajustes, mas decidi que não quero viver na angústia desses últimos meses, de ter que correr para receber meus honorários para quitar as contas do mês. Este mês foi um dos mais difíceis, por escolhas financeiras erradas, que conto em outro post, mas a maior questão é que preciso reduzir gastos urgentemente. Rever meu estilo de vida, na verdade. Rever o estilo de vida é uma tarefa ampla, uma mudança de paradigma e uma compreensão de quem sou e onde quero chegar. Acho que por muito tempo negligenciei esse aspecto da vida e não fiz o que precisava ser feito. Entrei no modo "satisfação imediata" o que, todo mundo sabe, é um desastre para quem pretende ter uma vida financeira mais equilibrada. O mais importante agora é admitir que PRECISEI dessa satisfação por estar infeliz com outros aspectos da vida. É fácil compreender, a gente tenta se compensar, com gratificações imediatas e que não se sustentam por muito tempo, daí precisa de mais uma comprinha, mais um docinho, mais uma ida ao shopping "porque eu mereço" e quando percebe, já tem um monte de gastos desnecessários e sem sentido. Não estou falando aqui que não podemos comprar coisas que nos deixem felizes, nos tragam alguma gratificação, mas é diferente quando compramos algo que queremos de verdade ou precisamos de verdade. Comprar para compensar outras faltas é que é um problema! Meu propósito de vida sempre foi viver com menos, não acumular muitas coisas, não gastar tanto tempo para administrar uma casa entulhada. Ainda não me perdi desse propósito, mas percebo que tenho consumido um pouco além da conta, especialmente com coisas para casa, mas já voltei pros trilhos e agora a meta é reduzir as compras parceladas no cartão de crédito. É impressionante como é fácil se endividar com coisinhas pequenas: uma comprinha de 150 reais dividida em 3 vezes, por exemplo, se feita sistematicamente, vai se tornar um problema quando acumularem-se as parcelas. É obvio que ninguém se individa só com isso, mas está provado que os pequenos gastos são os grandes responsáveis pela desorganização financeira de grande parte das pessoas. Os meus gastos fixos, por exemplo, se mantém estáveis ao longo do ano e as grandes oscilações são relacionadas a compras (casa, roupas, restaurantes...). Enfim, preciso me divertir mais, me preocupar menos com dinheiro e isso requer mudanças na qualidade do nosso lazer. Uma das coisas que percebo que mais influenciaram nessa diversão de "baixa qualidade" foi um hábito adquirido depois que meu filho nasceu... ir frequentemente ao shopping. Eu nunca gostei de shopping e jamais considerei isso um passeio, mas quando ele chegou, acabou sendo um passeio fácil, porque não requeria muito planejamento e trazia um certo conforto, principalmente nos dias de chuva (estacionamento, fraldário, alimentação... quem é mãe entende!). Com isso adquirimos um hábito péssimo, porque hoje ele adora e eu passei a curtir as facilidades desse programa. O resultado é que sempre que você "passeia" vendo lojas (que horrível!) acaba comprando alguma coisinha. Eu amo lojas de decoração e coisas pra casa, como a Tok Stok. Antes eu ia 2 ou 3 vezes ao ano, até extrapolava um pouquinho, confesso, mas mantinha o controle. Hoje vou cerca de uma vez por mês e sempre saio com uma coisinha que eu nem sabia que precisava. Já cheguei a ter 3 parcelamentos concomitantes! Hora de parar com isso!!! Estabeleci que a partir de junho faria pelo menos um programa mensal ao ar livre (parque, praça ou mesmo algum restaurante aberto) e estou tentando cumprir a meta.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Meus erros financeiros

Pois é, depois de me debruçar durante 2 meses sobre as questões financeiras, como já contei nos posts anteriores, cheguei a várias conclusões e, principalmente, várias resoluções. Ao mesmo tempo em que fazia a análise dos meus números, fazia também pesquisa de conteúdo de boa qualidade sobre como gerenciar melhor as finanças. Além do blog Dinheirama, que já acompanho a anos, comecei ver alguns vídeos do Gustavo Cebasi que gostei bastante. Ele fala de maneira bem estruturada sobre o assunto e dá dicas práticas. E aí, como um conteúdo leva a outro, conheci o blog e depois o canal do youbube Me Poupe! Gente, é muito conteúdo bom, idéias bacanas de como lidar com o endividamento, tudo de maneira muito leve e extremamente bem homorada. No mês passado a Nath, dona do canal, lançou um livro. Comprei e está sendo uma delícia. Tem muitos exemplos da vida dela, com os passos que ela percorreu para lidar com suas questões financeiras. Além disso tem muitos exercícios práticos, tabelas, análises etc. Fui fazendo as leituras ao mesmo tempo em que revia meus números e além de decidir sobre o que posso cortar, quanto devo economizar e poupar, fui encontrando alguns erros. Vamos a eles: - Tenho uma planilha mensal, na qual existe uma previsão de gastos a cada mês e alimento com os gastos reais duas vezes por mês: por volta do dia 10, quando já recebi a maior parte dos meus honorários e paguei a maior parte das contas do mês e no final do mês quando faço o fechamento. O problema é que frequentemente gasto além do que havia previsto e não tenho conseguido frear esses gastos a tempo. Exemplo: projetei que gastaria menos no supermercado no mês de junho (seriam 400 reais), o que foi impossível, já que tinha uma compra parcelada do mês anterior e pior ainda, é impossível gastar cerca de 100 reais semanais no supermercado. Conclusão: a meta não era factível! Ocorreu o mesmo com os gastos de restaurantes do dia a dia, com o combustível (que aumentou absurdamente nas últimas 8 semanas) e com alguns outros, de menor valor. - Outro erro (este mais complicado!): Nunca fiz uma previsão orçamentária anual considerando as contas sazonais. Isso é bem grave na vida de um autônomo. Explico: Quando eu era funcionária pública e depois CLT, tinha, além do salário pago no dia certinho, todos os outros benefícios que um assalariado tem: 13o. salário, adicional de férias e férias remuneradas. Tudo isso, se a gente pensar, significa dinheiro extra e a maioria das pessoas reserva o 13o., por exemplo, para pagamento do IPVA, IPTU, seguro do carro, material escolar e matrícula... Pois bem, eu deixei de ser funcionária há 4 anos e desde então venho tentando lidar com essas contas sazonais, dentro da rotina mensal. Quando a situação financeira estava boa (entre 2014 e 2015) eu conseguia ter uma reserva de emergência para pagar essas contas, daí ficava tudo bem. O problema é que nos últimos anos as coisas ficaram mais difíceis, perdi renda e zerei minhas reservar. Por mais que tenha tentado, não consegui diminuir muito os meus gastos. Um resultado bastante prático que aconteceu agora, foi o vencimento do seguro do carro. Todo mundo sabe que essa é uma dívida cara. Meu carro nem é um carrão, mas tem um seguro de 3.900 reais. Tentei reservar algum dinheiro para pagar a vista, mas não consegui. Parcelei em 4 vezes sem juros e a facada foi grande. O que eu conclui que devo fazer é pegar esse valor, dividir por 12 e guardar mensalmente. Ter o valor integral na época do vencimento do seguro me daria a possibilidade de barganhar um desconto à vista. Bom não? Seria, se eu tivesse me organizado para isso antes! Bem, agora vou ter que fazer o planejamento para o próximo período, que inicia em outubro, já que termino de pagar em setembro. Além disso, tenho que considerar também o pagamento do IPVA, Conselho Regional, IPTU. Outra coisa com a qual preciso lidar são as férias. Hoje consigo ter férias remuneradas de 2 semanas ao ano, já negociadas com meus pacientes, que pagam valor fixo mensal. Antes, se eu tirasse uma semana de férias, não recebia nem um centavo por isso. Com a experiência, construi um sistema em que contrato com os pacientes, valores fixos mensais, que incluem 1 semana de férias em outubro e o recesso entre Natal e ano novo.Isso me dá a tranquilidade de pagar as contas. Ainda assim, não tenho sobra pra viajar e esse valor também precisa ser previsto. Resumindo: SEGURO+IPVA+CRP+FÉRIAS= X. Dividido por 12= VALOR MENSAL A SER GUARDADO. Meu exemplo (estimado): Seguro: 4 mil IPVA: 1 mil CRP: 500 Férias: 3 mil TOTAL: 8.500 : 12 = 708 reais. Este é o valor que preciso poupar, apenas para essas contas! Além disso, tenho que repor minha reserva de emergência. É isso, novas maneiras para garantir alguma tranquilidade financeira no próximo ano. Sei que ainda temos um semestre pela frente, mas consigo fazer pouco por agora, porque é difícil garantir essa reserva, pagando ainda essas contas sazonais.

domingo, 24 de junho de 2018

Orgulhosa da minha capacidade de me reorganizar financeiramente

Estou orgulhosa de mim... sim, verdade!
Nas últimas semanas fiz uma análise minuciosa das minhas finanças. Descobri coisas incríveis:
1. Eu não posso acumular meus gastos no cartão de crédito. Isso me desestabiliza e me deixa preocupada por cerca de 15 dias do mês, com a fatura que está por chegar. Então, cartão servirá apenas para compras parceladas, necessárias (como eletrodomésticos, roupas em maior quantidade ou eletrônicos). Ainda assim, tentarei não utilizar para compra de roupas, na tentativa de manter o foco no orçamento mensal destinado a este item.
2. Eu rasgava dinheiro todos os meses! Vejo a cena (imagine comigo). Todos os meses eu pegava uma nota de CEM REAIS e rasgava e jogava no lixo! Dói, dói muito imaginar essa cena. Mas era o que eu fazia pagando tarifas bancárias. Duas ligações, cerca de 5 minutos de dedicação a resolver isso e pronto! Tirei essas taxas definitivamente da minha conta. No final de julho já sentirei isso no bolso. Só pra pensar: eu destino mensalmente, cerca de 100 a 150 reais para compra de roupas, então, esse dinheiro economizado dá para cobrir esse item do meu orçamento. Simples assim! É como se eu tivesse decidido que, de agora em diante, não pago mais pelas minhas roupas. Incrível, não?
3. Tentei negociar com meu filho o corte da assinatura da Net. Não deu! Principalmente porque o pacote inclui a internet e nós precisamos dela. Pesquisei outras operadoras, na tentativa de manter apenas a internet, mas percebi que o preço não altera muito, então decidi manter e tirar essa economia de outro lugar. Reduzi então meu plano de celular em cerca de 80 reais. Com isso, preciso ainda reduzir uns 100 reais de outro lugar, para "trocar" de economia, ou seja, pra ficar com o pacote da NET, vou ter que cortar em outros lugares.
4. A coisa mais incrível que consegui nesse exercício foi me perceber a mesma pessoa de sempre, com muita vontade de progredir, de me superar e de colocar em prática meus planos. Essa sou eu, uma pessoa que perde o controle de vez em quando, mas que sempre volta pros trilhos da organização. Me orgulho de ser assim!

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Revendo minha estratégia financeira

Estou mais uma vez tendo que olhar de perto para minhas finanças. Eu já contei como faço meu controle financeiro. Tenho uma planilha bem detalhada em que marco tudo o que gasto. A cada final de mês faço uma leitura dos dados e vejo o que tenho que cuidar melhor, onde estou estourando o orçamento, quais os cortes que devo fazer. O problema é que apesar disso, tenho perdido o controle. Como isso pode acontecer? Percebi que, desde que passei a utilizar cartão de crédito no dia a dia, vivo um período de grande angústia, já que gasto sempre de maneira antecipada. Na verdade, gasto um dinheiro que ainda nem existe e não tenho certeza de que terei, lembrando que sou autônoma e, embora, tenha uma renda média estável, nem sempre os valores entram na data prevista.
Dessa forma, o mês começa e eu já fico ansiosa esperando o dinheiro entrar para as contas iniciais e assim que acerto isso, já começo a tentar receber para pagar o cartão de crédito, que acabou ficando muito alto. Identifiquei dois problemas fundamentais:
1. Fiquei sem reserva para as contas do início do mês; Pois é! Depois de vários problemas financeiros que já relatei aqui, que se resumem à perda de renda no ápice da crise e aumento das despesas, acabei ficando sem aquela sobra, que eu sempre utilizei para as contas iniciais e como estava também sem minha reserva de emergência, acabei ficando refém das entradas e, quando essas atrasam, fico numa situação difícil.
2. A utilização do cartão de crédito realmente me desorganizou por dois motivos. O primeiro deles é que eu acabei relaxando nos parcelamentos. Um dois maiores erros financeiros que a gente pode cometer é desconsiderar o valor total e pensar: "ah, eu parcelo em 3 vezes, aí não aperta!". Cometi esse tipo de erro dezenas de vezes nos últimos meses. Com o excesso de parcelamentos, fica difícil zerar a conta. Resultado, endividamento a longo prazo em coisas que poderiam esperar. O segundo motivo é que pagar o valor de todas as compras do mês anterior de uma única vez é mais difícil, ainda mais numa data em que nem sempre recebi todos os honorários . Aí alguém pode pensar "é só mudar o vencimento do cartão!", mas eu não concordo muito com isso, senão a gente passa o mês inteiro pagando contas e administrando os recursos para isso. É muito stress!!! Prefiro continuar pagando as contas no início do mês e antes do meio, pago o cartão. O ideal é que depois disso eu ficasse só com os pequenos consumos do dia a dia. Era assim que eu fazia quando era assalariada e sempre deu certo.
Bem, agora que identifiquei o problema preciso atacá-lo. Em primeiro lugar identifiquei todos os parcelamentos e até onde eles vão. Como a maioria dos parcelamentos são em poucas  vezes (2 a 4 vezes), consigo, zerar os parcelamentos nos próximos 3 meses. Não adianta tentar quitar antes, então, a estratégia é não parcelar nada nos próximos 3 meses e, na medida do possível, não utilizar o cartão de crédito.
Além disso, iniciei um corte bem importante nos gastos de modo geral. Fiz assim:
Em maio analisei minhas planilhas dos 3 meses anteriores e identifiquei onde estavam os problemas.
Percebi que alguns gastos podem ser simplesmente descartados, sem fazer nenhuma falta. Um exemplo? Tarifas de banco! Confesso que me senti muito, mas muito idiota quando percebi que aquele pacote de serviços que vinha pagando há anos, não servia para absolutamente nada! E só me toquei disso, depois que comecei a acompanhar o canal Me Poupe! no youtube. Gente, a Nath mudou minha vida!!!! É um pouco triste a gente se perceber ignorante em algo tão óbvio, mas só quando ela falou dos tais pacotes de serviço, foi que me toquei de que há um bom tempo os bancos passaram a ser obrigados a oferecer uma conta básica, sem o tal pacote de serviços inúteis. Ou seja, eu estava jogando no lixo, todos os meses (pasmem!) 96 reais, dos serviços nas duas contas que movimento. Caramba! É muito dinheiro!
Voltando aos cortes, fiz um mapa com todos os gastos e do lado a pergunta: dá pra cortar? reduzir?
Exemplo:
Serviços →  Essenciais→ 400,00 (gás, luz, celular...)   SIM. Reduzir 15% 
               ↘    Adicionais→ 600,00 (net, nefflix, diarista quinzenal). SIM 100% por 3 meses ou reduzir, por um período maior.
Fui fazendo assim com todos os itens e percebi que posso reduzir vários gastos, só me organizando para isso.
O bom de ir fazendo o mapa mental é que você vai visualizando tudo, puxando uma seta daqui, outra dali, inserindo perguntas e vai refinando sua análise. É um exercício bem legal e recomendo.
Percebi por exemplo, que consigo reduzir um dia do consultório nesse período de baixa. Com isso, tenho um dia a mais livre, o que me faz economizar combustível (uns 10 reais apenas por dia, mas X 4 semanas, já são 40 reais de economia). Já que estarei em casa, estou considerando ficar sem faxineira (ainda não fechei esta questão), o que seria uma economia de 170 reais por semana, como ela vem 2 vezes por mês, seriam 340 reais poupados.
Dá para perceber que não é muito dinheiro, porque eu não tenho gastos gigantes, assim como a maioria das pessoas assalariadas desse nosso país. Então não dá para fantasiar que vou economizar mil reais por mês, não indo à restaurantes, já que minha média de gastos é quase metade disso.
Mas olha só, se a gente somar essas pequenas economias: 96 das tarifas + 40 do combustível + 60 dos serviços essenciais + 170 (uma diária da faxineira, por exemplo)= 366,00. Viu, dá pra economizar uma boa grana, sem sacrificar quase nada. Imagina isso, aplicado num bom fundo de investimentos, ou mesmo disponível para ajudar nas contas do início do mês. Sensacional, não é?
Agora, preciso dizer como cheguei a essa conclusão. Comecei a ler mais sobre finanças pessoais. Pode parecer bobeira, mas as vezes, a gente não está conseguindo entender o que dá para fazer para melhorar nossa condição, aí lê um artigo de um educador financeiro, uma dica de quem é da área ou um roteiro de quem desenvolveu boas estratégias para lidar com isso e as coisas vão clareando na cabeça. Tenho acompanhado o canal Me Poupe!, lido e visto vídeos do Gustavo Cerbasi, lido os artigos do Dinheirama e lido coisas que estes recomendam.
Tem sido um aprendizado interessante e até me instigado a ir além nesses conhecimentos.


segunda-feira, 4 de junho de 2018

Como estou lidando com meus problemas de saúde

Já falei aqui do meu processo de adoecimento e do plano que elaborei para ficar melhor. O mês de maio foi o pior mês do ano. Viajei no feriado do início do mês, passei 13 ou 14 dias tossindo sem parar. Depois que mexi na alimentação, percebi que fiquei melhor, mais disposta e até dormi algumas noites um pouco melhor, mas no final do mês voltei a piorar.  Por coincidência... outro feriado e eu estava péssima. Além disso, filhote teve uma virose. Foram dias estressantes.  Ainda não melhorei e hoje passei o dia  em casa, praticamente me arrastando. Comi bastante fruta e tomei suco. Substitui o almoço por batata doce. Fiz várias refeições pequenas, para ver se o refluxo diminui. O maior problema é que como estou sem energia, passo Boa parte do dia deitada e isso piora ainda mais a tosse. Havia voltado a fazer academia e foi bem legal, mas nesses dias não havia como ir. Hoje dormi Boa parte do dia, em pequenos cochilos e termino  a noite exausta da mesma maneira.
Nesta semana vou fazer alguns exames, inclusive endoscopia. Espero que algo fique claro e possamos tratar.
Bem, apesar dos dias difíceis, consegui sair um pouco com meu filhote, fomos a uma quermesse e no domingo almoçamos fora.
O meu único desejo é ter uma boa noite de sono e ter um dia bem produtivo.

quinta-feira, 3 de maio de 2018

Doente de novo

Como contei na minha última postagem que foi em fevereiro, minha saúde vem piorando muito. Estou novamente doente. Outra crise alérgica/refluxo! Já são 7 dias tossindo sem parar!!! Dá pra imaginar o que é viver assim? Bem, as noites são sempre piores, quando deito piora o refluxo e as alergias  normalmente atacam mais à noite mesmo. São noites mal dormidas e dias cansativos e sem ânimo para nada. Foi mais um feriado assim, em que eu não curti a praia que desejei tanto ir. Meu filho foi meio que abandonado, sob cuidado dos outros, coitadinho! Hoje não fui trabalhar porque não tinha energia alguma. Sinto sono e não consigo dormir. A cabeça está cheia de ideias que não consigo executar. É um horror me sentir assim. Então hoje, resolvi parar tudo. Preciso descansar e pensar num plano de ação que seja real. Cansei de escrever coisas que não realizo. Hoje eu me toquei que preciso melhorar meu corpo e minha saúde, definitivamente. Já fui a vários médicos nos meses de fevereiro e março. Estou fazendo os exames a passos de tartaruga, mas estou fazendo.
Pesquisei alguns blogs com ideias sobre nutrição, em especial dieta detox. Me sinto muito intoxicada e achei que esse é um bom início. Pensei em fazer uns sucos e sopas por alguns dias, mas sem me restringir muito, já que sei o quanto dietas restritivas são difíceis de levar em frente. Amanhã, sexta feira (isso mesmo!) volto pra academia, nem que seja para fazer 15 minutos de esteira. Já fiz uma lista de supermercado e vou iniciar um diário do meu processo todo. Enfim, acho que é isso, preciso começar por onde dá. Não quero ficar me entupindo de medicação, então acredito que a saída seja mesmo a alimentação. Preciso me conectar de novo com meu corpo. Preciso voltar a olhar pra dentro. Parece que me perdi ou me escondi e agora preciso me reencontrar, perceber melhor o que vem acontecendo comigo, quais são os pedidos do  meu corpo. Preciso ficar mais tranquila e conseguir me perceber melhor, antes de adoecer ainda mais.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

A vida pede atenção

Nesse carnaval vivi algumas situações e alguns sentimentos que me fizeram questionar muito a maneira como estou conduzindo minha vida. Como já contei aqui, tenho adoecido com muita frequência, nada grave, mas estou sempre com alguma alergia respiratória, com sinusite e no último ano desenvolvi um refluxo que tem me causado vários prejuízos na qualidade de vida (sono, alimentação...). Então, apesar de não serem doenças graves e de eu estar consultando os médicos das áreas devidas, sinto que minha disposição em relação a vida, mudou muito. Percebi por exemplo, que em todos os feriados dos últimos 6 meses fiquei paralisada, não consegui me divertir, porque só penso em descansar.Vivo exausta! Somado a isso tem um fato ainda mais grave, não tenho disposição para fazer coisas com meu filhinho, de apenas 5 anos. Não consigo correr, quase nunca consigo brincar de algo que me exija fôlego.Ontem por exemplo me senti mal depois de empurrá-lo no gira-gira!
Tenho trabalhado bastante mas nada tão fora da média. A rotina da casa me consome muito, queria muito dar conta de tudo sozinha, mas tem semanas que para passar um pano no chão me falta disposição. Até estou menos exigente e acabo passando apenas um aspirador de pó mesmo, mas não dá para fazer só isso. Embora eu não goste do serviço doméstico, eu sempre me esforçava para dar uma geral em toda a casa de uma vez ou pelo menos em dois dias, mas hoje fico exausta depois disso e isso compromete todo o resto do final de semana. Acabo ficando prostrada, vendo o sol pela janela e com uma sensação péssima de que a vida está acontecendo lá fora e eu estou aqui parada. Só para constar, eu adoro ficar em casa, gosto mesmo de ficar cuidando das minhas coisas, de ficar largada no sofá assistindo nada de importante de vez em quando. Não acho perda de tempo não sair de casa, desde que seja uma escolha. Muitas vezes, depois de uma manhã de sábado no consultório em chegava em casa, dava uma arrumadinha nas coisas e ficava curtindo meus hobbies, ouvindo musica, fazendo artesanato, vendo programa de reforma, tomando um café gostoso, até dar o horário de ir buscar o filhote. Apesar de estar em casa é de um jeito gostoso, produtivo e isso me faz bem. O que não é legal é a gente ficar em casa porque não tem energia para mais nada. Infelizmente é assim que me vejo hoje.
Então, preciso atacar o problema. O diagnóstico é de que estou vivendo mal, minha vida pede atenção. Resolvi atacar tudo de uma vez, ainda que sem muita energia para isso.

  • Na semana que vem vou a dois médicos novos: um gastro e um alergologista. Sei que vai começar uma nova maratona de exames e investigações, mas preciso lidar com isso, se quiser melhorar;
  • Voltar a fazer atividade física: é questão urgente, parei em dezembro e não voltei mais. Em janeiro a desculpa eram as férias escolares e em fevereiro,bem, já contei como estou né?
  • Alimentação: Estou me esforçando muito para melhorar a qualidade da alimentação em casa, ainda preciso de muita disciplina, mas estou no caminho e já como bem menos fora de casa.
  • Cuidados com a casa: Ainda não estou segura quanto a isso, mas sinto que nesse momento não vou dar conta, então estou em busca de uma nova faxineira. 
  • Lazer: Acredito que se melhorar minha condição física, terei mais condições de procurar novos passeios, especialmente em parques e atividades culturais.
  • Rotina com o filhote: É bem simples. Se eu estiver bem, consigo lidar melhor com ele. Enquanto isso preciso de ajuda e envolver o pai é extremamente necessário. Já não dá mais pra continuar tendo um pai "quinzenal de final de semana".
A minha vida pede atenção e precisa ser priorizada nesse momento.

sábado, 10 de fevereiro de 2018

Pensando em um cardápio semanal dentro da realidade

Nesses últimos dias tenho tentado desesperadamente reconstruir o hábito de cozinhar e comer direito.
Só pra contextualizar... Moramos hoje só eu e meu filhote de 5 anos. Quando ele era pequenininho eu tinha a rotina diária de cozinhar, já que sempre almoçávamos em casa. Mesmo depois que ele foi para a escola, continuamos assim por algum tempo, até que começou aquela fase estressante (que quase toda mãe passa!) dele não querer comer nada, de fazer birra pra não experimentar novos alimentos, além de desistir daqueles que já comia.A partir daí precisamos fazer mudanças significativas, ele passou a almoçar e jantar na escola.  Foi uma decisão difícil, especialmente para mim. Sabem como é né? Onde é que fica o papel da mãe de alimentar seu filhote? Mas foi uma decisão bem discutida entre mim e o pai, que aliás lidou com isso de maneira bem tranquila, dizendo inclusive que seria mais fácil ele comer junto com os amiguinhos na escola e ele estava certo. Enfim, elaborei minha culpa e ficou tudo bem. Não me tornei uma mãe pior por isso.
O problema agora é outro. Não tendo mais o compromisso de fazer comida todo dia, minha alimentação foi ficando cada dia pior. Eu morro de preguiça, confesso!, de cozinhar só pra mim. O desperdício muitas vezes é grande, porque não dou conta de comer todas as verduras e legumes que compro, na tentativa de variar o cardápio. Nem tudo o que congelo consigo comer depois, porque acho mesmo que o sabor não fica legal (exemplo: feijão, brocolis...). Aí, como uma mesma comida por 2 ou 3 dias e já enjoo e meto o pé na jaca! Os resultados não tem sido bons: engordei, me sinto mais fraca e adquiri um problema gástrico.
Então, voltando ao início da postagem, comecei a procurar todas as formas de fazer um cardápio, fucei montão na internet, quase até assinei um canal para receber cardápios diários, o que seria loucura, já que é pago. O fato é que de nada adianta eu pegar essas ideias de cardápio que não tem funcionalidade, porque não vou fazer uma comida diferente todos os dias, não tem como fazer um prato elaborado com apenas uma ou duas porções e o que eu vi foi, na maioria das vezes, aquelas ideias de uma carne diferente e um legume diferente a cada dia. Isso não funciona para quem come sozinho.
Daí eu pensei... preciso criar algo que sirva para mim, alimentos que talvez se transformem em receitas diferentes a cada dia e comecei agora a desenvolver minhas receitas, digamos assim, versáteis.
Só para constar, não vou ensinar nada de nutrição ou culinária, porque tem gente especialista nisso e não é meu caso. Queria apenas dividir minhas ideias de como ter um planejamento mais maleável e manter uma dieta minimamente saudável. Afinal, todo mundo sabe que dieta balanceada não tem grandes segredos. Um prato saudável só precisa ter uma porção de proteína, uma de carboidrato, alguns vegetais e saladas variadas. Obvio que os profissionais tem uma função bem importante, auxiliando na criação de dietas específicas para cada perfil e cada necessidade. Acho super válido consultar um nutricionista, mas é também válido a gente pensar em como fazer escolhas saudáveis e equilibradas, ainda que no momento não esteja nos planos, no tempo ou no bolso consultar um profissional.
Vamos lá, aqui vão as minhas ideias...
Proteínas: 
Carne moída: Desde que eu era pequena, sempre achei carne moída o máximo da versatilidade. Como tínhamos uma família grande, em tempos de vacas magras, um tantinho de carne moída, com um montão de legumes, alimentava a prole inteira. Dá para refogar (com azeite,alho, cebola, sal, pimenta e louro) uma boa quantidade e congelar em porções nos potinhos. Comecei a fazer isso e já dividir: uma parte congelo só refogada e outra já transformo em molho. Imagina a seguinte conta: meio quilo de carne moída, dá para dividir em umas 4 porções, duas refogadas e dois molhos. Na hora de finalizar é só cozinhar uns legumes como batata, chuchu, abóbora ou abobrinha e adicionar a carne. Fica ótimo! Com o molho dá para fazer macarrão, também super rápido.
Peito de frango: Outro queridinho de quem quer praticidade! Eu separo uns filés para grelhar (poucos) e cozinho o peito inteiro, depois de refogar com alho e cebola, da mesma maneira que faço a carne. Costumo cozinhar na panela de pressão, depois desfio, separo uma parte com o caldo, para sopas ou molho e o restante deixo mais sequinho, para diversas preparações: molho branco para macarrão, sanduíches, panqueca ou mesmo misturar aos legumes cozidos.
Carne bovina pedaço: Gostei de fazer coxão duro cozido e desfiado, além de ser uma carne bem saborosa, não requer grandes esforços, é só refogar e cozinhar por bastante tempo na panela de pressão. Comi por uns 3 dias sem enjoar. Outra opção bacana é o lagarto, já fiz algumas vezes no passado, vou fazer de novo. Fica ótimo recheado com calabresa, cenoura e bacon. É só furar a carne no centro, colocar o que vai rechear, refogar e depois cozinhar. Fica ótimo e depois de frio dá para cortar fatias bem fininhas, o que facilita muito para quem quer comer pequenas porções.
Ovos:  Eu adoro de qualquer jeito, frito, cozido, mexido. Tenho evitado por questões de saúde, mas gosto muito de utiliza-los em omeletes ou suflês. Já fez omelete de abobrinha? Só deixar bem picadinha, temperada com sal, pimenta do reino, dar uma refogada rápida, bater uns ovos, misturar salsa e fritar com pouco azeite. Fica boomm!
Frango em pedaços: Quase nunca compro frango inteiro, exceto quando compramos de padaria, o que acontece só quando tem mais alguém aqui e estamos com preguiça de cozinhar. Assar pedaços como coxa e sobrecoxa é uma opção que gosto. São partes bem saborosas e combinam com legumes assados ou cremes de milho ou espinafre, por exemplo. Amo frango cozido, mas não costumo fazer porque o gostoso desse prato é fazer com várias ou todas as partes do frango e fica uma quantidade de comida enorme e não fica muito saboroso depois de congelado. Quando quero comer, peço pra mamys fazer (momento exploração).
Peixe: Infelizmente não tenho o hábito de comer peixe no meu dia a dia. Eu gosto e é saudável, mas confesso que não acho algo muito fácil de fazer e congelado fica muito ruim. Preciso explorar mais.

Legumes:
- Assados, com azeite, sal e alecrim;
- Cozidos no vapor e temperados com ervas (salsa, manjericão...);
- Refogados. Simples assim, só descascar, cortar e fazer. Eu não costumo fazer grandes receitas com legumes não, prefiro que eles estejam assim, mais integrais.
As exceções são: purê de batata, mandioca ou mandioquinha, creme de milho ou espinafre, batata frita (porque ninguém é de ferro kkk ), lasanha de berinjela ou abobrinha, suflês ou omeletes de diversos vegetais.

Arroz e feijão e suas variações:
Confesso que tenho certa dificuldade com feijão. Adoro, mas tem que ser fresquinho, clarinho, com caldo grosso e grãos bem macios. Ou seja, faço, me mato de comer e depois fica o restante esquecido no congelador. Já tentei congelar sem temperar, sem caldo, enfim, não rola comer depois. As vezes, consigo bater e fazer tutu, mas é raro. Prefiro então consumir mais lentilha, que adoro e não tem isso de ficar ruim depois. Ainda assim prefiro fresquinha claro, mas não dá trabalho. Faço um refogado e já cozinho direto, sem precisar temperar depois. Em 20 minutos está prontinho.
Arroz é arroz né? (e tonto é quem escreve isso!). Gosto do branco e como o integral por obrigação. Costumo dar uma incrementada com cenoura ralada, ervilha congelada ou brócolis. Aquele arroz de forno da nossa mãe, com as sobras do domingo também é uma opção legal.

Macarrão: Não deveria, mas como toda semana e mais de uma vez (abafa). Acho que é a coisa mais versátil e rápida de fazer. Tem versões mais saudáveis, como as massas frescas e integrais. Eu gosto de sempre colocar um legume pra dar uma equilibrada. Macarrão alho e óleo com brócolis e uma boa opção. Molho bolonhesa, molho branco com bastante queijo (é calórico, mas delicioso). Faço sempre yakissoba. Além de ser gostoso é bem balanceado, com carnes e legumes diversos.

Saladas: Aí não tem mistério. A ideia é colocar várias folhas (alface, agrião, rúcula, acelga, couve) e vários legumes crus. Sempre uso cenoura ralada e tenho gostado de usar repolho roxo, bem picadinho. Tomate, pepino, brócolis e couve flor são sempre bem vindos. Para mim, o maior desafio é conseguir ter vários ingredientes nas saladas, sem desperdiçar,  principalmente as folhas que são mais sensíveis. Confesso que ainda não consigo ter todo dia uma super salada colorida. Ou os ingredientes estragam ou falta tempo de comprá-los frescos. Tenho tentado me disciplinar para manter tudo limpinho na geladeira, mas ainda é falho.

Então, baseado nessas minhas reflexões, estou montando uma rotina assim:
- Cozinhar 2 vezes por semana, durante a semana e mais 1 no final de semana.
- Fazer 2 tipos de proteína na semana e congelar para os outros dias.
- Manter uma boa variedade de legumes e saladas para todos os dias.
- Fazer feijão de vez em quando e lentilha sempre (explorar outras opções, como feijão branco, grão de bico...).
- Variar o tipo de arroz.
- Evitar frituras e muita gordura.
- Comer macarrão apenas 1 vez por semana (fora as outras 2 vezes em que vou cozinhar).
- Começar a elaborar um cardápio utilizando a mesma base para vários pratos, evitando ficar com um monte de congelados (exemplo: usar a carne de panela de 2 maneiras na mesma semana: desfiada com legumes e com purê de mandioquinha).
Vamos ver se consigo melhorar minha alimentação e também minhas finanças (comendo menos fora de casa e desperdiçando menos).
Espero que quem passar por aqui possa se inspirar e também fazer esse exercício de elaborar uma rotina para cozinhar e até mesmo um cardápio, o que é meu próximo passo.


sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Check list de Fevereiro

- Fazer um curso na Coursera (plataforma americana, que tem uns cursos bem legais, sem custo).
- Planejar a compra de um novo notebook e celular. Ambos estão muito ruins e precisarei trocar em breve. O planejamento inclui fazer várias pesquisas de preços e orçar um possível conserto do notebook, para ver se vale a pena.
- Começar a obra de reforma do meu banheiro. Era meta para 2017, mas precisei adiar. Continuo precisando reformar, mas quero fazer tudo de acordo com meu orçamento e sou muito exigente em relação à qualidade dos materiais e ao trabalho do profissional que irá fazer. E como sabemos, o que é bom, custa caro.
- Organizar os documentos para o imposto de renda.
- Contatar um contador, para definir minha situação em relação ao consultório.
- Definir se voltarei a ter faxineira, pelo menos nessa fase mais alérgica.
- Fazer consultas de rotina, minhas e do filhote (já agendadas para este mês).
- Destralhar ainda mais a casa.
- Terminar de limpar os armários dos quartos.
- Estabelecer um plano financeiro, para a mudança de escola do filhote no próximo ano.

Avaliando meu mês de janeiro

No mês de janeiro minha meta foi planejar o tempo. Consegui pensar um pouco sobre o assunto, mas muito pouco consegui fazer para que meu dia seja mais produtivo. Tive alguns problemas domésticos como: minha máquina de lavar começou a vazar e com isso minha rotina de lavar roupa ficou prejudicada por cerca de duas semanas, até que eu conseguisse chamar o técnico. Tive que resolver problemas burocráticos referentes à minha carteira de habilitação, o que me tomou algum tempo. Tive muitas, mas muitas, crises alérgicas, o que tornou péssima minha qualidade do sono e por consequente minha disposição durante as manhãs e final da noite. Além disso, foi o mês de férias do filhote na escola e eu fiz algumas escolhas bem erradas em relação a isso, que vou explicar agora.
Durante o mês de janeiro a escola tem o projeto férias, que iniciou na segunda semana. As aulas mesmo iniciaram só no dia 29. Nos dois últimos anos eu resolvi que ele iria para a escola durante o projeto férias, o que foi bem tranquilo e ele aproveitou bastante com os amigos, já que eu sempre voltei a trabalhar já no dia 2 de janeiro. Mas sabe como é, uma preguicinha daqui, uma tia com pena de lá, uma mãe que não aguentou e cedeu. Então ele acabou voltando só no dia 23 e eu fiquei com minha rotina bem comprometida, já que fiquei com ele mais tempo durante as manhãs e deixei de fazer uma série de coisas minhas. É ok ficar com ele, eu amo meu filho e gosto de passar mais tempo junto, mas eu não consegui fazer academia por exemplo e isso influenciou muito na minha qualidade de sono, por exemplo. Eu prefiro ficar menos tempo com ele, desde que esse tempo tenha mais qualidade e eu esteja mais disposta. Bom, já refleti bastante sobre o que significa ceder a isso e já entendi que no próximo ano não devo mais cair nas armadilhas da culpa.
No trabalho as coisas demoraram um pouco a engrenar, muita gente voltou só na segunda ou terceira semanas, então foi um pouco mais leve, mas mesmo assim, trabalhei todos os dias.
Melhorei um pouco a rotina de casa, consegui focar mais na limpeza e organização, mas não consegui focar em cozinhar, que era uma das minhas metas para esse mês.
Minha organização financeira está indo bem, embora em janeiro tenha me tomado um tempo bem mais longo do que eu gostaria, cheguei a passar uma tarde inteira de sábado cuidando disso, quando meu desejo era aproveitar melhor o final de semana.
A divisão de tarefas com o pai do meu filho ficou um pouco mais tranquila, já que tivemos uma certa dificuldade em fazer uma divisão justa no final do ano. Nos últimos dois finais de semana ele ficou com o pai e eu pude cuidar um pouco mais da casa e descansar um pouquinho, além de assistir uns filminhos.
No mês de fevereiro quero planejar melhor os finais de semana, para que eu não fique apenas trabalhando ou exausta, jogada na cama.
É isso, aos poucos, as coisas vão se ajeitando.

sábado, 13 de janeiro de 2018

Meta para janeiro: Planejar o tempo

Cuidar do tempo não é tarefa das mais fáceis. A gente vê um monte de textos sobre otimização, administração e planejamento do tempo. Mas o que funciona, de fato, para mim?
Desde que me tornei autônoma e tive um filho essa questão do tempo passou a ser cada vez mais importante. Eu sempre fui um pouco bagunceira e ao mesmo tempo bem organizada. Estranho isso? Eu explico, minha casa nunca foi um caos, nunca acumulei coisas, na medida do possível mantinha as coisas limpas (mesmo em períodos em que não tive faxineira), nunca tive aquelas pilhas de roupas emboladas em uma cadeira ou sapatos espalhados pela casa, mas ao mesmo tempo, sempre invejei chegar à casa de alguém sem avisar e encontrar as coisas todas arrumadinhas. Definitivamente, eu não consigo manter tudo guardadinho, tem sempre uma pilha de papéis no aparador, eu tiro coisas do lugar e tenho dificuldade em devolvê-las, minha pia nunca está completamente vazia e limpa. Enfim, é algo em que preciso melhorar e que não me incomodava até começar a ficar mais tempo em casa. O que mais me chama a atenção sobre mim mesma é que no trabalho eu sempre fui considerada "a senhora organização", porque sempre precisei ter o controle de todas as minhas coisas físicas, para que conseguisse trabalhar bem. Ter um arquivo organizado e atualizado, ter lugar para todas as coisas sempre foi muito importante para mim. Acho que isso influenciou muito na excelência do meu trabalho em outros tempos, em que tudo era papel e eu trabalhava com administração em saúde e seus milhares de processos, prontuários, documentos.
Então, como é que pode, uma pessoa ser tão organizada no trabalho e tão bagunceira em casa? A resposta é simples: sempre administrei bem meu tempo no trabalho. Dividia minha semana de modo que tinha um período para arquivar coisas, para encaminhar o que não teria que ficar comigo, para resolver assuntos em bloco (exemplo: precisava analisar processos de licença prêmio, então pegava todos de uma vez e resolvia de maneira mais focada no assunto).
Em casa nunca consegui implementar uma rotina que de fato funcionasse. Eu tinha um dia para limpar a casa, por exemplo, mas se acontecesse algum imprevisto (ter que trabalhar no final de semana, por exemplo), eu simplesmente abandonava a casa e as coisas acumulavam de tal forma que eu perdia completamente o controle da rotina.
Nos últimos anos, consegui implementar algumas rotinas que realmente tem dado mais certo, como ter dias para lavar roupa. Na segunda lavo roupas coloridas, que são a maior parte, na terça ou quarta lavo as brancas e no final da semana, os uniformes da escola. Tenho uma rotina diária de lavar a louça, guardar os sapatos e roupas do filhote, limpar o banheiro e arrumar as camas. Isso tudo me dá um grande alívio, mas eu ainda preciso organizar melhor meu tempo em casa, para conseguir ter tempo de curtir meu filhote e fazer as coisas de que gosto. Tenho a impressão de que nunca consigo olhar para um cômodo e vê-lo 100% em ordem, não no sentido de perfeição, por que isso simplesmente não existe, mas no sentido de ter ido até o fim. Às vezes limpo toda a sala, passo aspirador, pano, limpo o sofá e demais móveis. Aí não dá tempo de tirar todos os papéis do aparador, não guardo ou descarto coisas, não tiro os sapatos acumulados na entrada ou as bolsas e mochilas que não serão usadas no dia e estão enchendo o cabide que fica bem na porta de casa. Enfim, limpei mas parece tudo bagunçado do mesmo jeito, simplesmente porque não deu tempo de terminar e preciso sair para trabalhar ou para levar o filhote à escola. Quando volto para casa, super tarde, olho a casa e fico super desmotivada, porque parece que nada foi feito, ainda que esteja minimamente limpo, não deu tempo de organizar. Eu preciso desenvolver um sistema em que realmente eu tenha uma casa organizada. Preciso ter mais coerência com meu propósito de organização e isso depende muito de como vou planejar meu tempo.
A primeira coisa que tenho feito é avaliar quais são meus períodos fora do trabalho e como posso dividi-lo para que sobre tempo para ficar com meu filho e descansar. Então, para começar, vivo dizendo que preciso acordar mais cedo, mas eu preciso de 8h de sono, então, resolvi parar de me cobrar e simplesmente descansar de manhã. Parei de me cobrar, porque eu ficava me comparando com todo mundo que acorda cedo, mas a minha realidade é só minha e a maioria das pessoas que conheço trabalham em horário comercial, então não dá para comparar uma pessoa que termina o trabalho as 17 ou 18h (a maioria que conheço) comigo, que termino meus atendimentos por volta das 21h30. Tudo bem que eu trabalho menos horas, mas foi uma escolha e não tenho que me envergonhar de trabalhar cerca de 6 horas por dia. Na verdade eu sou uma grande sortuda por ter essa possibilidade. Pra começar, parei de me chicotear e passei a lidar com minha vida da melhor maneira. No entanto, o fato de trabalhar menos não tem feito com que "sobrem" horas e os motivos eu já localizei:
- Normalmente quem tem que entrar no trabalho cedo já acorda, se arruma, toma café e sai, sem enrolar muito. No máximo a pessoa assiste um noticiário ou faz alguma atividade física. Como eu acordo por volta das 8h e só vou trabalhar lá pelas 14 ou 15h, fica parecendo que estou com as manhas livres, ao passo que quem chega em casa as 18h, sabe que tem que já fazer as coisas para descansar depois. Então estou errando quando descanso quando deveria estar produzindo, principalmente por eu ser bem improdutiva nas primeiras duas horas depois que acordo, independente do horário. Primeiro ponto: preciso mudar a dinâmica das minhas manhãs, ainda que permaneçam mais lentas (é da minha natureza, fazer o que!). Já entendi que ficar de pijama até a hora de sair para levar o filhote para a escola é uma grande besteira. Preciso virar a chave! Acordar, tomar um banho rápido (rápido mesmo, só para acordar de fato), colocar uma roupa confortável e iniciar meu dia é algo que estou recomeçando a fazer e sinto que meu padrão muda muito, fico até mais estimulada. Eu comecei a pensar nisso quando vi que minhas manhãs estavam caóticas e quando eu começava a funcionar era uma correria enorme, porque já estava tudo meio atrasado. Daí lembrei de quando meu filho nasceu e como eu lidava com esse horário durante a licença maternidade. Vou confessar algo muito íntimo sobre a minha insegurança: eu tinha muito medo de que meu bebê passasse mal ou acontecesse algum acidente, então eu acordava, já tomava banho e colocava uma roupa menos esculhambada, para o caso de ter que sair correndo pro hospital. A partir daí eu estava pronta para "começar a trabalhar" e isso mudava minha cabeça de uma maneira muito legal. Eu ficava alerta e tinha mais condições de cuidar de tudo. Não sei porque deixei de fazer isso, embora reconheço que deixar de sentir tal insegurança tenha sido muito bom. Bem, agora retomei o hábito e ainda não posso avaliar, mas sei que está melhor do que antes.
- Como eu ficava no modo "estou de folga" acabava demorando muito vendo noticiário, depois navegando pela internet, para só depois iniciar meu trabalho. Isso foi péssimo, porque às 10h muitas vezes eu ainda não tinha resolvido nada e como meu filho acorda antes disso, eu tinha, no máximo cuidado do café da manhã dele e aí, as 11h30 eu já precisava estar na escola. O resultado foi que parei de insistir para descer pro play, porque entre 10 e 11h eu precisava cuidar das coisas da casa e ele passou a ficar um tempão na televisão. Ainda estou tentando mudar essa rotina, mesmo porque ele está de férias e acaba dormindo mais tarde e acordando bem mais tarde também. Então nos próximos dias preciso ir mudando a rotina devagar, até que estejamos numa sintonia ótima e saudável.

Se eu conseguir planejar melhor a rotina da manhã, otimizando meu tempo, consigo administrar melhor o restante do meu dia.
Fica mais ou menos assim:
8h- Acordar, tomar um banho rápido, fazer meu café da manhã e deixar o dele adiantado. Tomar café, assistir algum noticiário ou programa que queira.
8h50- Iniciar meu dia de trabalho. Olhar a agenda, responder mensagens urgentes (normalmente são de pacientes querendo mudar agendamento do próprio dia.
9h- Separar a roupa suja e colocar na máquina de acordo com o dia da semana. Recolher e dobrar a roupa do varal. Guardar a louça do escorredor, lavar a louça. Começar a acordar o filhote.
9h15- Dar o café da manhã dele e descer para o play.
10h- Subir, deixar que ele assista tv enquanto arrumo as camas, limpo o banheiro, limpo a sala e guardo o que estiver fora do lugar.
10h30- Dar banho e preparar para a escola.
10h50- Organizar a mochila. Me arrumar para ir à academia.
11h10- Sair para levá-lo à escola e ir à academia.
12h- Voltar para casa. Aproveitar que estou na rua e comprar/resolver algo que precise (mercado, farmácia ou caixa eletrônico.
12h30- Fazer meu almoço e almoçar. Não faço comida todos os dias, normalmente cozinho no início da semana e deixo adiantado para o restante.
13h30- Banho e me arrumar para sair.
14h- Sair para trabalhar. Isso varia um pouco, porque na segunda entro mais tarde, na terça entro 14h então tenho que acelerar um pouco, na quarta vou as 12h30, então almoço na rua e não consigo ir pra academia. A quinta é um dia meio instável, que ainda estou resolvendo, porque tenho supervisão e algumas vezes preciso atender mais cedo.
É esse meu planejamento para esse início de ano. Espero conseguir melhorar minha administração do tempo, de maneira que sobre um pouco mais de tempo para cuidar das coisas que me dão prazer.