domingo, 12 de maio de 2013

Trabalhando sem motivação alguma

Estou infeliz... que pena escrever isso em pleno dia das mães!
Percebi que havia algo errado em minha vida há alguns meses, mas hoje a certeza de que meu trabalho já não me alimenta e me deixa infeliz é cada dia mais forte. Ontem (sábado) me vi pensando, com aflição que a segunda feira estava chegando. É muito triste pensar isso, ainda mais na metade do final de semana. Isso para mim  é um importante termômetro. Se o trabalho vai bem, se estou feliz com o que estou fazendo, o final de semana é apenas uma pausa para descansar, me revigorar e retornar, sem stress na segunda feira. Até dá aquela dorzinha no final do fantástico, anunciando que o descanso acabou, mas nada perto desse aperto no peito, dessa tristeza e dessa sensação de que algo muito ruim se aproxima.
É mesmo muito triste perceber que um trabalho já não nos dá prazer e alegria. É pior ainda saber que uma longa semana começa, sem qualquer desejo de estar lá. Trabalhar sem qualquer motivação é algo que venho vivendo nos últimos meses e sinto que minha saúde mental está seriamente comprometida com isso.
Preciso mudar.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

A difícil decisão de parar de trabalhar pra viver a maternidade

Retornei ao trabalho há quinze dias e já estou exausta!
Voltei muito mais para experimentar se daria certo, do que por desejar esse retorno.
Tenho pensado o tempo todo em uma saída, de fato, não consigo conciliar 2 trabalhos com os cuidados com meu filho. No início da semana eu fiquei muito mal depois de deixá-lo às 8h e só vê-lo novamente às 22h. Se fosse algo provisório, como um curso ou o final da faculdade, por exemplo, eu saberia que teria que aguentar mais alguns meses, mas a realidade é que essa será minha rotina, eu realmente trabalho até muito tarde, pelo menos 3 vezes por semana e isso  não irá mudar, a menos que eu decida fazer diferente.
Há alguns meses li um artigo sobre a decisão de parar de trabalhar, e a autora do post falava uma frase que me chamou muito a atenção: era sobre mulheres que disseram que largaram tudo pra cuidar dos filhos e ela rebatia dizendo que quando tudo é ser empacotadora das casas bahia ficava fácil. Sei que teve uma enxurrada de críticas, mas entendo a posição dela. O que falava era sobre o investimento em uma carreira e não apenas um emprego. Emprego para pessoas com menos qualificação é muito mais simples. Agora, construir uma carreira sólida, com formação e doação é muito além disso e, se for um trabalho que satisfaça a pessoa então, não dá pra largar assim.
Sei que o desejo da maioria das mulheres que decidiram ter filho é ficar com suas crias, mas sei também o papel importante da carreira em nossas vidas.
Mas eu estou longe de ter uma carreira brilhante. Tenho um emprego, em instituição pública, que não me alimenta mais, não me instiga e não me valoriza, mas... tenho um salário razoável e isso pesa muito na decisão também. Afinal, todas nós trabalhamos pra pagar nossas contas, não é? Quem não precisa trabalhar, ocupa seu tempo com outras coisas bem mais divertidas, ou trabalha de vez em quando. Não é a realidade!
A verdade que estou planejando minha saída há mais de um ano e meio, desde o começo desse blog (que comecei aliás, pra organizar minhas finanças para isso).
Cheguei ao momento mais difícil, preciso decidir agora, porque estou muito sobrecarregada e estressada. Além de passar um mínimo de 12h fora de casa ainda tem o fato da dificuldade de adaptação do bebê, que não nos deixa dormir há 5 dias, e eu não consigo trabalhar há 3!
Hoje estou "zumbizando" não consigo cuidar dele nem de mim, tamanho o cansaço! Essa não é uma escolha saudável, não é a escolha que fiz para minha vida! Decidi ter filho em um momento muito amadurecido, não foi uma decisão qualquer e agora não admito que essa relação não tenha uma boa qualidade, não admito mesmo!!!
Sei que posso estar sendo dura, mas a verdade é que quero ficar com apenas um trabalho (meio período) e aproveitar com ele os próximos meses. A idéia é aproveitar para estudar e prestar um concurso no próximo ano. Não penso em "parar de trabalhar", apenas preciso desse ano para viver plenamente a maternidade e depois poder retornar, muito mais feliz do que estou hoje.
Tenho percebido a preocupação dos familiares e amigos com minha decisão. Sei que parece porralouquice, mas não é algo feito sem muuuuita reflexão. Fiz milhões de calculos e projetos. Sei que consigo pagar as contas com apenas um trabalho, mesmo não sendo estável. Aliás, onde existe estabilidade?
Pensei muito, sofri muito, sei que não tem sido uma decisão fácil ou simples. Pior, sei que posso me arrepender daqui há um mês, mas sei que preciso tentar, preciso bancar viver meu sonho de "ser mãe em tempo semi integral". Sei que posso e mereço viver isso.
Hoje é o dia de decidir! Preciso focar e fazer acontecer!
Difícil né???