sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Tentando não me cobrar tanto

Todos os anos, nessa última semana, eu fazia uma faxina daquelas. Como eu tinha faxineira, marcava um dia em que eu pudesse estar em casa ou organizava tudo o que precisava antes dela vir fazer a faxina. Destralhava, limpava os cantinhos, melhorava a decoração, organizava os armários. Eu sempre começava o ano com as coisas bem organizadas.
Neste ano até que tentei, me cobrei, desesperei e até chorei porque as coisas se acumularam e eu fiquei com a sensação de ter perdido o controle da vida. Sem exagero, foi assim que me senti! Mas isso foi no meio de dezembro, depois fui entendendo que não ia rolar, as coisas estão diferentes por aqui e preciso lidar com isso de maneira mais madura. Em primeiro lugar porque estou super cansada, foi um ano difícil e intenso. Trabalhei até o dia 23 (sábado), ou seja, não tive folga antes do Natal. O segundo motivo foi que estou sem ninguém para me ajudar há algum tempo. Como já falei aqui, a pessoa que trabalhava comigo há anous adoeceu e precisou parar de fazer faxina. Depois de alguns meses fazendo tudo até tentei arrumar uma outra pessoa, mas não deu certo e acabei desistindo. Enfim, final de ano (corrido pra todo mundo!) mais niver do filhote+natal... Não deu! Não consegui dar conta e minha casa passou o Natal sujinha e desorganizada. Fui fazendo o que dava, mantendo as coisas razoavelmente arrumadas e limpando na rotina mesmo.
Nesta última semana tirei uns dias de folga mas em vez de ficar fazendo faxina, arrumando armários, eu decido sair bastante com meu filho e com minhas sobrinhas. Fomos fazer compras de coisas fofinhas na Papelaria Universitária, almoçamos numa Cantina que eu gosto, fomos à livraria, teve "oficina de criação" aqui em casa, fomos à Exposição do Castelo Ratimbum, almoçamos numa esfiharia que gostamos, fomos àquela TokStok grandona da zona oeste. Quer saber? Investi no que realmente importa, ficar com meu filho e descansar! Ontem dei uma limpadinha mais ou menos, hoje limpei mais um pouquinho, passei um pouco de roupa e limpei e organizei as gavetas. Tive um dia bom, sem muita neura e vou sim receber 2018 com as janelas sujas, com pó na estante e com a pia mais ou menos. Que bom que eu posso já mandar meu recado para o próximo ano bem no primeiro dia: Escuta, ano novo, por aqui, a gente prioriza viver!!!

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Minhas metas realistas para 2018

Todo final de ano eu costumo estabelecer algumas metas para o ano seguinte. Já teve anos em que eu provavelmente estava surtada e listei quase 30 metas. Foi engraçado, porque passei os primeiros meses do ano meio que desesperada para cumprir tantas metas, depois desencanei e não cumpri mais nada. Obvio que isso é comportamento de quem está muito desesperado por mudança kkk, mas passou e nos últimos anos tenho colocado alguns itens apenas, coisas que considero importante e mesmo mudanças sobre as quais quero ter um olhar e dedicação. Nestas metas sempre entram mudanças de hábitos, que nem sempre se sustentam, mas é uma tentativa válida. Enfim, não sou refém dessas minhas metas, apenas gosto de escrever e tentar olhar de tempos em tempos, como um incentivo para mudanças na minha vida. Gosto de listas, gosto de metas e gosto de marcar a passagem do ano dessa forma. Então, nos últimos anos tenho colocado cerca de 8 itens na minha lista, mas ainda não sei se encontrei uma forma boa de lidar com elas. Por exemplo, quero e preciso emagrecer cerca de 10 kg, mas talvez essa não deva ser minha meta e sim "cuidar melhor da alimentação e investir mais em atividade física", chegar ao meu peso ideal é menos importante do que mudar e melhorar meus hábitos. A meta que antes era "melhorar minha organização financeira e poupar mais", já foi atingida há tempos, então agora será: "reduzir em 20 a 30% meus gastos e investir. Voltar a estudar será substituído por "reservar na agenda 3 horas semanais para os estudos". Acho que dessa forma fica mais assertivo e consigo melhorar o acompanhamento da realização das minhas metas.
Muita gente faz listas com metas e é um exercício interessante mas, não rola ficar refém e desesperado para realizar. A gente precisa encontrar um equilíbrio entre o que quer ter e o que é possível para nossa vida.
Eu quero chegar ao final do ano, olhar minha lista e pensar: realizei bastante coisa e estas que não consegui foi porque aconteceram coisas diferentes do planejado e tivemos uma pequena mudança de curso. A vida é assim, muda a todo instante e precisamos saber lidar com isso.

terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Meu novo planner

Olha, essa moda de planner pegou mesmo por aqui!
Conheci o conceito do planner em 2015 e a partir de 2016 comecei a fazer o meu. Descobri recentemente que agora até tem modelos mais em conta como o da Tilibra e um fofinho da Imaginarium. Para quem não quer fazer ou não tem paciência/habilidade, pode ser uma boa comprar um assim, já que os mais conhecidos do mercado são muito caros (pesquisei no ano passado e custavam entre 250 e 420 reais, uma fortuna!). Bem, na época não tinha esse da Tilibra que custa menos de 50 contos, mas que apesar de bonitinho não atende bem às minhas necessidades, principalmente por causa da gramatura do papel,de 60 mg., muito fininho.
Mas se você assim como eu, gosta de organizar sua vida em um único endereço e tem disposição para fazer o seu, aqui vão algumas das minhas experiências, desventuras e aventuras no mundo do planner.
Primeiro acho que escolher um tamanho adequado pode ser bem interessante, já que é você quem vai carregá-lo para cima e para baixo. Se ele for um trambolho, vai acabar desistindo de levá-lo com você. O meu primeiro era tamanho A4, com espiral, o papel paraná que usei para a capa era bem leve e, apesar de ter revestido com tecido, no final do ano, os cantos estavam todos esfarelando. Não é boa ideia a capa, mas o tamanho foi ok. Neste ano acabei comprando uma pasta bonitona lá na Daiso. O bom da pasta é que dá para substituir as folhas ou acrescentar, mas achei muito grandona e pesada, em muitos lugares que eu gostaria de levar acabei desistindo. Eu pretendia usar mais em cafés e parques, mas acabei não fazendo, porque não dá para levar na bolsa. Para o próximo ano vou testar uma inovação: comprei na papelaria universitária, um caderno que eles próprios fabricam, meio que um bloco, com espiral bacana e um papel super bom. A capa é de um papel semelhante ao paraná, mas mais duro. Desmontei o caderno e imprimi. O maior trabalho foi mesmo desmontar, sem entortar muito o arame, mas foi de boa.
O bom da gente mesmo fazer é que dá para personalizar tudo.
O meu tem:

  • Folha de rosto escrito Meu Planner
  • Lista Meus projetos para 2018
  • Lista dividida: projetos de curto, médio e longo prazos
  • Check list de saúde meu e do filhote
  • Controle de menstruação
  • Controle financeiro mensal (planilha de orçamento)
  • Agenda mensal de rotina e compromissos
  • Controle de parcelamentos no cartão de crédito
  • Controle de entradas e saídas financeiras (ano todo)
  • Folha pautada para anotações gerais
O papel precisa ser de uma boa gramatura (90 ou 120). O meu sempre fiz com 120, fica bem bacana e é gostoso de escrever, desenhar, enfim, dá pra se divertir bem.
Não aconselho que tenha folhas demais. O ideal é que tenha umas 3 ou 4 folhas por mês (orçamento, agenda mensal, folha pautada e mais alguma que julgar interessante, como lista de mercado, por exemplo.

Ainda vou saber se funciona, mas investi nesse caderno que é menor do que o A4, quase quadrado. Achei um tamanho bom e não é difícil de carregar.
Sei que muita gente prefere fazer tudo isso digital e que tem até aplicativo para lidar com a maioria dessas coisas, mas escrever além de ser uma delícia, faz soltar a imaginação, dá para rabiscar um projeto, colocar lembretes, usar adesivos,post its coloridos, canetas coloridas. Enfim, dá para fazer da organização algo bem mais divertido.
Você não precisa gastar uma fortura. Eu gasto sempre, por volta de 40 reais, incluindo o tecido para encapar que o deixa super personalizado.
Eu adoro essa experiência de já começar a pensar no meu ano, quando estou aqui, montando meu querido planner!

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Um ano difícil, mas cheio de aprendizados

Esse foi um ano difícil. É o que a gente escuta por todos os lados, especialmente no que tange a questão financeira. Muitas pessoas perderam o emprego ou permaneceram desempregadas, reflexo dos anos de 2015 e 2016. Para quem, como eu, não perdeu o emprego, foi um ano de pisar no freio do consumo e tentar manter as contas em ordem. Posso dizer que eu termino bem esse ano, consegui pagar minhas contas do ano e, na medida do possível, fui pagando o que ficou pra trás, depois de um 2016 desastroso.
Mas a gente tem que tirar aprendizados de tudo isso! O principal deles é sobre meus comportamentos; Ainda estou muito longe de manter uma estabilidade nessa área, ainda me perco no consumo, ainda não sei investir com inteligência meu dinheiro. O resultado senti na pele nesses dois anos!!!
Outros aprendizados importantes: ter uma reserva dá estabilidade emocional (ao menos parcial). Quando você tem uma reserva sabe que se as coisas apertarem, vai ter de onde recorrer, isso, durante muitos anos me deixou bem mais segura. Eu sabia que se o carro quebrasse tinha como pagar, sabia que quando um paciente atrasasse, havia uma folga para lidar com as contas da casa. No ano passado, todas as emergências careceram de empréstimos bancários, todas mesmo! Desde o dentista até o roubo do carro.. Isso tudo me deixou mega insegura e ao final sei que interferiu na minha qualidade de vida e do meu trabalho. É duro chegar no dia 10 e pensar "a fatura do cartão de crédito vai vencer, ainda não recebi dos meus pacientes, e agora?". Neste ano não tive grandes avanços, mas como eu disse, consegui ir acertando uma continha daqui, outra dali e estou fechando o ano, senão no azul, pelo menos no amarelo. Estou contente com os resultados, embora essa instabilidade toda tenha gerado alguns problemas beeem importantes. Adoeci muito! Essa falta de investimento no meu lazer, me deixou muito mal. Nesses tempos não viajei quase nada, não me dediquei tanto aos meus hobbies (que precisam de materiais muitas vezes caros) e saí pouco com meu filhote. Trabalhei muito, dentro e fora de casa, e no tempo livre eu estava exausta, como estou me sentindo agora. Preciso mudar essa lógica, urgentemente. Preciso de uma vida mais coerente com meus princípios. Está difícil continuar assim!