terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Tentando cuidar da rotina de maneira mais leve

No domingo assistimos ao filme O Pequeno Príncipe. Lindinho!!! Adoro animação, sempre fico encantada com boas produções e este filme além de ter dois tipos de animação, ainda tem uma das histórias mais lindas de todos os tempos. Meu pequeno ainda não consegue ficar muito tempo assistindo, mas mesmo assim curtiu. A história é bem interessante, embora a crítica tenha dito que desvirtuaram a história original, eu achei muito criativa. Na verdade o filme trata da história original sendo contada e transformando a vida de uma menininha e do velho aviador.
Bom, mas por que estou escrevendo isso? Porque teve algo que me chamou atenção no enredo do filme. A mãe da menina é uma executiva, rígida, metódica, organizada ao extremo e muito exigente com a filha. Mudam-se de cidade para conseguir entrar na escola que ela acha adequada para a filha. O que mais impressiona é um painel gigante com todos os passos para chegar até a escola, tem horário para tudo, cada atividade, cada passo, cada meta a ser cumprida e enfim, a mudança para um novo estágio a cada ciclo. Ufa, me canso só de escrever! Confesso que quando vi aquilo me senti um pouco triste, por pensar que muitas vezes, guardadas as devidas proporções, tento colocar nossa rotina dentro de um padrão que acredito ser o melhor para nós.
Eu preciso de rotina organizada e penso que meu filho também será beneficiado com isso, mas tenho pensado no quanto acabo engessando minha criatividade com isso.
Eu tive uma amiga há uns anos atrás que tinha uma rotina que me chamava atenção e até uma certa invejinha. Ela tinha filho, trabalhava bastante, cuidava da casa sozinha, porque não tinha nem faxineira e ainda assim conseguia estar sempre curtindo, saindo, viajando, fazendo outras coisas além de trabalhar. Eu sempre perguntava como é que ela conseguia e a resposta era bem simples: ela não deixava as coisas se acumularem, como não tinha um salário muito bom, preferia dar conta da casa sozinha e usar esse dinheiro para o que mais importava. Tinha uma disposição incrível para acordar cedo e cuidar de tudo. O mais legal é que não ficava falando do quanto trabalhava nem se lamentando de ter que dar conta de tudo. 
Infelizmente a amizade se perdeu, mas ela me deixou um ensinamento bem importante... a gente não precisa ser escravo da nossa casa nem da nossa rotina.
A história do pequeno príncipe me fez olhar o mundo de maneira diferente quando eu tinha uns 13 ou 14 anos e agora essa nova versão me trouxe de novo a oportunidade de me olhar.
Eu não quero ser como a mãe da menina, não quero que meu filho fique mais preocupado em guardar os brinquedos do que em brincar, não quero que ele deixe de pintar só porque faz a maior bagunça.
Quero viver e curtir nossa vida, quero ter espaço para nosso lazer e nossos afetos.
Ontem, passei a tarde com uma amiga querida que não encontrava há quase 3 anos. Hoje vamos nos encontrar com amigas e seus filhotes. A casa? Mantive organizada na medida do possível, sem neuras!

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