quarta-feira, 6 de junho de 2012

Será que vale a pena trabalhar tanto?


Há alguns anos eu tinha uma opinião formada a esse respeito, mas isso foi se perdendo com a rotina, a necessidade de comprar a casa própria, de investir na profissão...
Lembro que, antes de me casar, precisávamos de todo o dinheiro que pudéssemos conseguir, para dar entrada em um apartamento. Eu trabalhava 10, 12 horas por dia, aos sábados e feriados, inclusive. Cheguei a um momento em que  já não tinha roupa, porque sequer tinha tempo de ir ao shopping para comprar um jeans novo. Depois desse período reduzi muito a rotina de trabalho, mas, passados mais de 15 anos, estou eu aqui me questionando novamente. Como já escrevi aqui, trabalho em um hospital, por 40 horas semanais e mais umas 10/12h no consultório. Por mais que eu ainda não consiga sobreviver com os ganhos apenas do consultório, a situação está insustentável. Com a gravidez isso ficou ainda mais difícil, já que tenho me sentido mais cansada e menos disposta. Meu dia a dia é insano: não produzo muito no hospital, mas tenho que ir todo dia. Minha casa está largada e meu consultório também tem alguns furos. Chego a ficar com cheques de clientes pra depositar por mais de uma semana (o que, além da confusão financeira, ainda denota um certo desleixo). Não consigo manter uma rotina saudável. Chega a faltar alimentos em casa, por falta de tempo de ir ao supermercado. No mês de maio paguei juros de contas por atrasos, apenas por não conseguir me organizar com antecedência. Conseguir fazer as unhas tem sido um malabarismo, cuidar do cabelo então, nem pensar.
Cheguei a pensar em largar o emprego, mas, como irei me sustentar? Ainda não posso fazer isso!
Agora tenho pensado em arrumar uma empregada: alguém que possa fazer “quase tudo” pra mim... faxina, organização da casa e das roupas, serviços bancários, ir ao supermercado, cozinhar etc.
Bom, tenho duas questões: primeiro, financeiramente iria contra minha reorganização financeira iniciada há um ano (que tem dado tão certo). Uma  empregada custa caro e ainda há as questões trabalhistas.  Segundo: eu sempre gostei de administrar minha casa, curto muito cozinhar e sempre quis ter mais tempo para organizar as coisas.
Acho pouco provável que eu siga em frente com essa idéia, mas preciso, urgentemente, de um plano B.
Preciso de ajuda... opiniões são bem vindas!

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