terça-feira, 17 de julho de 2018

Revendo meu estilo de vida

Tenho pensado muito sobre minha qualidade de vida. Neste último semestre vivi momentos muito difíceis. Fiquei doente a maior parte do tempo, com refluxo e piora dos meus problemas respiratórios. Consequentemente, a qualidade do sono ficou péssima e engordei. Dá para perceber como uma doença leva a outra e a vida vai ficando mais difícil. Depois de 3 meses tossindo por causa do refluxo, meu humor ficou péssimo, ando irritadíssima e muito ansiosa. Mas esse post não é pra me lamentar não! Apesar de não estar tão bem, tenho tido uma força incrível para transformar minha realidade. Fui a vários médicos, fiz dezenas de exames e agora estou fazendo os tratamentos. É uma rotina chata, mas é importante me cuidar e estou priorizando isso. Na primeira semana do mês, tirei alguns dias para tratar uma bactéria no estômago e descansar. Aproveitei para cuidar melhor da alimentação e voltar a me exercitar, apesar de estar sem energia para fazer exercícios na academia, estou fazendo o que dá. Cuidei também um pouco melhor da casa e do meu filhote. Fiquei um pouco mais com ele nesse período de férias e fizemos alguns programas juntos. No âmbito financeiro fiz várias descobertas e muitos ajustes, mas decidi que não quero viver na angústia desses últimos meses, de ter que correr para receber meus honorários para quitar as contas do mês. Este mês foi um dos mais difíceis, por escolhas financeiras erradas, que conto em outro post, mas a maior questão é que preciso reduzir gastos urgentemente. Rever meu estilo de vida, na verdade. Rever o estilo de vida é uma tarefa ampla, uma mudança de paradigma e uma compreensão de quem sou e onde quero chegar. Acho que por muito tempo negligenciei esse aspecto da vida e não fiz o que precisava ser feito. Entrei no modo "satisfação imediata" o que, todo mundo sabe, é um desastre para quem pretende ter uma vida financeira mais equilibrada. O mais importante agora é admitir que PRECISEI dessa satisfação por estar infeliz com outros aspectos da vida. É fácil compreender, a gente tenta se compensar, com gratificações imediatas e que não se sustentam por muito tempo, daí precisa de mais uma comprinha, mais um docinho, mais uma ida ao shopping "porque eu mereço" e quando percebe, já tem um monte de gastos desnecessários e sem sentido. Não estou falando aqui que não podemos comprar coisas que nos deixem felizes, nos tragam alguma gratificação, mas é diferente quando compramos algo que queremos de verdade ou precisamos de verdade. Comprar para compensar outras faltas é que é um problema! Meu propósito de vida sempre foi viver com menos, não acumular muitas coisas, não gastar tanto tempo para administrar uma casa entulhada. Ainda não me perdi desse propósito, mas percebo que tenho consumido um pouco além da conta, especialmente com coisas para casa, mas já voltei pros trilhos e agora a meta é reduzir as compras parceladas no cartão de crédito. É impressionante como é fácil se endividar com coisinhas pequenas: uma comprinha de 150 reais dividida em 3 vezes, por exemplo, se feita sistematicamente, vai se tornar um problema quando acumularem-se as parcelas. É obvio que ninguém se individa só com isso, mas está provado que os pequenos gastos são os grandes responsáveis pela desorganização financeira de grande parte das pessoas. Os meus gastos fixos, por exemplo, se mantém estáveis ao longo do ano e as grandes oscilações são relacionadas a compras (casa, roupas, restaurantes...). Enfim, preciso me divertir mais, me preocupar menos com dinheiro e isso requer mudanças na qualidade do nosso lazer. Uma das coisas que percebo que mais influenciaram nessa diversão de "baixa qualidade" foi um hábito adquirido depois que meu filho nasceu... ir frequentemente ao shopping. Eu nunca gostei de shopping e jamais considerei isso um passeio, mas quando ele chegou, acabou sendo um passeio fácil, porque não requeria muito planejamento e trazia um certo conforto, principalmente nos dias de chuva (estacionamento, fraldário, alimentação... quem é mãe entende!). Com isso adquirimos um hábito péssimo, porque hoje ele adora e eu passei a curtir as facilidades desse programa. O resultado é que sempre que você "passeia" vendo lojas (que horrível!) acaba comprando alguma coisinha. Eu amo lojas de decoração e coisas pra casa, como a Tok Stok. Antes eu ia 2 ou 3 vezes ao ano, até extrapolava um pouquinho, confesso, mas mantinha o controle. Hoje vou cerca de uma vez por mês e sempre saio com uma coisinha que eu nem sabia que precisava. Já cheguei a ter 3 parcelamentos concomitantes! Hora de parar com isso!!! Estabeleci que a partir de junho faria pelo menos um programa mensal ao ar livre (parque, praça ou mesmo algum restaurante aberto) e estou tentando cumprir a meta.

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