terça-feira, 3 de maio de 2016

Pensando no meu endividamento e estilo de vida

Tenho pensado muito sobre o meu momento financeiro e como solucioná-lo. Nesses momentos não há como não fazer comparações, mesmo que elas nem sempre sejam realistas o suficiente, podem nos trazer alguma luz sobre o que fazer.
Pensei na minha infância e adolescência e no que tínhamos à disposição com os poucos recursos financeiros que tínhamos. É lógico que o mundo mudou muito e não há comparação com todos os recursos que temos hoje, mas fico me perguntando: Será que precisamos de tanto mesmo?
Bem, um bom começo é responder se o que tenho está de acordo com as minhas possibilidades. A resposta nesse momento é não. Porque se meu estilo de vida estivesse compatível eu não estaria endividada e sofrendo para pagar tantas coisas.
Então, reconhecendo que, neste momento, meu estilo de vida é incompatível com minha renda, já dá pra saber que estou, no mínimo, vivendo mal. E viver mal nesse caso significa que tenho preocupações que me impedem de estar feliz, plena e saudável.
Vejo exemplos de como as pessoas vivem sua relação com dinheiro o tempo todo (afinal, lido com pessoas). Tem aqueles que gastam como se não houvesse amanhã e outros que, ao contrário, não usufruem do que ganham, porque precisam guardar. Ok, são dois extremos. Mas o que há entre um e outro? Há muitas pessoas que se enrolam em alguns aspectos dessa relação e que cuidam bem de outros. É esse o equilíbrio necessário!
Há alguns meses eu escrevi aqui que estava me incomodando o meu pouco investimento com lazer e cultura. Sei que nesse momento não é minha maior prioridade. Mas já está na hora de passar a ser!
Aí eu "me explico" a partir da minha cultura. Venho de família pobre, sem recursos mesmo. Retirantes nordestinos que ralaram muito para se estabelecer em SP. Fui criada com escassez de várias coisas e ensinada desde cedo de que era preciso trabalhar para "ter" coisas. A partir do momento em que passei a ganhar meu próprio dinheiro, passei a necessitar de mais e mais coisas. Essa é uma roda que nunca para! Você tem uma casinha e precisa de uma maior, tem um carrinho e precisa de um mais novo, a tv fica obsoleta, o celular, nem se fala!
É a lógica do capitalismo, mas eu sempre me considerei alguém de bom senso para lidar com o consumo. Não troco de celular a menos que o meu pare de funcionar, não troco de carro com frequência, tenho poucas roupas e calçados.
Mas e aí, qual meu problema então?
Um dos problemas que identifico é não saber direito priorizar. O meu dinheiro dá para bancar tudo o que eu preciso, mas muitas vezes eu me perco quando não calculo direito o valor gasto naquele restaurante "meia boca", que acabei indo só porque queria sair de casa. Então, gastar 100 reais com um almocinho pra nós três, por exemplo, poderia ser facilmente substituído por uma compra de algo legal para cozinhar em casa.
Não estou dizendo que acho errado sair para jantar, pelo contrário, adoro isso! Mas será que reservar isso para um dia especial ou um final de semana, gastando até um pouco mais, num lugar legal, não seria muito mais prazeroso? Eu não quero me privar, mas quero dar mais qualidade aos meus investimentos. Todo mundo já ouviu dizer que "o barato sai caro" e é nisso que tenho pensado. Vale mesmo a pena comprar duas calças mais ou menos, ou seria melhor esperar um pouquinho mais e comprar uma de melhor qualidade?
Eu posso gastar um pouco mais saindo no final de semana, se eu não tiver gastado um monte comendo aquelas comidas horríveis do shopping, duas vezes por semana.
Preciso mudar isso o quanto antes, porque meu endividamento vem muito daí, de gastar com coisas que não são tão importantes e por fim acabar vivendo só pra pagar contas!

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