A vida é instável e a busca pela tão sonhada estabilidade é uma utopia. Esta constatação assusta, mas precisamos lidar com isso.
Percebi, na minha prática profissional, que a situação financeira das pessoas (mesmo das mais organizadas e estáveis) mudou muito rapidamente com a crise do país. Algumas pessoas que vinham, ao longo dos anos, conseguindo honrar com seus compromissos financeiros, em um período muito curto, de apenas 3 ou 4 meses, já se desorganizaram e se endividaram.
Então, precisamos encarar os fatos: não estamos seguros, jamais estivemos.
A única forma de passarmos por uma crise é nos planejarmos para termos uma reserva financeira.
Agora talvez não seja possível começar a guardar dinheiro, mas temos que montar uma estratégia para os próximos meses.
Além de ver o exemplo dos outros, me vejo em situação muito semelhante. Há mais ou menos 6 meses deixei de ter minha reserva, além disso meus ganhos diminuíram e a situação ficou difícil.
Mas e agora?
Um primeiro passo é sair da culpabilização. Não adianta ficar me culpando porque "raspei" minhas reservas para trocar de carro, por exemplo.
Eu, como a maioria das pessoas, não vou conseguir fazer uma grande reserva neste momento, mas posso pensar em como cortar mais gastos e não me endividar ainda mais.
Fiz um mapeamento real da situação. Troquei uma dívida cara (cheque especial) por um empréstimo, parcelado dentro das minhas condições. Negociei algumas dívidas que estavam pendentes e, principalmente, cortei gastos e ainda há mais para cortar. Reduzi meu plano de celular, meus gastos com restaurantes, com supermercado e com faxineira. Foram reduções consideráveis, cerca de 40% de tudo!
Ainda preciso cortar mais, mas algumas coisas não são muito fáceis... Como reduzir, por exemplo a conta de luz, os gastos com combustível e com saúde? Ainda estou tentando me organizar para isso, mas confesso que não serão decisões fáceis.
Mas é isso, precisamos nos adaptar à nova realidade e isso requer mudanças de hábitos e muita persistência!
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