Me lembro de 2004, quando as contas não fechavam.
A vida estava complicada, acabava de sair de um relacionamento traumático, estava deprimida, sem qualquer motivação. De repente, todo meu controle financeiro, que era rigoroso, foi substituído por cartas de cobrança, insegurança, preocupação constante, cartão que não passa, cheque que volta... foi um momento desesperador. Dívidas, dívidas e mais dívidas.
Eu demorei a perceber a relação entre dinheiro e emoção, mas aos poucos fui entendendo que, nos momentos em que estamos mais desorganizados emocionalmente, outros campos da vida vão ficando desorganizados também. Em parte porque o foco no sofrimento nos faz esquecer de cuidar do resto e, em grande parte também, à sensação de que nada mais vale a pena e de que não merecemos que nada esteja bem na vida. Foi assim que fiquei por aproximadamente um ano.
Um dia, depois de cuidar um pouco das coisas do coração, tive condições de cuidar das finanças.
Nesta época li um artigo belíssimo do Stephen Kanitz, na revista veja, chamado Paz de espírito, aqui http://www.kanitz.com/veja/ paz.asp .Foi algo que fez muito sentido para mim naquele momento e agora, arrumando meus papéis encontrei a folhinho de revista e reli o artigo. Aliás, foi ele quem motivou este post.
Já mais fortalecida e cheia de inspiração, comecei a trabalhar: Fiz um estudo detalhado da situação e cheguei às seguintes conclusões:
Nesta época li um artigo belíssimo do Stephen Kanitz, na revista veja, chamado Paz de espírito, aqui http://www.kanitz.com/veja/
Já mais fortalecida e cheia de inspiração, comecei a trabalhar: Fiz um estudo detalhado da situação e cheguei às seguintes conclusões:
- É preciso saber exatamente o tamanho da dívida, calculando todos os juros e multas por atraso;
- É preciso saber tudo o que entra (salário, benefícios, rendas extras etc);
- É preciso controlar rigorosamente os gastos, dali em diante;
- É preciso criar uma estratégia para ter um montante suficiente para pagar
tudo o que for possível (juntar o dinheiro das férias + 13º.+ fazer bicos+ pedir um empréstimo a algum amigo + vender coisas que tem em casa e não precisa mais etc.);
Criei um novo conceito pra me relacionar com o dinheiro: eu precisava olhar para as “notinhas”. É isso mesmo! Dinheiro de plástico não é dinheiro de verdade!!(isso foi antes de existirem as notas de plástico, claro!). Às vezes a gente precisa de algo visual, pode parecer loucura nos dias de hoje, mas ainda dá certo!!!!! Experimenta ir ao supermercado com o dinheiro suficiente para aquela comprinha de alguns itens que estão faltando. Com certeza você só vai comprar o que está na listinha, porque sabe que o “dinheiro de verdade” não dá pra estourar, como a gente sempre faz com o cartão. Confessa vai, sempre rola um chocolatinho daqui ou uma revistinha dali...
Peguei todo o dinheiro que consegui juntar e fui separando junto com as contas e, consegui quitar tudo o que estava vencido há mais tempo. É doido, mas dá certo!
Descobri também que é preciso negociar com os credores. Algumas dívidas parcelar, outras tem abatimentos nos juros quando pagas à vista. Fazer uma boa avaliação das propostas pode ajudar muito.
Bom, essa foi a estratégia que usei na época. Agora preciso retomar essa minha estratégia pra conseguir sair do sufoco de novo!
Pelo menos agora já sei que posso e consigo fazer isso!!!!