Hoje acordei muito indisposta e muito emotiva. Acho que os hormônios estão a todo vapor! Já chorei ouvindo uma música romântica, chorei quando percebi que já estou produzindo leite, chorei ao pensar no nascimento do meu filho, chorei ao pensar no quanto amo meu namorido e no quanto desejei ter esse filho com ele, somente com ele, depois de tantos outros relacionamentos, de tantos outros amores. Apesar de emotiva estou feliz, por ter (ao menos em parte) a vida que escolhi ter. Vou ter um filho com 42 anos- o que não é uma decisão fácil, mas vou recebê-lo no momento em que isso está completamente resolvido para mim. Ter um filho hoje significa muito mais do que "brincar de mamãe", significa aquietar a alma, me fixar em um lugar. É como se, de repente, minha casa se tornasse um lar. Há menos de um ano eu pensava em vender meu apartamento e me mudar para outra cidade, queria mudar de vida, queria recomeçar. Naquele momento estavam acontecendo coisas muito difíceis (pessoais e profissionais - ao mesmo tempo) e eu queria uma grande mudança. E não é que ela veio mesmo???? A gravidez foi essa mudança tão esperada e desejada. É lógico que não tem sido tudo tão romântico assim... engravidar quando se está começando um trabalho novo, quando o consultório deu uma grande virada, quando tinha muitas coisas para pensar e decidir, foi uma tremenda montanha-russa. Ainda há dias em que acho que não vou aguentar, mas tenho conseguido, me equilibrar nessa balança.
Hoje por exemplo, acordei indisposta, com dores terríveis nas pernas, um sono insuportável. Decidi não trabalhar- mesmo parecendo uma irresponsabilidade, sei que não é. Preciso me preservar para tocar a gestação até o final. A minha prioridade hoje é meu filho!
O que isso tem haver com o tema do blog? Tudo! Afinal "me organizar" é um exercício de dentro para fora. Eu não conseguiria organizar a casa, as finanças, o trabalho etc, se não estivesse organizando minhas emoções. E é exatamente disso que estou falando!
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