Acho que todo mundo já viu uma casa estranhamente desorganizada. Um lugar onde não dá vontade de ficar, causa um certo incômodo e até dá vontade de dizer para a pessoa o quanto seria bom se ela arrumasse aquilo tudo. Se eu fosse descrever em uma palavra o que é significa uma casa desorganizada ao extremo, eu diria "adoecimento". Uma casa organizada e limpa é saudável, tanto do ponto de vista biológico mesmo, quanto emocionalmente. Na minha opinião (e de muitos outros estudiosos do comportamento humano) a casa "fala" muito daqueles que moram lá, portanto, uma casa (ou mesmo um quarto- o lugar mais íntimo da casa), denuncia desajustes de seus moradores. Exemplos? Um quarto com tudo fora do lugar, sujeira excessiva, bagunça e coisas misturadas fala de uma desorganização interna das pessoas, uma falta de ordem e de lugar para suas emoções. Em meu trabalho já visitei casas que mais pareciam cavernas (escuras, úmidas, sujas e sem condição de serem habitadas) e nelas viviam pessoas com transtornos mentais graves. Já vi também casa com uma organização excessiva, coisas lado ao lado, organização por cor etc. Isso também é sintoma de desajuste, um transtorno obsessivo, possivelmente.
Diagnósticos à parte, penso que, apesar de emocionalmente alguém com uma casa caótica, não estar bem, a melhora também pode ser iniciada com a organização de seu espaço.
Parece simplista querer organizar "de fora pra dentro" porém é algo que pode ajudar na reorganização das emoções e da "bagunça interna".
O exercício de organizar a casa, limpar, arrumar uma coisa de cada vez é importante para que se tenha contato com o que está errado em nossa rotina, melhora a concentração e nos dá segurança.
Além disso é uma delícia chegar em casa, depois de um exaustivo dia de trabalho e nos deparar com tudo (ou quase tudo) no lugar.
E essa sensação de bem estar não há ansiolítico que substitua!
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