vou me organizar
organização da casa, da vida, do trabalho e das finanças
quinta-feira, 4 de outubro de 2018
Pensando em como melhorar a rotina das manhãs
Depois de quase 3 meses de tratamento tive uma nova crise de refluxo e junto uma sinusite, com dores terríveis. Esse foi um retrato de como foi minha última semana de setembro. Ainda assim consegui dar conta da maior parte dos meus compromissos da semana. Na quarta a noite desmarquei alguns pacientes e tranferi para quinta e terminei a noite de quinta com muitas dores, a partir de então piorei bastante, tendo que ir ao PS no sábado e depois na segunda. Além disso meu filhote também ficou doentinho, com febre e dor de garganta. Fiquei dois dias sem trabalhar e só levantei para ir ao PS e no final da noite para ir buscar meu filho na casa das tias. Não quero usar esse espaço para me lamentar, mas preciso melhorar os cuidados com a minha saúde e para isso preciso pensar em como vou me organizar. Nas madrugadas desses dias perdi o sono (porque dormi muito durante o dia) e fiquei vendo uns vídeos no youtube sobre finanças e depois acabei conhecendo o canal sobre produtividade do Geronimo Theml. Num dos vídeos ele falava sobre a importancia de se ter uma boa rotina matinal e alguns pontos chamaram minha atenção, apesar de serem óbvios: O que define como será seu dia é como ele começa. Se você começar com o celular na mão, vendo mensagens no whatsapp, dando uma olhadinha nas redes sociais, tende a perder muito tempo com essas coisas e começa o dia de maneira desorganizada.
Vou repensar minhas rotinas como um todo, mas especialmente, a rotina matinal, que dará todo o sentido ao meu dia. Preciso me hidratar melhor pela manhã, comer de maneira mais saudável e pensar melhor sobre como será meu dia. Não quero mais ficar doente a todo momento, tendo que desmarcar meus compromissos ou tendo que usar toda minha energia apenas no trabalho e desmaiar todo o restante do tempo, simplesmente porque estou exausta e não aguento mais nada. Quero uma vida mais produtiva, com mais domínio da rotina, do tempo e do meu estado emocional. Preciso ficar bem e já entendi que isso precisa começar a acontecer quando acordo.
Outubro... renovar
Tenho pensado muito em ter uma vida com mais propósito e a partir daí, comecei a ler várias coisas e ver vários vídeos no youtube. Cheguei agora ao livro O milagre da manhã, que fez um grande sentido na essência, embora eu não acredite em autoajuda, nem em fórmulas prontas. Não comprei o livro ainda (nem sei se irei comprar) mas vi alguns vídeos que trazem um bom resumo do livro e me trouxeram algumas ideias legais.
Hoje, recebi uma daquelas lembranças do facebook com uma história que me deu um insight bem importante. Era um post em que eu falava que “estava em lua de mel com a vida”, porque tinha tempo de almoçar com minha família numa segunda-feira em que comemorávamos o aniversário da minha irmã e que pude acordar as 10h numa quinta-feira. Fiquei pensando: o que havia de diferente na minha vida naquele momento? Bem, era outubro de 2013, um mês após eu ter feito uma grande mudança na minha vida profissional e pessoal. Como já falei, meu filho nasceu em dezembro de 2012, eu trabalhava então num Hospital público, com uma jornada de 40 horas semanais e estava investindo bastante no meu consultório, que já chegava a uma jornada de cerca de 12 horas semanais, divididas em 3 ou 4 períodos (noites e sábado de manhã). Depois da licença maternidade tive momentos muito difíceis. Tinha um filho pequeno, estava separada do pai dele desde o início, contava com a ajuda da minha mãe para cuidar dele, já que decidi não colocá-lo na creche tão pequenininho. Eu sofria muito com o pouco tempo que tínhamos juntos, pois eu o deixava as 8h e só o via de novo por volta das 21h. Isso durou bem pouco... retornei ao trabalho em maio, chorei por uns dois meses, refleti muito, fiz muitas contas, conversei com grandes amigas, contei com o auxílio do pai dele e por fim, em setembro já estava só com o consultório. Confesso que foi uma decisão muito difícil. Imagine deixar o emprego que paga a maior parte das suas contas, numa prefeitura na qual você já trabalha há 20 anos???? Decidi priorizar a nossa vida e felizmente, eu podia fazer aquela escolha, porque minha segunda renda já era suficiente para um padrão de vida apertado, mas possível. Eu aprendi, desde muito cedo na vida a fazer uma conta básica: de quanto a gente precisa pra sobreviver? No meu caso, tinha a prestação do apartamento, que já não era tão alta, tinha que garantir comida e saúde. Pode parecer um pensamento muito pobre, mas quando se tem que fazer uma escolha, a gente tem que ser pragmática e pensar no pior cenário. Eu queria ficar com meu filho, acreditava que era o mais importante de tudo naquele momento (e ainda hoje é), então não haveria privação, apenas uma readequação da vida. Em termos bem práticos, eu ganhava um salário que não era uma maravilha e embora o consultório fosse instável ainda, eu já poderia suprir cerca de 80% das nossas necessidades, o restante viria e eu ainda tinha uma pequena economia guardada para nos garantir por um tempinho. Conversei com as amigas que geralmente me encaminham pacientes e pedi ajuda. A ajuda veio de imediato e pouco tempo depois, a vida financeira engrenou.
No início era tudo muito mágico. Eu acordava disposta, cuidava de mim, do meu bebê, da casa, conseguia brincar com ele, dar banho, alimentá-lo e isso fez toda a diferença no desenvolvimento dele e do nosso vínculo. No começo, acostumada a trabalhar por cerca de 12 horas, as horas foram gigantes... eu amamentava com muita calma no período da manhã, depois levantava, tomava um café tranquilo, assistia as notícias, organizava a rotina da casa, da roupa, depois ele acordava eu levava pra tomar sol, brincar um pouco, fazia almoço, dava banho, almoçávamos e eu o deixava por volta das 14 horas para ir ao trabalho.
Mas aí o tempo passou... por algum motivo os dias foram ficando menores, aquela sensação de que já não cabe tudo. Meu bebê também cresceu e suas demandas aumentaram. Meu consultório também ampliou um pouco (graças a deus!). Aos dois anos ele foi pra escola e a rotina foi mudando. Ainda é difícil perceber o que fez, de fato, meu tempo se tornar mais escasso, mas escrevendo agora vou percebendo que, mesmo sendo bom viver desse jeito, é uma rotina igualmente exaustiva. Hoje fico as manhãs em casa, mas tenho chegado bem tarde do trabalho e ainda vou busca-lo na avó, porque o pai mudou de cidade. Com isso dormimos extremamente tarde, o que é péssimo para nós dois. Depois de ficar um longo tempo doente, tenho tido manhãs menos produtivas e começo meu dia bem desorganizada. O resultado é que estou sempre correndo, atrasada e estressada.
O que aconteceu então?
Perdi o ritual tranquilo das manhãs, foi só isso.
Como estou cansada, procrastino na cama até o limite. O que antes acontecia antes das 8h agora se estende até por volta das 9h. Tomo café me arrastando e começo o dia atrasada. Quando ele acorda, por volta das 9h30, só dá tempo de cuidar do café da manhã e já é hora de colocá-lo no banho e leva-lo pra escola. Perdemos também o hábito de almoçarmos juntos e isso comprometeu muito minha alimentação. É aquela coisa, quando ele almoça na escola eu não tenho preocupação em fazer uma boa comida só pra mim. Tenho comido mal.
Então, preciso retomar os bons hábitos daquele período... acordar mais cedo, cuidar de mim, estar serena e centrada quando ele acordar e diminuir a pressão das manhãs.
Voltando ao livro, ele lista uma série de hábitos matinais a serem desenvolvidos, incluindo escrever, ler, fazer atividade física, meditar, entre outras. Sei que para a maioria das pessoas, que já acordam extremamente cedo, essa mudança de hábito deve ser muito mais difícil, mas para mim é muito possível. Percebo que nos dias em que consigo acordar por volta das 7h30, meu dia começa bem melhor, mesmo que eu só faça um café da manhã mais tranquilo, escreva no meu planner, organize meu dia e veja um telejornal. Não é muito, mas já me sinto muito mais motivada e produtiva. Do contrário, fico meio irritada quando levanto junto com meu filho, porque, apesar de amar estar com ele, eu preciso de um tempo em silêncio, preciso cuidar de mim, para ficar bem para cuidar dele.
A ideia então é começar (de novo) a acordar cerca de uma hora mais cedo, fazer um bom café da manhã, tomar um copo de água para acordar o organismo, fazer ao menos 5 minutos de meditação, trabalhar no meu planner por cerca de 30 minutos e assistir as notícias. Se depois eu conseguir incluir 20 minutinhos de leitura de um livro, será ótimo, mas por enquanto, se as 8h30 eu já estiver pronta para a rotina, já será maravilhoso. Com o tempo, quem sabe, começar acordar um tantinho mais cedo, será muito bom, mas vou com calma, porque eu vou dormir sempre por volta das 0h30 e menos de 7h de sono é muito pouco para mim.
Essa é minha meta nesse mês de outubro. Mês lindo do meu aniversário e da primavera... hora de renovar!
domingo, 23 de setembro de 2018
Foco no último trimestre!
O ano já está entrando na reta final, o último trimestre já tá aí!
Este foi um ano muito difícil. Financeiramente foi bem apertado, já que estamos ainda em crise econômica. O consultório se manteve, mas deu uma diminuída, principalmente nesse segundo semestre. Me percebi mais insegura e ansiosa. Além disso, passei a maior parte do tempo doente. Embora não tenham sido doenças graves, as constantes tosses do refluxo me deixaram muito mal, sem forças para tocar meus projetos e cuidar da minha rotina. Passei a dormir muito mal, me alimentar mal e como consequencia disso, desenvolvi uma anemia bastante séria. A anemia não é uma doença grave mas extremamente impactante pois me paralisa e me deixa sem energia para cuidar das coisas. Com isso meu trabalho ficou um pouco comprometido na sua qualidade, principalmente porque vivo irritada e quando estou de folga não consigo fazer nada que me dê prazer, só quero descansar. Trabalho com pessoas, com sua subjetividade e suas dores. Preciso estar bem!
Nesse último mês comecei a melhorar um pouco. Ainda sinto um cansaço absurdo, mas estou conseguindo voltar a planejar minha organização, ainda que seja apenas planejar e fazer pequenas coisas, já é um avanço. Embora em muitos momentos eu pareça estar deprimida (desânimo, sono excessivo, choro fácil, falta de entusiasmo...) sei que, desta vez, as coisas são mais físicas mesmo. Estou me cuidando, fazendo uso das medicações e melhorei muito minha alimentação. Parei a academia, porque não tinha energia para fazer exercícios, mas pretendo voltar o quanto antes (talvez nessa semana). Estou com um pouquinho mais de energia e isso é muito bom!
Nos próximos dias, vou focar na minha organização financeira. A organização da casa que me propús fazer em agosto não deu certo, porque passei por dias de muitas alergias e quase tudo o que eu precisava fazer dependia de limpar e pior ainda, mexer com coisas que estão guardadas nos armários.
Tenho feito as coisas no meu tempo. Confesso que as vezes me desespero um pouco, com o excesso de afazeres domésticos, principalmente, mas depois me acalmo e vou fazendo do jeito que dá. Afinal, ficar um tempo sem faxineira foi uma escolha e mesmo que as coisas não fiquem perfeitas, são suficientes para o bom funcionamento da casa e minha prioridade sempre será garantir o que meu filho precisa.
quarta-feira, 12 de setembro de 2018
O que é realmente importante?
Tenho pensado muito sobre a vida que eu quero ter, sobre os meus princípios e principalmente no porquê me sinto afastada desses princípios e propósitos.
Hoje é terça-feira, pouco antes das 10h da manhã. Estou em casa, meu filho chora no quarto, depois de uma crise de birra e eu assisto ao telejornal. Estou atrasada com os afazeres domésticos e possivelmente vou me atrasar para levá-lo à escola, enfim, tudo um caos, mas eu preciso escrever! rs.
Vi a pouco a reportagem sobre o furacão que está chegando nos Estados Unidos. As pessoas estão lacrando e abandonando suas casas dado o tamanho da catástrofe que se espera. Fico muito triste com esse tipo de notícia e é impossível não ser empática, mas me vi pensando aqui, enquanto tomava uma xícara de café: E se fosse comigo? Imaginei toda uma cena de ter que sair às pressas da minha casa, com meu filhinho e me fiz algumas perguntas: O que eu levaria? O que é realmente imprescindível para sobreviver por alguns dias? Quais as coisas afetivas que, se houvesse tempo, eu gostaria de levar? E se, ao voltar, minha casa não existisse mais, por onde eu recomeçaria?
Parecem pensamentos catastróficos, mas não são. Ao tentar responder essas perguntas, pensando num cenário de urgência, em que as decisões não teriam tempo para serem amadurecidas, em que eu não teria tempo para "arrependimentos", consegui pensar muito claramente naquilo que seria minha escolha: Minha prioridade seria meu filho, sempre. Então eu levaria tudo o que ele precisasse: roupas, calçados, cobertores, 2 ou 3 brinquedos preferidos, medicações, ítens de higiene e principalmente, comida. Para mim, algumas roupas práticas e uns 3 sapatos confortáveis, cobertores e, se houvesse tempo, meu computador, meu planner e nossos livros. Fazendo esse exercício tive um insight: Essas são as coisas essenciais, o resto é menos importante. Parece óbvio, não? Mas então, por que temos tantas coisas? Por que guardamos tantas coisas nos nossos armários, que sequer usamos?
E por que sempre precisamos de mais um armário, mais uma prateleira, mais um lugar para armazenar coisas, uma casa maior, um quartinho de bagunça?
Comecei a pensar que o essencial é tudo de que preciso e não sei direito em que momento comecei a "precisar" de tantas outras coisas. Me perdi do meu propósito de ter menos tralha, menos coisas pra limpar, menos acúmulo do que quer que seja. Ainda não sei direito por que isso aconteceu, mas preciso pensar sobre "quais buracos" estou tentando preencher com essas coisas todas.
Preciso me reencontrar comigo, voltar ao meu propósito e tirar todo esse peso que ando sentindo. Preciso diminuir o peso de viver.
sexta-feira, 27 de julho de 2018
Desafio organizar em 30 dias
Ando precisando de motivação para retomar a organização da casa e da vida, depois de vários meses fazendo apenas o estritamente necessário.
Todo mundo sabe que quando a gente está sem tempo para fazer além do básico, as coisas vão se acumulando "longe dos olhos" e quando a gente resolve olhar, está tudo meio caótico, ainda que a vida diária esteja andando. Foi assim que aconteceu por aqui, depois de 6 meses doente, me dei conta de preciso organizar algumas dezenas de coisas. Aí me propús um novo desafio, que já fiz em outros tempos e foi bem legal, organizar o máximo de coisas possíveis em 30 dias.
A proposta é a seguinte: Estamos na última semana de julho, então vou deixar algumas coisas estruturadas para que tenha tempo de me dedicar diariamente, entre 30 e 60 minutos a alguma coisa que precise limpar e organizar. Eu, como quase todo mundo, só tenho tempo de fazer o básico no dia a dia, porém, para o desafio dar certo, preciso me comprometer com, no mínimo meia hora diária, então preciso montar uma estrutura que suporte minhas ações (exemplo: deixar os uniformes em ordem para o início das aulas, congelar alguns alimentos, fazer mercado, pagar as contas. São coisas que normalmente eu vou fazendo durante a semana, mas vou priorizar fazê-las neste final de semana e até terça, porque na quarta começa Agosto, o mês do meu desafio de:
1. organizar contas antigas
2. Limpar o lustre da sala
3. adubar as plantas
4. organizar gavetas dos criados mudos (2 dias)
5. organizar gavetas do aparador da sala
6. organizar potes plásticos
7. organizar estante do filhote
8. limpar gavetas dos armários (2 dias)
9. separar roupas para doar (só minhas, do filhote eu já fiz)
10. limpar os livros
11. aspirar o colchão
12. organizar prateleiras dos livros
13. limpar potes de mantimentos
14. organizar a depensa (2 dias)
15. organizar produtos de limpeza
16. organizar/ repor caixa de remédios e primeiros socorros
17. organizar materiais de artesanato
18. organizar caixa de costura
19. limpar meu guarda roupa (3 dias)
20. limpar as portas e rodapés
21. organizar armario do banheiro
22. organizar sapatos (2 dias)
23. limpar as persianas
24. organizar papéis.
Espero ter sucesso nessa nova empreitada, para que no restante do ano as coisas fluam de maneira mais tranquila.
terça-feira, 17 de julho de 2018
Revendo meu estilo de vida
Tenho pensado muito sobre minha qualidade de vida. Neste último semestre vivi momentos muito difíceis. Fiquei doente a maior parte do tempo, com refluxo e piora dos meus problemas respiratórios. Consequentemente, a qualidade do sono ficou péssima e engordei. Dá para perceber como uma doença leva a outra e a vida vai ficando mais difícil. Depois de 3 meses tossindo por causa do refluxo, meu humor ficou péssimo, ando irritadíssima e muito ansiosa.
Mas esse post não é pra me lamentar não! Apesar de não estar tão bem, tenho tido uma força incrível para transformar minha realidade. Fui a vários médicos, fiz dezenas de exames e agora estou fazendo os tratamentos. É uma rotina chata, mas é importante me cuidar e estou priorizando isso. Na primeira semana do mês, tirei alguns dias para tratar uma bactéria no estômago e descansar. Aproveitei para cuidar melhor da alimentação e voltar a me exercitar, apesar de estar sem energia para fazer exercícios na academia, estou fazendo o que dá. Cuidei também um pouco melhor da casa e do meu filhote. Fiquei um pouco mais com ele nesse período de férias e fizemos alguns programas juntos.
No âmbito financeiro fiz várias descobertas e muitos ajustes, mas decidi que não quero viver na angústia desses últimos meses, de ter que correr para receber meus honorários para quitar as contas do mês. Este mês foi um dos mais difíceis, por escolhas financeiras erradas, que conto em outro post, mas a maior questão é que preciso reduzir gastos urgentemente. Rever meu estilo de vida, na verdade.
Rever o estilo de vida é uma tarefa ampla, uma mudança de paradigma e uma compreensão de quem sou e onde quero chegar. Acho que por muito tempo negligenciei esse aspecto da vida e não fiz o que precisava ser feito. Entrei no modo "satisfação imediata" o que, todo mundo sabe, é um desastre para quem pretende ter uma vida financeira mais equilibrada. O mais importante agora é admitir que PRECISEI dessa satisfação por estar infeliz com outros aspectos da vida. É fácil compreender, a gente tenta se compensar, com gratificações imediatas e que não se sustentam por muito tempo, daí precisa de mais uma comprinha, mais um docinho, mais uma ida ao shopping "porque eu mereço" e quando percebe, já tem um monte de gastos desnecessários e sem sentido. Não estou falando aqui que não podemos comprar coisas que nos deixem felizes, nos tragam alguma gratificação, mas é diferente quando compramos algo que queremos de verdade ou precisamos de verdade. Comprar para compensar outras faltas é que é um problema!
Meu propósito de vida sempre foi viver com menos, não acumular muitas coisas, não gastar tanto tempo para administrar uma casa entulhada. Ainda não me perdi desse propósito, mas percebo que tenho consumido um pouco além da conta, especialmente com coisas para casa, mas já voltei pros trilhos e agora a meta é reduzir as compras parceladas no cartão de crédito. É impressionante como é fácil se endividar com coisinhas pequenas: uma comprinha de 150 reais dividida em 3 vezes, por exemplo, se feita sistematicamente, vai se tornar um problema quando acumularem-se as parcelas. É obvio que ninguém se individa só com isso, mas está provado que os pequenos gastos são os grandes responsáveis pela desorganização financeira de grande parte das pessoas. Os meus gastos fixos, por exemplo, se mantém estáveis ao longo do ano e as grandes oscilações são relacionadas a compras (casa, roupas, restaurantes...).
Enfim, preciso me divertir mais, me preocupar menos com dinheiro e isso requer mudanças na qualidade do nosso lazer. Uma das coisas que percebo que mais influenciaram nessa diversão de "baixa qualidade" foi um hábito adquirido depois que meu filho nasceu... ir frequentemente ao shopping. Eu nunca gostei de shopping e jamais considerei isso um passeio, mas quando ele chegou, acabou sendo um passeio fácil, porque não requeria muito planejamento e trazia um certo conforto, principalmente nos dias de chuva (estacionamento, fraldário, alimentação... quem é mãe entende!). Com isso adquirimos um hábito péssimo, porque hoje ele adora e eu passei a curtir as facilidades desse programa. O resultado é que sempre que você "passeia" vendo lojas (que horrível!) acaba comprando alguma coisinha. Eu amo lojas de decoração e coisas pra casa, como a Tok Stok. Antes eu ia 2 ou 3 vezes ao ano, até extrapolava um pouquinho, confesso, mas mantinha o controle. Hoje vou cerca de uma vez por mês e sempre saio com uma coisinha que eu nem sabia que precisava. Já cheguei a ter 3 parcelamentos concomitantes! Hora de parar com isso!!!
Estabeleci que a partir de junho faria pelo menos um programa mensal ao ar livre (parque, praça ou mesmo algum restaurante aberto) e estou tentando cumprir a meta.
segunda-feira, 9 de julho de 2018
Meus erros financeiros
Pois é, depois de me debruçar durante 2 meses sobre as questões financeiras, como já contei nos posts anteriores, cheguei a várias conclusões e, principalmente, várias resoluções.
Ao mesmo tempo em que fazia a análise dos meus números, fazia também pesquisa de conteúdo de boa qualidade sobre como gerenciar melhor as finanças. Além do blog Dinheirama, que já acompanho a anos, comecei ver alguns vídeos do Gustavo Cebasi que gostei bastante. Ele fala de maneira bem estruturada sobre o assunto e dá dicas práticas. E aí, como um conteúdo leva a outro, conheci o blog e depois o canal do youbube Me Poupe! Gente, é muito conteúdo bom, idéias bacanas de como lidar com o endividamento, tudo de maneira muito leve e extremamente bem homorada. No mês passado a Nath, dona do canal, lançou um livro. Comprei e está sendo uma delícia. Tem muitos exemplos da vida dela, com os passos que ela percorreu para lidar com suas questões financeiras. Além disso tem muitos exercícios práticos, tabelas, análises etc.
Fui fazendo as leituras ao mesmo tempo em que revia meus números e além de decidir sobre o que posso cortar, quanto devo economizar e poupar, fui encontrando alguns erros. Vamos a eles:
- Tenho uma planilha mensal, na qual existe uma previsão de gastos a cada mês e alimento com os gastos reais duas vezes por mês: por volta do dia 10, quando já recebi a maior parte dos meus honorários e paguei a maior parte das contas do mês e no final do mês quando faço o fechamento. O problema é que frequentemente gasto além do que havia previsto e não tenho conseguido frear esses gastos a tempo. Exemplo: projetei que gastaria menos no supermercado no mês de junho (seriam 400 reais), o que foi impossível, já que tinha uma compra parcelada do mês anterior e pior ainda, é impossível gastar cerca de 100 reais semanais no supermercado. Conclusão: a meta não era factível! Ocorreu o mesmo com os gastos de restaurantes do dia a dia, com o combustível (que aumentou absurdamente nas últimas 8 semanas) e com alguns outros, de menor valor.
- Outro erro (este mais complicado!): Nunca fiz uma previsão orçamentária anual considerando as contas sazonais. Isso é bem grave na vida de um autônomo. Explico: Quando eu era funcionária pública e depois CLT, tinha, além do salário pago no dia certinho, todos os outros benefícios que um assalariado tem: 13o. salário, adicional de férias e férias remuneradas. Tudo isso, se a gente pensar, significa dinheiro extra e a maioria das pessoas reserva o 13o., por exemplo, para pagamento do IPVA, IPTU, seguro do carro, material escolar e matrícula... Pois bem, eu deixei de ser funcionária há 4 anos e desde então venho tentando lidar com essas contas sazonais, dentro da rotina mensal. Quando a situação financeira estava boa (entre 2014 e 2015) eu conseguia ter uma reserva de emergência para pagar essas contas, daí ficava tudo bem. O problema é que nos últimos anos as coisas ficaram mais difíceis, perdi renda e zerei minhas reservar. Por mais que tenha tentado, não consegui diminuir muito os meus gastos. Um resultado bastante prático que aconteceu agora, foi o vencimento do seguro do carro. Todo mundo sabe que essa é uma dívida cara. Meu carro nem é um carrão, mas tem um seguro de 3.900 reais. Tentei reservar algum dinheiro para pagar a vista, mas não consegui. Parcelei em 4 vezes sem juros e a facada foi grande. O que eu conclui que devo fazer é pegar esse valor, dividir por 12 e guardar mensalmente. Ter o valor integral na época do vencimento do seguro me daria a possibilidade de barganhar um desconto à vista. Bom não? Seria, se eu tivesse me organizado para isso antes! Bem, agora vou ter que fazer o planejamento para o próximo período, que inicia em outubro, já que termino de pagar em setembro.
Além disso, tenho que considerar também o pagamento do IPVA, Conselho Regional, IPTU. Outra coisa com a qual preciso lidar são as férias. Hoje consigo ter férias remuneradas de 2 semanas ao ano, já negociadas com meus pacientes, que pagam valor fixo mensal. Antes, se eu tirasse uma semana de férias, não recebia nem um centavo por isso. Com a experiência, construi um sistema em que contrato com os pacientes, valores fixos mensais, que incluem 1 semana de férias em outubro e o recesso entre Natal e ano novo.Isso me dá a tranquilidade de pagar as contas. Ainda assim, não tenho sobra pra viajar e esse valor também precisa ser previsto.
Resumindo: SEGURO+IPVA+CRP+FÉRIAS= X. Dividido por 12= VALOR MENSAL A SER GUARDADO.
Meu exemplo (estimado):
Seguro: 4 mil
IPVA: 1 mil
CRP: 500
Férias: 3 mil
TOTAL: 8.500 : 12 = 708 reais.
Este é o valor que preciso poupar, apenas para essas contas! Além disso, tenho que repor minha reserva de emergência.
É isso, novas maneiras para garantir alguma tranquilidade financeira no próximo ano. Sei que ainda temos um semestre pela frente, mas consigo fazer pouco por agora, porque é difícil garantir essa reserva, pagando ainda essas contas sazonais.
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